Veja os scans da matéria sobre HP7.2 da revista Total Film
Por Daniel MahlmannO site DanRadcliffe.com divulgou hoje os scans da revista Total Film, que traz uma matéria sobre as filmagens de Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 e uma entrevista com o ator Daniel Radcliffe. Em sua conversa, o jovem Rupert Grint comentou acerca da sensação de ver os sets destruídos.
“Estou realmente ansioso para assistir todas as cenas da batalha. Vai ser algo grandioso, ver todos esses sets sendo destruídos, como o Salão Principal – essa bola de escombros em chamas com cadáveres por todo lado. Ver a escola ser destruída teve um efeito estranho em mim, porque é um local bastante importante para nós – é onde nós crescemos. Apesar disso, vai ficar bem legal.”
Por sua vez, Daniel Radcliffe revelou que embora boa parte de sua maquiagem, composta em sua maioria por cicatrizes e hematomas, possa ser retirada no fim do dia, nem sempre é o que acontece.
“Já saí do set com a maquiagem. Às vezes é uma questão de preguiça, às vezes elas não vão sair logo e eu apenas digo, ‘Deixa – elas fazem parecer que eu tô trabalhando mais arduamente do que estou de fato!'”
E o diretor David Yates disse que os atores realmente se dedicaram em filmar uma morte que ocorre pouco após o trio destruir uma horcrux na Sala Precisa.
“É uma cena carregada de emoção. Os garotos vieram ao estúdio nessa manhã com muita ambição. Eles querem fazê-la direito. Meu trabalho é fazê-los se sentir confortáveis e seguros, e então meio que só sussurro em suas orelhas se acho que eles estão tentando se esforçar muito, ou se não estão correspondendo a algo.”
A nossa equipe está trabalhando nesse momento para traduzir a matéria inteira, mas enquanto isso vocês já podem ver os scans em nossa galeria através desse link!
Atualizado: A tradução na íntegra já se encontra em notícia completa!
Santificado seja o vosso nome
Total Film
12 de maio de 2011
Tradução: Jenifer Cestari, Gabriel Amaral, Antonio Kleber Jr. e Raquel Monteiro.
Uma celebração
Depois de 10 anos, oito filmes e $6,369,345,142 de bilheteria mundial, a jornada de Harry Potter está chegando ao fim. A Total Film tira o chapéu pontudo da maior franquia de todos os tempos.
Duelos. Destruição. Morte. Tudo isso agora faz parte de Hogwarts. A Total Film vai ao set do encerramento da série, As Relíquias da Morte: Parte 2, para avaliar a devastação…
Hogwarts está sob ataque. Estamos em janeiro de 2010 e a Total Film entra na escola mítica de magia pela última vez. O Salão Principal que fora outrora orgulhoso – um set que está montado em Leavesden Studios desde o filme A Pedra Filosofal de 2001 e cena de um banquete comemorativo de fim de semestre – está em ruínas, dizimado pela colérica batalha que acontece do lado de fora. Poeira e detritos estão por todo lado. Magos afobados cuidam dos defensores da escola. Cadáveres – incluindo rostos familiares – se alinham às lajes. É uma visão chocante, mas é tocante ver que depois de 10 anos, sete filmes e mais de $6 bilhões em bilheterias, a saga Harry Potter pelo menos se despede com um estrondo.
“Na verdade, tem muitas mortes!” exclama o diretor David Yates enquanto conta os corpos em Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 – seu quarto e final filme da franquia. Ele não está errado. Assim que conseguimos alcançar o cineasta durante uma pausa rápida das gravações, nós estamos, de repente, enervantemente rodeados por uma multidão de mortos-vivos – atores famintos, moldados com maquiagem pálida e sem vida – enquanto se servem de café e pãezinhos do carrinho do buffet.
“É algo bem mais adulto do que qualquer coisa que fizemos antes” disse Yates. “Quero dizer, sempre dizemos isso. Eu enjôo de dizer, porque me lembro de dizer que o quinto filme [A Ordem da Fênix, o primeiro de Yates como diretor em 2007] já era mais adulto! Mas este em particular está bem violento.” Com o set mais parecido com uma cena de um cerco medieval do que um filme de Harry Potter, será que Yates está preocupado em apresentar sua edição final para os empresários dos estúdios receosos por altas classificações etárias? “Será interessante quando chegarmos ao estágio de edição e apresentarmos a eles” ele admite, “mas eles são pessoas razoáveis para trabalhar, acho que é porque os filmes tem sido tão bem sucedidos para eles. Se a história exige, eles apóiam.”
