Versões piratas de DH serão punidas na China e França
Por Daniel Mahlmann
Enquanto no Brasil a Rocco decidiu não processar os responsáveis pelas traduções não-oficiais de Harry Potter and the Deathly Hallows, mundo afora as decisões quanto a essas versões não tem sido tão brandas. |
Na China, por exemplo, além dos fãs traduzirem o livro, eles conseguiram editoras que o publiquem, vendendo-os no mercado; alguns também têm criado outras versões com diversos títulos, como “Harry Potter o dragão impetuoso”, “Harry Potter e o império chinês”, “Harry Potter e os jovens heróis”, “Harry Potter e o leopardo disfarçado de dragão” e “Harry Potter e a grande chaminé”, com histórias completamente diferentes e desvinculadas da original. Outras, talvez no intuito de ganhar mais atenção, ainda tentam se fazer passar por obras escritas por Rowling.
Em entrevista, Neil Blair, advogado da Christopher Little Literary Agency em Londres, que representa Rowling, contou que o objetivo da agência é deter todos os responsáveis pela produção e venda dos livros: fabricantes, distribuidores e vendedores de rua.
“Alguns desses exemplares até sugerem que J.K. Rowling de fato escreveu os livros”, declarou Blair, referindo-se às obras piratas. “É possível que as pessoas comprem os livros achando que fazem parte da série e, claro, acabem se decepcionando. Isso é parte de nossa preocupação, protegê-las ao máximo”.
Já na França, a polícia prendeu e interrogou um adolescente de 16 anos por ter publicado na internet a tradução pirata do último livro da série Harry Potter. O jovem foi detido na segunda-feira, e após passar um dia em prisão provisória sob interrogatório, foi liberado na terça, pois de acordo com um funcionário, “parece que o jovem não agiu visando o lucro, e sim por ser um fã francês que fala muito bem inglês”.
No entanto, mesmo tendo sido liberado, o jovem poderá ser condenado a pagar multas pesadas pela sua ação. Outras pessoas envolvidas ainda serão detidas, e o site no qual a tradução havia sido disponibilizada já foi tirado do ar.
Atualizado: Em um comunicado, JK Rowling se demonstrou preocupada com os grupos organizados de tradutores informais que buscam lucrar com o enorme interesse pelos livros. “Esta queixa não é de forma alguma sobre traduções isoladas publicadas na Internet… por fãs desinteressados, não inteiramente cientes da natureza ilegal de suas ações”, ela disse.
Fonte: Reuters.