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A laranja e a solidão

Todos já ouviram falar de “Meu Pé de Laranja Lima”, mas quanto já leram o clássico brasileiro de José Mauro de Vasconcelos? A história sofrida de Zezé, um menino que encontrou amizade onde menos esperava, é uma das mais tocantes de nossa literatura.

[meio-2]A resenha de Léo Scarpa conta com mais detalhes o que esperar dessa obra. Leia e deixe seu comentário!

“Meu Pé de Laranja Lima”, de José Mauro de Vasconcelos

A laranja e a solidão Tempo: obra que exige muito tempo e dedicação
A laranja e a solidão Finalidade: para se emocionar
A laranja e a solidão Restrição: para quem não suporta melodrama
A laranja e a solidão Princípios ativos: infância, descobertas, misérias, amizades e decepção

A laranja e a solidão

Zezé, com cinco anos de idade, já é uma criança já muito vivida e conhecedora de todos os tipos de maldade do seu pequeno mundo. Ele vê sua família mudar-se para uma casa maior na mesma cidade. No dia da primeira visita, seus irmãos escolhem as árvores maiores e mais frutíferas, deixando para ele apenas um pobre pé de laranja lima.

A laranja e a solidão

Na escola, Zezé era um exemplo de aluno, ganhando muitas vezes prêmios de melhor leitor da sala. Sua professora, talvez uma das poucas pessoas que o entendiam e queriam seu bem, sempre dava a ele dinheiro para o lanche. Fora da escola, Zezé era o moleque que tirava a tranquilidade da vizinhança.

Por muitas vezes, Zezé tentou ganhar dinheiro de alguma forma, e quase sempre era tentado a pegar carona no carro do português da cidade. Zezé mal imaginava que este senhor também seria uma das pouquíssimas pessoas das quais ele se lembraria com ternura até os últimos dias de sua vida.

Esse garoto loiro e arteiro vê sua curta vida totalmente abalada por dois fatos muito marcantes. Apesar de tudo, Zezé terá de seguir em frente com apenas uma vaga lembrança de que um dia já teve um grande amigo e que já foi muito amado como filho por um estranho.

José Mauro de Vasconcelos, consagrado autor da literatura Brasileira, iniciou sua carreira com a obra “Banana Brava”, em 1942. Apesar de grande sucesso e grandes criticas em outras obras, como “Barro Blanco” e “Rosinha, Minha Canoa”, só foi em 1968, com “Meu Pé de Laranja Lima”, que Vasconcelos se consagrou um exímio autor literário de obras que não podem faltar numa sólida formação intelectual e literária, e que já foram traduzidas para vários idiomas, além de adaptadas ao teatro, cinema e televisão.

Resenhado por Léo Scarpa

190 páginas, Editora Melhoramentos. Publicado em 1984.
Publicado originalmente em 1968.

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