Então, o que levou até a totalidade deste caos? O gancho do filme do ano passado, As Relíquias da Morte: Parte 1, mostrou nossos heróis Harry (Daniel Radcliffe), Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) escapando por pouco de um destino macabro na Mansão Malfoy e encontrando-se de volta à imensidão, procurando a chave para derrotar o arquiinimigo Lord Voldemort (Ralph Fiennes). Enquanto isso, o malvado serpentino finalmente coloca suas luvas escamosas na poderosa Varinha das Varinhas – uma das Relíquias do título que dá ao dono o dom da imortalidade. Essas duas vertentes da trama chegam ao seu cume na Parte 2, preparando a cena para a revelação épica de planos que devasta Hogwarts e toma a vida de muitos favoritos da série.
“Estou muito ansioso para assistir as partes de batalha” diz Grint, que está tão empolgado para ver a conclusão na telona quanto os milhões de fãs ansiosos de Harry Potter ao redor do mundo. “Vai ser bem interessante ver todos aqueles sets serem destruídos, como o Salão Principal – só essa enorme bola de fogo em entulho com cadáveres jogados em todo lugar. Assisti-lo sendo esmagado teve um efeito estranho em mim, porque é um lugar muito importante pra nós – é onde nós crescemos. Mas será bem legal, no fim das contas!”
Radcliffe, no entanto, promete que a ação da Parte 2 está “bem extraordinária”, com Yates encorajando o elenco e a equipe para intensificar sua atuação quando chegou a hora de filmar o conjunto de peças espetacular. “Ontem eu caí das escadas várias e várias vezes” disse o ator alegre “foi bem divertido, mas chega uma hora em que você pensa ‘Eu já fiz isso muitas vezes'”. Ainda assim, apesar de sua aparência sangrenta, pelo menos as cicatrizes e machucados (“uma variedade de ferimentos de várias coisas que acontecem comigo na batalha”) podem ser lavadas no fim do dia… Bem, na maior parte dos dias. “Eu já deixei o set com elas no rosto antes” ele sorri em sua maquiagem de cansaço da batalha. “Às vezes é um caso de preguiça, às vezes elas não saem então eu apenas digo, ‘Deixa – dá a impressão que eu trabalho mais duro do que a realidade!”
Assim como levantar a aposta com os dublês, a abundância de contendas mágicas brutais na Parte 2 mostra um dinâmico novo estilo de duelos. “Com os movimentos da varinha, eles quase mudaram o conceito por inteiro”, explica Grint. “Antes, eles mandavam um coreógrafo de balé para nos ensinar todas as chicotadas e pinceladas. Era tudo meio como um acampamento. Mas agora está muito mais como luta de espadas – foi muito mais agressivo e poderoso”.
Com o fim da pausa, os jovens astros voltam ao trabalho, enquanto a Total Film e uma multidão de espectadores se acumula ao redor do monitor para assistir a cena se desdobrar.
É um grande soco emocional, com Harry parando para presenciar as conseqüências violentas da vingança de Voldemort contra ele, e Grint tendo que basear-se (impressionantemente) em grandes reservas de sentimento com a descoberta de uma casualidade particular nesta guerra. Atrás do monitor, há muitos nós nas gargantas e muita gente praticando o seu melhor jeito de dizer ‘tem um cisco no meu olho’…
“É uma cena cheia de emoção” explica Yates. “O pessoal veio trabalhar hoje com muita ambição. Eles querem fazer tudo certo. Meu trabalho é fazê-los se sentir a vontade e seguros e meio que sussurrar em seus ouvidos se eu acho que eles estão exagerando ou se não estão drenando algo direito.” Grint, que ainda está sorrindo depois de várias exaustivas tomadas dramáticas, dá os créditos a Yates por dar seu desempenho mais intenso da série. “Acho que tem uma pressão subconsciente porque todos querem que este seja o melhor de todos”, ele admite. “Mas David é ótimo, especialmente com as grandes cenas. Ele é tão tranqüilo – ele te leva para o lado e tem uma conversa animadora, o que nos faz relaxar”.
