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O oitavo livro de Harry Potter. O sonho de tantos fãs se tornou, para os chineses, uma miragem. Harry Potter and The Chinese Empire (Harry Potter e o Império Chinês) mistura personagens de Hogwarts e da literatura chinesa, mitologia européia e artes marciais e é vendido por menos de R$5,00 em Xangai. |
J.K. Rowling não tem relação com ele. Seus advogados, porém, têm. Neil Blair, o assessor legal de Rowling, disse:
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Esses volumes são vendidos em camelôs por um preço quatro vezes menor do que os oficiais em chinês, que custam cerca de R$16,50 – um preço muito barato para os padrões ocidentais, mas caro em um país onde os trabalhadores são tão mal pagos -, e são tão bonitos e bem feitos que podem levar facilmente um desavisado a comprar pensando que está levando uma obra original.
O mercado editorial é vasto na China e vende quase 130.000 novos títulos por ano (no Brasil esse número gira em torno de 45.000) e as vendas de livros em barracas e quiosques é comum. As editoras não têm incentivos para buscar livrarias tradicionais e reclamam que muitas vezes elas não pagam corretamente pelas vendas. Um estudo de 2001 aponta que quase 40% dos livros vendidos na China são piratas e os autores locais perdem milhões em royalties por isso.
Mark Lambert, diretor executivo da Scottish Book Trust, disse: “Não é realmente uma questão de dinheiro, nesse caso, mas de propriedade intelectual e do roubo da idéia e por usarem o nome de J.K. Rowling. E ela está certa em se preocupar com isso e de estar agindo. Esse tipo de coisa, seqüências não autorizadas, já aconteceu antes. Por exemplo, fãs de Star Trek (Jornada nas Estrelas) escreveram seus próprios episódios online, como um tributo à série. Mas isso é diferente, esses livros estão sendo vendidos para tirar proveito do nome”.
Embora a história sobre o menino bruxo de Rowling tenha superado todas as outras histórias infantis ocidentais, ela ainda não alcança os contos chineses para a mesma faixa. Ainda assim, as edições chinesas são traduzidas por grupos para poder disputar acirradamente o mercado com os piratas. No mês passado um grupo de estudantes chineses colocou online “As Relíquias da Morte” em horas depois do lançamento em inglês. A versão oficial sairá no país em outubro.
Em um pronunciamento, os estudantes disseram: “Nós traduzimos o livro porque amamos o Harry, e não temos a intenção de usá-lo com fins comerciais”.
Margaret Smillie, uma advogada especialista em direitos autorais, disse: “As leis autorais são basicamente as mesmas no mundo inteiro, mudando apenas a terminologia. Mas abrir um caso desse tipo em outro país pode ser muito complicado, envolvente e caro. Somente alguém como J.K. Rowling pode bancar algo do gênero”.
O Potterish já tinha comentado sobre o problema das cópias piratas na China, como você pode ver aqui.
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Fonte: Scotland On Sunday.