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Bonnie fala sobre Universidade e carreira no cinema

Bonnie fala sobre Universidade e carreira no cinemaBonnie fala sobre Universidade e carreira no cinema
A atriz Bonnie Wright, Gina Weasley nas adaptações cinematográficas da série, concedeu uma entrevista exclusiva ao Film School Rejects, no dia da premiere de Harry Potter e o Enigma do Prícipe em Nova York. Ela falou sobre o seu crescimento dentro do personagem e seu crescimento como atriz.
A jovem, que inicia em setembro seus estudos na Universidade, conta como Harry Potter influenciou na sua escolha pela faculdade de cinema.

“Eu acho que foi por trabalhar dentro de Harry Potter, que é uma produção tão grande mas também todos estivemos juntos por tanto tempo, e toda a equipe – tivemos o prazer de trabalhar com tantas pessoas em todos os filmes. Eu acho que a ética no trabalho e a paixão que vem por trás da filmagem dele realmente me fez ter essa ética de querer continuar e desde então eu me apaixonei por cinema.”

Ela ainda comenta a empolgação de David Yates ao saber a carreira que Bonnie gostaria de seguir e conta que conversou com o diretor sobre o assunto e que vai trabalhar junto com a equipe técnica de Relíquias da Morte.

“Eu já tenho experiência com o departamento de arte e o departamento do figurino – mas vou trabalhar um pouco com os editores e cinegrafistas e os cameramen. Então vai ser maravilhoso ter minhas primeiras experiências com essas pessoas. Eu estou muito ansiosa.”

A entrevista completa, traduzida pela nossa equipe você confere na extensão!

BONNIE WRIGTH
Exclusivo: Gina Weasley conta cada feijãozinho de todos os sabores sobre Harry Potter.

Film School Rejects
16 de julho de 2009
Tradução: Jenifer Guimarães

FSR: Você começou a atuar nesses filmes em 2000 e você diz que ainda estará trabalhando neles até 2011. Isso é de alguma forma, assustador?
BW: Eu não acho assustador. Vamos terminar de filmar o último em Abril do ano que vem e a data de estréia não vai sair até 2011. Eu acho que vou ter 20 anos quando terminarmos. Bons 11 anos gastos nesses filmes. Eu acho que você percebe de ter essa experiência – os primeiros anos, a melhor idade da vida, não importa o que você faça, pode realmente afetar sua carreira porque é quando você começa a se entender e no que você se interessa.

FSR: Essa é sua conclusão?
BW: Eu acho que sim. Eu penso mais ultimamente, me inscrever na Universidade e descobrir o que eu quero fazer me fez observar o que essa experiência fez por mim e como mudou meu caminho. Eu acho, que quando você tem nove anos, seus sonhos são meio estranhos e aleatórios. Mas estar dentro desses filmes tem sido uma inspiração pra mim. Quando eu era mais nova e consegui o papel, não havia feito nenhum outro trabalho como atriz e eu nunca fui uma daquelas crianças que dizem “Tudo o que eu sempre quis é ser famosa. Eu quero ser atriz.” Isso nunca foi algo que eu quis. Só por estar nesses filmes, tem sido incrível descobrir o que me faz funcionar e o que eu amo fazer.

FSR: Você disse em outras entrevistas que o processo abriu seus olhos ao cinema. Isso é algo que você ainda queira seguir?
BW: Sim. Em setembro eu vou pra faculdade de cinema, pois é o que eu decidi pra minha escolha de Universidade, então (os filmes) não poderiam ter direcionado minha vida mais. Eu acho que foi por trabalhar dentro de Harry Potter, que é uma produção tão grande mas também todos estivemos juntos por tanto tempo, e toda a equipe – tivemos o prazer de trabalhar com tantas pessoas em todos os filmes. Eu acho que a ética no trabalho e a paixão que vem por trás da filmagem dele realmente me fez ter essa ética de querer continuar e desde então eu me apaixonei por cinema.
Eu acho que é por isso que as pessoas sempre perguntam por que somos tão calmos ou por que ainda amamos tanto. Eu acho que é só a rede de trabalho que temos ao nosso redor de produtores aos cameramen. É realmente uma família que temos no set.

FSR: Se você conseguir dirigir algum dia, que tipo de história você quer contar?
BW: Eu sempre amei cinema Europeu e Francês, o Nouvelle Vague. Mas eu amo filmes blockbuster e fantasiosos ou mágicos.

FSR: Talvez você possa juntar os dois. Um gigantesco blockbuster de verão, preto e branco.
BW:[risos] Não, eu só amo poder assistir um filme e me identificar com o personagem, o que eu acho que acontece mais na Televisão do que no cinema. Eles são muito mais fundados em personagens, fisicamente. Eles não procuram colocar coisas enormes e altas como em Harry Potter.
Então sim, só uma história que enquadre um personagem – algo como um dia na vida que é o que muitos filmes franceses fazem. Não tendo um clímax específico com uma grande mensagem moral. E mais sobre explorar um ambiente com um personagem.