Embora a cena de hoje os coloque no espremedor, há uma abundância saudável de humor negro por entre o elenco. Enquanto a equipe se prepara para outra tomada, uma comoção aviária repentina ecoa das vigas acima. “Será que é um urubu?” solta Watson. “Tem mesmo muitos cadáveres aqui…”
Os jovens atores estão sendo salvos pelo apoio habitual do exército de grandes britânicos – a cena de hoje mostra Maggie Smith, Jim Broadbent, David Thewlis e Julie Walters. E, mesmo que esse seja o dia 195 de uma desgastante filmagem de 250 dias, a energia do elenco não mostra sinais de declínio. “Está sendo muito difícil fazer esses dois filmes de uma vez”, diz Watson. “Mas há uma consciência de que depois disso é o fim, esse é o encerramento, e todo mundo está desesperado para dar seu melhor desempenho. Todo mundo está dando o melhor de si”.
Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 estreia dia 15 de julho e será analisado em uma edição futura da Total Film.
A Jornada Continua…
A Total Film chega ao parque temático de Harry Potter.Faz 35°C em Orlando, mas ainda assim há neve no topo dos telhados. Onde mais poderíamos estar a não ser no Mundo Mágico de Harry Potter, um canto do parque temático das Ilhas da Aventura da Universal que foi dedicado a todas as coisas de Rowling. As filas aumentaram, mas elas valem a pena para a maior atração: ‘A Jornada Proibida’ através dos corredores de Hogwarts que nos faz ver dragões, encarar Dementadores e jogar Quadribol. O looping Desafio do Dragão e a montanha russa O Vôo do Hipogrifo oferecem a tradicional adrenalina, enquanto uma Hogsmeade elaborada dá aos trouxas muitas oportunidades de gastar dinheiro. Cinco anos de construção, é a Disneylândia dos Potterfílios. Mas Deus, as filas são longas…
Pedaços de realidade
Como o mundo dos trouxas mudou desde que Potter chegou às telas.2002 – A Resolução da Guerra do Iraque é aprovada no Congresso e a Guerra do Iraque começa em março de 2003.
2003 – Saddam Hussein é capturado pelas forças dos Estados Unidos em 13 de dezembro perto de Tikrit, Iraque.
2004 – Assaltantes armados roubam a pintura “O Grito” de Edvard Munch de um Museu em Oslo.
2005 – O Papa João Paulo II morre em dois de abril. A Missa de Réstia é reconhecida como a maior aglomeração em estados na história.
2006 – O Zinedine Zidane da França dá uma cabeçada no zagueiro da Itália Marco Materazzi na final da Copa do Mundo. A França perdeu.
2007 – O último Harry Potter de J.K. Rowling é publicado. Não termina com a palavra ‘cicatriz’ como Rowling prometeu. Que ultraje!
2007 – A proibição do cigarro começa a ser praticada em dois de abril em Wales e na Inglaterra em primeiro de julho.
2008 – Graças a Crepúsculo, vampiros viram os novos magos. E é dada a largada para a histeria por R-Pattz.
2008 – Barack Obama é eleito Presidente dos Estados Unidos, o primeiro afro-americano a assumir o título.
2009 – Kanye West entristece Taylor Swift em um prêmio da MTV e a expressão “Vou te deixar terminar” entra no dicionário.
2010 – Vulcão islandês entra em erupção, mandando uma nuvem de cinzas por toda a Europa e forçando novos âncoras de jornais a pronunciar o nome ‘Eyjafjallajökull’.
O guru dos efeitos de maquiagem Nick Dudman nos leva para uma viagem através da oficina de criaturas de Harry Potter e nos mostra suas bestas favoritas da franquia.
