Em 2010, surgiu na França mais uma série de aventura com uma garota como protagonista: “Oksa Pollock”. Descendente de russos, criada na França e recém chegada à Inglaterra, Oksa não se apaixonou por um vampiro ou se voluntariou para um jogo mortal. Porém, ela descobre uma força dentro de si mesma que mudará não só o seu mundo, mas também o das pessoas que ama.
[meio-2]Com a ajuda do melhor amigo Gui, de seu pai e sua avó, Oksa seguirá um caminho cheio de surpresas boas e ruins, aprendendo sobre a vida e as responsabilidades de ser especial. Confira a resenha e deixe seu comentário!
“Oksa Pollock e o mundo invisível”, de Anne Plichota e Cendrine Wolf
Tempo: para ler pouco a pouco em intervalos durante a semana | |
Finalidade: para ficar na ponta da cadeira | |
Restrição: para quem não gosta de coisas moderninhas | |
Princípios ativos: juventude, poderes, natureza, Londres, escola. |
É notável na literatura juvenil contemporânea a valorização das mulheres, tanto no papel de autoras, quanto colocando protagonistas femininas nas histórias. Isso mostra o interesse que há não só de garotas para lerem sobre si mesmas, mas também de meninos que querem entender um pouco mais o universo feminino.
Uma série recente que conta com uma menina no papel principal é “Oksa Pollock”, de Anne Plichota e Cendrine Wolf, que conta com seis capítulos. Filha de pais russos, Oksa passou seus primeiros anos na França, mas se mudou para a Londres com 13 anos, onde começamos a acompanhar sua história.
Assim como Harry Potter, Oksa tem na passagem da infância para a adolescência uma série de emoções e experiências novas, que acabam despertando alguns poderes que a surpreendem. No entanto, ao contrário do bruxinho britânico, Oksa tem uma rede de proteção bem forte. Seus pais são presentes e protetores, assim como sua avó, Dragomira, sua grande mentora. Sem falar em Gui, o melhor amigo de Oksa, que lembra Rony ao se sentir pouco especial.
Oksa é questionadora, atrevida e não sente medo de seus poderes sobrenaturais. Pelo contrário, ela não hesita em usá-los em situações nas quais está ameaçada. Porém, quando sua família revela por que saiu da Rússia e os mistérios dos mundos de De-Dentro e De-Fora, Oksa percebe que precisa administrar seu dom da maneira correta.
Sem estragar muito a surpresa de quem lerá o livro, conto que De-Dentro era um mundo que valorizava a natureza e um mundo sem a frieza da civilização industrial. Porém, a busca de um certo poder especial fez com que De-Dentro entrasse em decadência. O primeiro volume é grande, mas com capítulos curtos, que facilitam a leitura.
Resenhado por Sheila Vieira
295 páginas, Editora Objetiva, 2012.
Título original: Oksa Pollock – L’Inespérée.