FSR: Você já conversou com David Yates sobre querer dirigir?
BW: Eu já falei disso, obviamente ele está muito empolgado que é isso que eu vá fazer, ou seja ir à faculdade de cinema. Quando eu começar, eu começo em algumas semanas no sétimo filme e eu vou trabalhar um pouco – eu já tenho experiência com o departamento de arte e o departamento do figurino – mas vou trabalhar um pouco com os editores e cinegrafistas e os cameramen. Então vai ser maravilhoso ter minhas primeiras experiências com essas pessoas. Eu estou muito ansiosa.

FSR: Depois de trabalhar por tanto tempo nesses filmes, como você e seus colegas se sentem sobre o que vão deixar pra trás?
BW: Eu acho que é uma mistura de sentimentos. Eu tento não pensar sobre o fim. [risos] O mesmo acontece com muitos de nós porque foi uma parte tão grande de nossas vidas. No começo pode não ser estranho, mas seis meses depois vamos perceber que não vamos voltar pra outro filme. Vai deixar um buraco. Mas eu acho que muitos de nós estão empolgados também. Já que Harry Potter toma tanto tempo pra filmar, você nunca pode realmente – seus anos são dados embora à um projeto – então vai ser ótimo dizer que estou livre pra fazer o que quiser, o que eu gosto e o projeto que escolher.

FSR: Nesse processo, você cresceu especificamente por seu personagem Gina toma a frente. O que essa experiência tem sido pra você? Você encontrou algo desencorajador ou encorajador?
BW: Definitivamente. Eu acho que por me desafiar e ter um desenvolvimento a mais no personagem. Obviamente o personagem cresce durante a série, mas apenas em um filme Gina cresce. Tem sido maravilhoso fazer um grande numero de cenas pra poder me apoiar, desenvolver um personagem e deixar a plateia ver mais de uma pessoa que eles leram tanto no livro. Mas não tem sido nem um pouco desencorajador.
Me mostrou o que eu amo em filmar, e esse é o momento que você está no set, o momento de “ação” a “corte” quando você está completamente no momento. Você esquece sobre o que te rodeia e está sendo apenas ela. Está sendo alguém.
Eu acho que é por isso que fico empolgada pra entrar em outros personagens. Atuando, te dá uma ideia tão boa de tantas pessoas diferentes que você pode ser, pessoas diferentes de você. Eu amaria fazer algo que precisasse de muita pesquisa. Quando atores fazem projetos baseados na vida de alguém que existiu ou de alguém que é intenso, estou ansiosa pra fazer um trabalho que tenha que realmente me preparar.

FSR: Se você pudesse ser um personagem diferente nesse universo, quem seria?
BW: Em Harry Potter? Eu sempre amei muito o papel de Maggie Smith como Professora McGonagall. Eu acho que ela é muito rígida, mas tem uma graça elegante em seu personagem. Ela é tão calma, e com ela também, apenas assistindo-a no set, ela fica completamente imersa no momento que veste o figurino. Ela é muito como uma professora, então eu acho que a ética de todos os outros atores realmente me inspirou.

FSR: Você recentemente completou 18 anos – está empolgada sobre finalmente poder votar?
BW: Sim! Eu já votei. Na minha primeira eleição.

FSR: É interessante pensar em algo assim considerando que as platéias te conhecem desde que você tinha 9 anos. Olhando pra trás, houve algum momento quando você pensou que preferiria ser uma encanadora ou professora ou médica?
BW: Sim, muitas pessoas dizem “Você escolheu uma coisa fácil de fazer” e é, tipo “É, sim.” Quando eu era mais nova, na minha família, todos foram pra escola de artes e sempre tivemos um passado criativo, então eu me lembro de sempre gostar de trabalhar com pessoas, atuar com pessoas, então eu acho que isso realmente aparece nesse filme – o processo colaborativo do filme. Isso é algo que realmente me faz amar. Olhando pra trás agora, eu não teria escolhido outra carreira. Eu não teria sido encanadora ou professora. Eu realmente prefiro atuação.

FSR: Se você pudesse voltar a idade de 8 e meio…
BW: Sim. Eu não sei. Eu acho que quando era tão nova, eu não sabia nada sobre a indústria do cinema e sabendo agora eu acho que é muito importante que eu não quisesse ser [uma atriz] quando era mais nova. Eu não tinha nenhuma expectativa. Algumas crianças podem assistir coisas na tv e ter essa ideia que a fama faz tudo perfeito, que tudo é um sonho, e que não se deve trabalhar porque tudo é dado a você.

FSR: Última pergunta. Foi duro pra você crescer simultaneamente com ter experiências no cinema e na sua vida? Viver esses momentos marcantes tanto pra você quanto pra uma plateia?
BW: Tem sido um desafio. Nós todos tivemos que trabalhar duro pra equilibrar nossas vidas com as filmagens. Eu acho que nunca quis dividir essas vidas e pensar “Okay agora eu vou trabalhar, e agora vou pra escola.” Eu sempre tentei não compartimentar as coisas. E, pode-se dizer, você vive as coisas por si próprio então pode espelhá-las no personagem. Por sempre querer terminar minha educação, foi difícil mas também foi fácil porque eu não sou feita só de Harry Potter. Eu tenho meu próprio grupo de amigos e meu próprio senso de pertencer. Isso não é tudo. É parte de tudo.