Fawkes – Super pássaro cor de fogo, defensor de Dumbledore:
O animal de estimação imortal do diretor de Hogwarts – veja-o ajudando Harry em sua batalha contra o basilisco em Câmara Secreta – era tão real, que até mesmo Richard Harris, o Dumbledore original, foi enganado. ‘Richard Harris fez toda a cena com Fawkes’, ri Dudman, ‘Havia um equipamento animatrônico imenso que entrava no chão no qual doze pessoas escondidas por trás puxavam alavancas freneticamente. No fim ele foi até um dos meus caras que ele pensou ser o tratador e disse: ‘Incrível como treinam esses pássaros’. E Chris Columbus disse: ‘Er… é uma marionete’, ao que ele respondeu: ‘Sai dessa!’ Eu tomei isso como um elogio.
Bicuço – ‘Equi-pássaro’, membro alado do bando de Harry:
O leal animal de estimação de Hagrid, Bicuço (metade águia, metade cavalo), salvo da execução por decapitação em Prisioneiro de Azkaban, é umas das mais orgulhosas realizações de Dudman na franquia Potter. ‘A melhor parte do trabalho, pra mim, é quando as pessoas acreditam’, se entusiasma. ‘Quando construímos o Hipogrifo e ele ficou parado na floresta sem nada o operando visivelmente – tudo estava coberto por folhas – eu achei fantástico, porque todos estavam reagindo a ele. Se você chegasse perto ele te beliscaria. Eu adoro colocar as pessoas de frente pra o que elas sabem que não existe, mas sempre quiseram ver. Ele estava lá. Ele era real. Pra mim, isso é magia.’
Duendes – Pequeninos mágicos de orelhas pontudas e pensamento rápido:
Ainda um dos maiores desafios para Dudman e seu time foi a cena de abertura de Relíquias da Morte: Parte 2, que mostra Harry e seu time arrombando Gringotes, o banco governado por duendes. ‘Aí nós criamos 38 duendes principais com próteses no corpo inteiro, com mais vinte e poucos somente com próteses nas cabeças, que ficavam no fundo’ explica. ‘A maquiagem de cada um dos duendes consiste de três e seis peças, então era uma enorme produção em massa. Nós contratamos mais 100 estagiários extras e ensinamos como implantar cabelo, como pintar silicone, como colar as próteses, como preservar a pele. Conseguir esse número de duendes simultaneamente no set foi um pesadelo logístico, mas tudo deu certo no fim.’
O Basilisco – Rei serpentino, criado monstruoso de Voldemort:
Uma das mais assustadoras criações de Rowling, a besta colossal de sangue frio que batalha contra Harry em Câmara Secreta ainda pode ser encontrada se espreitando pelo encanamento dos Estúdios Leavesden. Bem… parte dele. O Basilisco nasceu a partir de computação gráfica e efeitos com marionete. ‘Construímos a cabeça e aproximadamente seis metros do corpo, o que deu toda a idéia de interação real’ explica Dudman, o forte da série. ‘Mas não há como construir uma serpente de mais de vinte metros que se curve ao se locomover e tenha a espessura de um fusca. Não tem como fazer. Por mais que eu quisesse tentar, as leis da física me impedem.’
Fenrir Greyback – Lobisomem assassino, Comensal da Morte de meio período:
O homem peludo de Voldemort (interpretado pelo boxeador David Legeno) estará exibindo sua selvageria lupina em Relíquias da Morte: Parte 2, quando ele liderará seus comparsas lobisomens para a batalha de Hogwarts. ‘Você tem que olhar pra todos os lobisomens já criados na história do cinema e eliminar traços, então não parece nada demais’, diz Dudman. ‘Então você assiste Um lobisomem Americano em Londres e pensa “Como posso superar isso?” e na verdade eu não acho que possa, mas você sempre procura por algo fresco e novo… você está sempre tentando superar o seu próprio jogo.’
O Trasgo – Pateta de discoteca que é todo músculo sem cérebro algum:
O pesado ogro que Harry, Rony e Hermione enfrentam em Pedra Filosofal é em sua grande maioria feito de pixels, mas Dudman autorizou a criação de um modelo em tamanho real para as cenas pós-luta nas quais vemos a criatura derrubada. Sua cabeça desproporcional ainda tem lugar de destaque na oficina de Dudman, mas já viu dias melhores: ‘Ele está se desintegrando’, revela o artesão, ‘O trasgo foi feito pela Organização Henson há dez anos, e o silicone era tão espesso e oleoso que foi caindo com o próprio peso, a cabeça foi tudo o que conseguimos salvar. Essas coisas não duram pra sempre, mas estão no filme, que é onde devem estar.’
