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Harry Potter para meus filhos

O Potterish foi criado com a intenção de informar e unir fãs de Harry Potter, algo que vem fazendo muito bem. Mas além desse elo, os fãs de Harry tem algo importante em comum: todos eles estão totalmente envolvidos pela saga! Discutimos com amigos, deixamos de estudar para provas, passamos vergonha, tudo pelos sete livros que marcaram nossa geração. Nesse aniversário tão especial, Igor Silva compartilha com a gente um pouco do que ele já fez – e faz! – por causa de Harry, Rony e Hermione.

Leia aqui e depois conte as suas loucuras de amor! Feliz aniversário, Ish!

Por Igor Silva

Não sei se cheguei a mencionar em alguma de minhas colunas o fato de estar lendo, pela 7ª vez, a coleção Harry Potter.

E, ao começar a reler “Harry Potter e a Pedra Filosofal” recordei-me de alguns momentos de 2004, ano em que conheci o livro e o seu respectivo filme. Só então me dei conta que, se HP fosse música, ele seria a trilha sonora da minha vida. Se parássemos para pensar, perceberíamos o quanto essa série marcou (e ainda marca) uma geração. Cresci com Harry, Rony e Hermione, e por que não, Draco e Voldemort.

Acompanhei suas primeiras aventuras em busca da Pedra Filosofal, fui advertido na escola por exclamar alto (demais) quando soube que o novo apanhador da Sonserina era Malfoy, roí as unhas quando Harry enfrentou os dementadores, passei dias tentando adivinhar quem poderia ter colocado o nome de Harry no cálice, chorei as mortes de Cedrico, Sirius, Dumbledore, Lupin… Li “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” centenas de vezes em busca de pistas sobre R.A.B e outros mistérios…

Com o passar dos anos (tanto no mundo “real” quanto em Hogwarts), fui experimentando todos os medos e dúvidas, característicos de uma criança em transição para a adolescência. Ao mesmo tempo, Harry experimentava o primeiro amor (e o primeiro fora), Hermione o primeiro beijo e Rony a completa inveja de Krum.

Durante minhas monótonas aulas de Física, escondia-me bem no fundo da sala e abria o pesado volume “A Ordem da Fênix” só para poder odiar Umbridge sossegado, enquanto Harry e Rony lutavam contra o sono nas aulas de Adivinhação.

Todas as vezes que eu pegava em um livro e não conseguia estudar, lembrava da insistente vozinha de Hermione ao meu ouvido dizendo: “Quando resolver me avise!”. Tenho mania de gritar Reparo na louça que acabei de quebrar e, quando minha mãe pergunta o que eu estou fazendo, apenas respondo “Minha varinha tá com defeito”. Só acendo a luz do quarto murmurando Lumus, uma mania que já se tornou hábito.

De vez em quando, me pego rindo das piadas e dos comentários sem nexo de Rony Weasley e é inevitável associar a minha mãe a Molly toda vez que ela resolve ralhar comigo.

Fico pensando no futuro, onde talvez não seja nada mágico acender a luz murmurando um monossílabo, quando bastará um comando para consertar, por infinitas vezes, um aparelho doméstico quebrado. Um futuro onde um simples piscar de olhos poderá ligar o PC. De fato, pode ser que um dia HP acabe se tornando arcaico, mas o valor que teve para meninos e meninas do século XXI será sempre lembrado.

Talvez meus filhos não cheguem a conhecer o prazer que é sentir um volume de HP nas mãos, num futuro onde talvez os livros não existam e tudo será digital. Mas, se depender de mim, o mesmo apego que tenho por minha coleção será herdado por eles.

Pode ser que Harry Potter se torne um game “4D” tão interessante que sequer uma única pessoa terá vontade de abrir o livro. Mas o fato é que esses três jovens chamados Harry, Rony e Hermione serão, para todo o sempre, HERÓIS.

Só existe uma frase capaz de definir tudo o que Harry representou, representa e sempre representará para mim: SIMPLESMENTE INESQUECÍVEL!

Igor Silva é um fã apaixonado, como todos nós do Potterish!