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Porque adoramos os Weasley

O nosso colunista João Victor,em seu segundo texto,faz uma comparação entre a Família Weasley e as nossas próprias famílias,na coluna entitulada Porque adoramos os Weasley

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Porque adoramos os Weasley
Por João Victor

Porque adoramos os Weasley?

Certamente podem não ser os preferidos, mas dificilmente ouve-se alguém falar que não gosta da família Weasley. Mas por que essa família tem tanta popularidade entre os fãs? Aqui em casa todos adoramos Harry Potter, e a resposta pode começar por uma passagem em um dos livros que minha mãe diz ter se emocionado. Trata-se de uma cena de “O Cálice de Fogo” onde os campeões tribruxo poderão receber a visita de seus familiares, e Harry fica pasmo ao imaginar os Dursley indo à Hogwarts. Para a doce surpresa de Harry e de nós leitores, trata-se da adorável Sra. Weasley e um de seus filhos.

São esses detalhes, essas cenas inesperadas que nos aproximam dos Weasley. O conforto que Harry sente ao estar na Toca junto dos membros da família de seu amigo Rony, é o mesmo que sentimos. São esses episódios que nos fazem lembrar da nossa família e amigos e dos momentos bons que passamos quando reunidos.

Mas como nem tudo são flores, existem os momentos de tristeza, agonia e de muita briga. Nesse aspecto, contudo, continuamos a nos aproximar dos Weasley, afinal a vida de cada um de nós não é isenta de situações desagradáveis. Após o retorno de Voldemort, e a conseqüente reorganização da Ordem da Fênix, o perigo está mais próximo a todos os envolvidos. É nesse momento que percebemos o quão humana é a Sra. Weasley. Sua sensibilidade à flor da pele pelos fatos iminentes, e o seu amor de mãe e esposa, transformam o seu bicho-papão na perda de seus entes. E é nessa passagem que vemos o retrato de como somos diante de tudo que nos pode afastar de quem amamos. Além desse trecho, vemos também a prova do afeto entre eles quando ocorre o ataque ao Sr. Weasley.

Outro momento posso destacar, mas dessa vez quem diz se comover com tal atitude é meu pai. Logo no início do livro 5, vemos os ânimos exaltados diante da postura a se adotar em relação aos acontecimentos que Harry deveria ou não ficar sabendo. Pois bem, nesse momento a Sra. Weasley nos recheia com o amor materno que sente por Harry. Ela e Sirius travam uma discussão ferrenha. E vou dizer, mesmo achando que Sirius estava certo não pude deixar de torcer para que quem tivesse ganho a batalha-verbal fosse Molly. É como nossa própria mãe. Se ela nos diz ‘coloca o casaco, leva o guarda-chuva’ pensamos que ela é demasiadamente super-protetora, mas quando se esquecem de dizer, sentimos falta.

Deixando um pouco o lado materno, vamos falar um pouco de travessuras.
Quem não se diverte às pampas quando vemos as loucuras, ou melhor, ‘gemealidades’ dos gêmeos Weasley? Atrevidos e divertidíssimos, são aqueles que gostaríamos de ter como irmãos. As broncas que sempre levam nos remetem às travessuras que aprontávamos quando menores… e aí entramos numa nostalgia gostosa que nos faz sentir que um dia fomos um pouco ‘Weasleys’. E aqui cabe um elogio à direção de Newell, no quarto filme, que deu uma personalidade fantástica aos gêmeos até então ignorada pelos filmes.

Puxa vida, e porque não citar toda a proteção paterna de Arthur. O homem, chefe de família, que rala duro todos os dias, dá plantão, agüenta todos os lenga-lengas do serviço para poder dar à sua família o melhor que seu esforço lhe rende. Mesmo cansado da lida do dia-a-dia, ainda tem que levar a criançada para se divertir num jogo de quadribol…

Oras, e a ‘ovelha-negra’. Toda família tem a sua, e os Weasleys não ficam de fora. Ainda citando o livro 5, vemos a cisma entre Percy e seus pais. O garoto se rende aos encantos do poder, e acaba rompendo com sua família para se dedicar aos pensamentos e objetivos do Ministério da Magia. Não vamos nos fazer de desentendidos e vamos olhar para os lados… Todo mundo tem um parente que nos magoa de alguma forma, pelas suas atitudes ou pensamentos.

Esses são os Weasleys. Esses somos nós mesmos. Em todas as dificuldades que eles passam, financeiras ou sentimentais, enxergamos as nossas lutas e sacrifícios, e a cada alegria alcançada é como lembramos a celebração de nossas conquistas. Vibramos todas as vezes em que a família aparece pois identificamos naquela família de bruxos a nossa própria família.

Adoramos os Weasleys por que adoramos a nossa família.