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5 verdades desagradáveis que ninguém da Grifinória gostaria de ouvir

Bravos e valentes, os integrantes da Grifinória são exaltados durante toda a saga Harry Potter. Como não seriam, afinal, uma vez que acompanhamos a história pela ótica de um protagonista grifinório? 

As aventuras do trio envolvem o leitor, e as ações corajosas parecem admiráveis o tempo todo. Se pararmos para refletir, porém, algumas decisões dos grifinórios não são lá as melhores. 

Existe uma linha tênue entre a qualidade e o defeito. Para quebrar esta visão tradicional sobre os alunos da Grifinória, aqui vão alguns pontos não tão louváveis da casa.

1. Alunos da Grifinória são impulsivos

Quando se combina a coragem e a emoção inerentes aos grifinórios, o resultado frequentemente são ações impulsivas, para as quais haveria soluções melhores, se eles parassem para refletir um pouquinho mais. 

A maioria das atitudes de Harry, Rony e Hermione demonstram essa bravura inconsequente, como enfrentar um cão de três cabeças em busca da Pedra Filosofal ou ir até a Câmara Secreta.

Harry representa o ápice desta inconsequência. Não bastasse deixar sua impulsividade o levar até uma armadilha no Ministério da Magia, o bruxo bateu o pé para ir sozinho nesta missão. Se o resultado foi desastroso mesmo com ajuda dos colegas, imagina como seria se estivesse sozinho?

Aí mora um grande problema para os alunos da Grifinória: a falta de reflexão. Sua bravura é admirável, mas quando não está em cima de um alicerce de boas reflexões, há chances de grandes problemas surgirem no caminho.

Hermione Granger, Neville Longbottom, Harry Potter, Rony e Gina Weasley, da Grifinória
(Foto: Warner Bros. Pictures/Reprodução)

2. Na Grifinória, orgulho vira arrogância

Orgulhar-se da própria casa é algo que todo estudante de Hogwarts tem razão em fazer. Cada casa, afinal, tem razões para ser admirada. Mas é há um certo exagero por parte dos alunos da Grifinória.

Desde o primeiro livro de Harry Potter, é à Grifinória que todos desejam pertencer. Assim, ao invés de um equilíbrio entre as casas, parece que Grifinória é a principal casa do castelo, Sonserina é sua rival, enquanto Corvinal e Lufa-lufa são figurantes.

Os personagens passam a impressão de se acharem os melhores. É o caso dos Weasleys, que agem como se a Grifinória fosse a única casa possível de ser almejada pelos alunos do primeiro ano, não muito diferente do que os Malfoys pensam em relação à Sonserina.

Rony Weasley, Harry Potter, Hermione Granger e Neville Longbottom, da Grifinória
(Foto: Warner Bros. Pictures/Reprodução)

3. Ser da Grifinória não significa ser sempre herói

Em contradição ao estereótipo clássico de herói corajoso e integralmente bom, há grifinórios que não escolhem agir do lado certo. É o caso de Pedro Pettigrew, que é, sim, um verdadeiro grifinório, apesar da eterna discussão que há entre os fãs sobre a capacidade do Chapéu Seletor.

Foi necessária coragem para espionar a Ordem da Fênix em favor do Lorde das Trevas, trair seus antigos companheiros, além de enfrentar Sirius Black, um bruxo poderosíssimo, para depois incriminá-lo.

Também foi necessário ser corajoso demais para esperar por 12 anos, na forma de um rato, um momento favorável para voltar a ajudar seu mestre, como Pettigrew fez quando fugiu de Rony em direção à floresta que Voldemort estava escondido. 

Pedro Pettigrew, da Grifinória
(Foto: Warner Bros. Pictures/Reprodução)

Além de Pettigrew, é possível pensar em Percy Weasley, que foi não só aluno, mas monitor-chefe da Grifinória, e não foi tão nobre quando teve que escolher entre carreira e família. 

Em uma época em que o Ministério da Magia defendia a desinformação e negava o retorno de Voldemort, Percy se manteve firme em seu cargo e às crenças de seu chefe. Isso o levou a discordar e estremecer os laços afetivos com os Weasleys.

Percy Weasley, da Grifinória, detém Harry Potter e Cho Chang por agirem contra o Ministério da Magia
(Foto: Warner Bros. Pictures/Reprodução)

4. Na Grifinória, coragem leva ao desrespeito

Embora torçamos para as atitudes do trio, ao invés do que é oficialmente “correto”, não podemos esquecer que os grifinórios se acham acima da lei. Limitações de horário e proibições em geral nunca são empecilhos para nenhum deles.

É claro que eles estão dispostos a pagar o preço pela infração, mas regras têm uma razão para serem estabelecidas, e os grifinórios parecem sentir prazer em ignorá-las com frequência maior do que o aceitável.

5. O favoritismo da Grifinória 

Muitas vitórias da Grifinória se deveram ao favoritismo. Assim como Snape favoreceu a Sonserina, professores grifinórios também tendiam a favorecer o sucesso da própria casa.

Esta predileção resultou em prêmios considerados injustos pelas outras casas, como Dumbledore ter concedido exatamente a quantidade de pontos que a Grifinória precisava para vencer a Taça das Casas em A Pedra Filosofal

A diretora da Grifinória, Minerva McGonagall
(Foto: Warner Bros. Pictures/Reprodução)

Mas e daí?

Nenhuma destas verdades desagradáveis são uma condenação para os grifinórios, mas um alerta de que é preciso buscar o equilíbrio, já que o que nos define, mais do que nossas capacidades, é o que fazemos com elas, como bem definiu Alvo Dumbledore.

“São as nossas escolhas que revelam quem realmente somos, muito mais que nossas qualidades.”

– Alvo Dumbledore

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Onde se encontram os valentes de coração

Sua ousadia, coragem e cavalheirismo

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Colaboraram: Pedro Martins (edição) e Isa Imay (arte)

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