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Cópias ilegais da série Harry Potter no site Scribd

O Times Online publicou um artigo no qual afirma que os editores e agentes da autora JK Rowling lutaram ontem à noite para conseguir que cópias gratuitas e ilegais de Harry Potter e o Enigma do Príncipe fossem removidas do website literário mais popular do mundo, o Scribd.Quando apresentado à lista de links para vários livros de Harry Potter, Neil Blair, o advogado de Jo da agência literária Christopher Little, disse que o site não tinha permissão “e o que você identificou está violando roteiros dos quais nós estávamos cientes e tomando providências”.

Uma porta-voz do Scribd disse que ele opera um “aviso e sistema de desligamento”, onde se retira livros se suas editoras exigirem. Ela disse, “Se recebemos um pedido, nós costumamos responder em 24 horas”. No entanto, críticos dizem que isso não é suficiente, porque os autores e editores não estão sempre cientes que as pessoas estão baixando livros ilegalmente.

O site atrai 55 milhões de visitantes por mês, muitos interessados em baixar livros de autores famosos que foram enviados para o site sem o consentimento da editora. Além da obra de Jo, podem ser encontradas cópias de autores como Ken Follett, Nick Hornby, John Grisham e Stephenie Meyer.

O artigo pode ser encontrado traduzido na íntegra em notícia completa!

JK ROWLING
Autores brigam com site de livros gratuitos Scribd por “piratear” seu trabalho

Times Online ~ Dan Sabbagh
30 de março de 2009
Tradução: Daniel Mählmann

Os editores e agentes que representam a autora JK Rowling e o autor Ken Follett estavam lutando ontem à noite para conseguir que cópias gratuitas de seus romances fossem removidos de um website californiano que afirma ser o site literário mais popular do mundo.

O Scribd.com atrai 55 milhões de visitantes por mês, muitos atraídos pela chance de baixar versões de livros de autores populares que foram enviadas para o site sem o consentimento do autor ou da editora.

Uma busca feita ontem no Scribd pelo The Times encontrou cópias de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” e do romance mais recente de Ken Follett, “Mundo Sem Fim”, entre muitos outros títulos campeões de vendas, aumentando o medo de que a pirataria que afeta a indústria da música possa ter se propagado aos livros.

Quando apresentado à lista de links para vários livros de Harry Potter, Neil Blair, o advogado de JK Rowling da agência literária Christopher Little, disse que o Scribd não tinha permissão “e o que você identificou está violando roteiros dos quais nós estávamos cientes e tomando providências”.

O editor de Ken Follett, Macmillan, desconhecia que “Mundo Sem Fim” havia sido enviado para o site Scribd há mais de cinco meses, e que havia sido lido mais de 500 vezes lá. Macmillan disse que estava “agora investigando isso”.

Também no site estavam cópias de títulos por Nick Hornby e John Grisham, enviadas aparentemente sem permissão. Esses livros podem ser baixados para um computador pessoal ou um leitor de livros eletrônico e, em seguida, impressos.

Peter Cox, um agente literário e editor do blog Litopia, disse: “Essas pessoas são piratas. Nós não precisamos entregar os pontos para isso. Não podemos dar o luxo de cometer os mesmos erros que a indústria musical cometeu.”

O Scribd foi criado por Trip Adkins e Jared Friedman, estudantes de Harvard no início dos seus 20 anos, e em dois anos se tornou o “YouTube dos livros”, ajudado por $12 milhões de financiamento. Ele ganha dinheiro com publicidade, mas não paga direitos autorais aos autores. Tornou-se rapidamente o site mais popular para leitura de livros online, e 50.000 livros e documentos são enviados para o Scribd todos os dias. O site foi usado pela campanha de Obama para publicar documentos políticos, com o objetivo de dar às pessoas o acesso a informação direta, contornando o filtro da mídia.

Ciente da preocupação com direitos autorais, Tammy Nam, uma porta-voz do Scribd de São Francisco, disse que ele opera um “aviso e sistema de desligamento”, onde se retira livros se suas editoras exigirem. Ela disse, “Se recebemos um pedido, nós costumamos responder em 24 horas.” Isso torna o site compatível com a US Digital Millennium Copyright Act, o que significa que o site não é responsabilizado por ações de seus usuários das quais eles não têm conhecimento.

Críticos dizem que isso não é suficiente, porque os autores e editores não estão sempre cientes que as pessoas estão baixando livros ilegalmente.

O Scribd tem muitos usos legítimos, e a empresa está testando a doação de livros para algumas editoras norte-americanas, incluindo a Random House. O livro “O Cirurgião”, de Tess Gerritsen, foi postado no site com permissão, e foi lido 30.000 vezes em três semanas. “Os leitores dela têm sido tipicamente mulheres em seus quarenta e cinquenta anos; essa foi uma oportunidade para colocar o livro em frente a um público mais amplo”, disse a Sra. Nam.

No entanto, outras editoras não estão impressionadas. John Makinson, o chefe executivo da Penguin Books, disse que a sua empresa não participa. “Nós temos uma preocupação sobre a quantidade de conteúdo livre na internet, e o impacto que ela terá na percepção do consumidor do valor dos livros”, ele disse.

Roubo literário na internet.

– Em julho de 2007, páginas de “Harry Potter e as Relíquias da Morte” apareceram na internet quatro dias antes do livro ir às vendas. Uma tradução chinesa apareceu online semanas antes da versão oficial em língua chinesa alcançar as livrarias.

– Em 2003, um e-mail afirmando conter uma cópia antecipada do novo livro do chef Jamie Oliver correu o mundo todo. Foi uma brincadeira, mas ele incluía um número de receitas de Oliver das coleções anteriores.

– No último verão, a autora americana Stephenie Meyer disse que ela não iria continuar seu mais recente romance na série Crepúsculo após um rascunho inacabado do livro “Midnight Sun” vazar na internet. Ela disse que o projeto estava suspenso indefinidamente.