O Enigma do Príncipe

Crítica sobre EdP publicada no site Screen

Crítica sobre EdP publicada no site ScreenCrítica sobre EdP publicada no site Screen
Dando continuidade à série de críticas divulgadas sobre o sexto longa da série Potter, o site Screen publicou um novo texto falando sobre o filme, ressaltando ainda o fato do diretor ter conseguido “compactar” o livro em uma produção de 153 minutos:

Mesmo com 153 minutos à sua disposição, David Yates e sua equipe lutaram para compactar as 608 páginas de JK Rowling em uma consintente experiência cinematográfica em Harry Potter e o Enigma do Príncipe, o sexto livro da série e uma preparação para o final, Harry Potter e as Relíquias da Morte, que a Warner Bros irá dividir em dois filmes

Além disso, também é comentado como o longa poderia ter sua audiência afetada:

“Mas os dois anos de diferença entre esse e o último[lançado], mais o sentimento de que ainda têm mais dois filmes por vir, poderia limitar Harry Potter e o Enigma do príncipe para um público mais específico.

Graças a equipe de tradutores do site você já pode conferir na extensão a tradução desse review.

Crítica de “Harry Potter e o enigma do Príncipe”
Screen.com ~ Fionnuala Halligan
06 de julho de 2009
Tradução: Fabianne de Freitas

Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Dir. David Yates. Estados Unidos/ Reino Unido 153 min.

Mesmo com 153 minutos à sua disposição, David Yates e sua equipe batalharam para transformar o livro de 608 páginas de JK Rowling em uma experiência cinematográfica emocionante em Harry Potter e o Enigma do Príncipe, o sexto volume da série e uma preparação prolongada para o final, Harry Potter e as Relíquias da Morte, o qual a Warner Bros. dividirá em dois filmes.

Enquanto seqüências individuais são, sem dúvida, o mais excitante desta temporada dos grandes filmes do verão – uma abertura vertiginosa, por exemplo, filmada do alto na qual os Comensais da Morte assolam Londres, destruindo a Millenium Bridge – Enigma nunca liga os pontos de uma forma excelente, se desenvolvendo em uma série de leves intervalos. Não é necessário dizer que os fãs vão adorar; Enigma é tão bem feito quanto todos os filmes de Harry Potter, se não for tecnicamente superior. A Warner Bros pode esperar que os lucros se aproximem do último, que foi lançado na mesma época do ano (Harry Potter e a Ordem da Fênix, 11 de julho de 2007; bilheteria bruta mundial de $ 938m, estréia nos cinemas no fim de semana $ 77.1m).

Mas o intervalo de dois anos entre este e o último, mais a sensação de que há outros dois épicos por vir, poderia limitar Harry Potter e o Enigma do Príncipe a uma audiência mais assídua. Sua obscuridade, mais deliberada, das cenas poderia fazer dele levemente inadequado para se encaixar na temporada das grandes bilheterias, e certamente é um filme difícil para qualquer novo fã da série. Porém, os fãs de Harry formam uma multidão leal, e há muito aqui para atrair fãs antigos e manter a série bem sucedida.

Temos quase uma tristeza parental em Enigma; o Harry Potter (Radcliffe) que foi para Hogwarts há oito anos atrás com seus amigos Hermione Granger (Watson) e Rony Weasley (Grint) é uma criança do passado. Meu Deus, ele cresceu! Watson não está se tornando uma ótima jovem atriz? E Grint certamente se desenvolveu. Yates, retornando de Fênix com o veterano roteirista da franquia Steve Kloves (que se ausentou em Fênix mas adaptou os outros quatro filmes anteriores) substitui muito da magia de Hogwarts (retratos que se movem, fantasmas no banheiro, etc) com sequências de flertes e atração entre os atores principais e coadjuvantes. Isso fornece um certo alívio para uma história muito sombria mas pode diminuir o ritmo de Harry Potter e o Enigma do Príncipe.

Todos os personagens regulares da série estão sendo representados aqui (tirando o Voldemort adulto de Ralph Fiennes; o personagem aparece, ao invés, em dois flashbacks cruciais, ainda criança e depois, adolescente). Alguns do elenco secundários como David Thewlis como Remo Lupin e o Rabicho de Timothy Spall mal aparecem. Esse filme realmente pertence a Harry e o diretor de Hogwarts Prof. Dumbledore (Gambon), conforme eles tentam desvendar o passado de Voldemort e encontrar um meio de destruí-lo no futuro, embora os fãs não fiquem cientes sobre as Horcruxes, o que poderia parar a investida aparentemente incontrolável do Lord das Trevas em mais de duas horas de filme.

Fala-se muito de Harry ser “O Eleito”, apesar de que ele nunca parece estar em perigo aqui – Dumbledore vai à frente e assume os riscos em Enigma. Jim Broadbent é a nova adição ao elenco como o antigo professore de Poções de Voldemot, enquanto Helenm McCrory aparece brevemente como a mãe de Draco Malfoy (Felton). Os que mais impressionam no elenco é Helena Bonham Carter de novo como a maligna Belatriz. Com um tempo escasso na tela, ela certamente faz o melhor que pode. E Alan Rickman confiavelmente acerta o alvo como o sinistro Severo Snape, mostrando sua verdadeira indole no final.

Filmado surpreendentemente por Bruno Delbonnel em cores metálicas, aliviado por tons pastéis – sua visão única até traz uma nova perspectiva às inevitáveis cenas de Quadribol – esse Harry é, sem dúvida, um filme de bruxo técnico. Enquanto Enigma nunca se prepara realmente para mostrar certas cenas, tais como o momento de Dumbledore como Moisés abrindo o Mar, ou Belatriz espalhando lixo no Salão Principal, são clássicos individuais. A música excelente de Nicholas Hooper traz certa semelhança com a original e o efeito geral é menos perfeito e mais adulto.

O slogan de Harry Potter e o Enigma do Príncipe é “Mais uma vez, devo pedir muito a você, Harry” e Yates iguala Dumbledore com sua exigência com a audiência (embora que 153 minutos não seja o recorde da franquia – chega perto dos 161 minutos de Câmara Secreta). Pode-se sentir, porém, que o diretor está criando uma aprovação que ele desenvolverá nos dois últimos episódios (Yates é o diretor de ambos; Relíquias da Morte 1 é esperado para estrear em novembro de 2010 e o final em julho de 2011). Vamos torcer que ele se divirta.