Seção Granger

Seção Granger: “O Negro Gato”, de Roney Dias

Ana Luiza Constantino, bibliotecária e newsposter do Potterish, traz hoje as suas impressões sobre “O Negro Gato”, livro nacional escrito por Roney Dias e lançado pela Editora Pandorga no ano passado.

“À medida que a leitura se avança, tudo se torna cativante; o autor, por meio de suas palavras, faz com que o leitor tenha a impressão de estar ouvindo alguém lhe contando a história em voz alta.”

Para ler a resenha crítica na íntegra, acesse a extensão deste post.

“O Negro Gato”, de Roney Dias
Resenha crítica por Ana Luiza Constantino

Ao final da Segunda Guerra Mundial, uma equipe especial dos Estados Unidos decide desenvolver um projeto que, se bem-sucedido, seria capaz de criar uma nova raça de seres humanos: supersoldados dotados de habilidades físicas e mentais inigualáveis, dispostos a vencer qualquer guerra e, assim, afirmar a supremacia de sua nação sobre as demais. Entretanto, apenas um dos “protótipos” foi bem-sucedido. Resultado de um experimento biológico caracterizado pela união do DNA humano ao de um macaco, a criança é escondida do governo pelo seu criador e, posteriormente, sem saber de sua própria origem, torna-se o ladrão mais procurado pelo FBI.

À medida que a leitura se avança, tudo se torna cativante; o autor, por meio de suas palavras, faz com que o leitor tenha a impressão de estar ouvindo alguém lhe contando a história em voz alta. Os personagens são bem pensados, têm personalidades fortes e histórias de vida marcantes – o que torna tudo interessante –, mas, infelizmente, é necessário que o leitor preste bastante atenção para não confundir os seus pontos de vistas, já que a divisão dos mesmos não é muito bem estruturada.

Apesar de bem arquitetada, nesta história nota-se falta de algo muito importante: edição. Às vezes, a impressão é de que estamos lendo o manuscrito original. Por isso, indico a todos que gostam de teorias de conspiração e histórias de ação, mas, com pesar, aviso de antemão que a história não atingiu todo o seu potencial, muito por falta de acompanhamento editorial.

232 páginas, Editora Pandorga, publicado em 2015.

Ana Luisa Constantino é formada em Biblioteconomia pela UNESP e newsposter no Potterish.