O Último Monstro
O nêmesis de Harry surge em vários disfarcesPedra Filosofal – A única saída para um Lorde das Trevas sobrevivente quando ele implanta sua careta na parte de trás de sua cabeça: cobrí-la com um turbante.
Câmara Secreta – Parecendo bem mais apelativo nas vestes de Hogwarts na forma do bonitinho Christian Coulson.
Cálice de Fogo – Uma certa decaída, dessa vez. Voldemort ressuscita um careca e assustador Ralph Fiennes sem o narigão.
Ordem da Fênix – Ganhando poder, ganhando adeptos, pontuando no número de cadáveres, mas ainda não parece capaz de fazer crescer um focinho para si próprio.
Enigma do Príncipe – Nomeado sem igual, Hero Tiffin-Fiennes (hero, versão inglesa para Herói) calça os sapatos de Voldemort em uma encarnação juvenil. E ele tem nariz.
Relíquias da Morte: Parte 1 – O quão bom é ser todo poderoso se você não pode conseguir um cirurgião plástico na discagem rápida?
Um olhar fresco no que já saiu
Harry Potter e a Pedra Filosofal
Todos à bordo do Expresso de Hogwarts (3 estrelas):
Chegando logo após o chamado à realidade que foi o 11 de setembro, a adaptação de Chris Columbus do fenômeno publicitário de J. K. Rowling foi um escape em um momento em que o mundo precisava de um. Embora dificilmente encantador, o resultado bem construído fez o que tinha que fazer: prover uma fundação sólida a uma franquia que precisava caminhar antes de alçar vôo. Devido à tamanha expectativa em torno da estreia, poderíamos ficar pelo menos gratos por aquilo que nos foi entregue: senão tudo o que foi prometido, ao menos uma parte disso.
Promessa foi tudo o que Daniel Radcliffe pode oferecer naquele ponto, o menino de 11 anos foi capaz apenas de apresentar uma aproximação ao personagem dentro do qual ele passaria a década seguinte crescendo. O mesmo poderia ser dito de Emma Watson e Rupert Grint. Não. O prazer de Pedra foi mesmo o elenco britânico coadjuvante recrutado para encarnar as pessoas que Harry encontra quando inicia seu primeiro ano em Hogwarts – de Alan Rickman como seu sarcástico Snape e Maggie Smith com sua empertigada Professora McGonagall ao rouco Dumbledore de Richard Harris e o animado Hagrid de Robbie Coltrane.
Ok, há problemas. Columbus passa tanto tempo estabelecendo o mundo de Harry que quase esquece de contar uma história, e mesmo com duas horas e meia o filme parece corrido, com personagens-chave colocados de lado e a surpresa final (nunca confie em um homem com um turbante!) saindo do nada. Nos deixou com um filme que ficou longe do clássico instantâneo pelo qual havíamos esperado. Ainda assim, fez o que prometia na embalagem.
Veredito: Agora uma presença constante nas grades televisivas no Natal, Potter #1 preencheu sua função abrindo a cortina para a franquia, mas, olhando pra trás, faltou um pouco de magia.
Harry Potter e a Câmara Secreta
Carros voadores, diários amaldiçoados e aranhas gigantes (3 estrelas):
Em algum lugar no desenrolar da franquia, Câmara parece ter ganhado a reputação de mais fraco dos filmes Potter. O trabalho de Columbus como diretor é o menos importante do todo, e a segunda empreitada é vazia do impulso narrativo e novelesco do primeiro. O que ele oferece, no entanto, é mais ação, mais personagens e os primeiros passos verdadeiros que a franquia dá em direção ao interior da mitologia de Rowling.
O primeiro ato é inegavelmente devagar, com sua escravizada aderência ao livro de forma que o menor dos problemas precise ser resolvido nas telas. Mas uma vez que toma seu rumo, ele realmente toma seu rumo. O conceito central – a Câmara do título foi aberta, a censura apertou por conta de sangue seguido por lesão física – é mais atrativo do que Pedra, e jorra na história extensa por trás de Hogwarts, que se torna crucial posteriormente na série.
Com Radcliffe, Watson e Grint ainda tentando quebrar as pernas, o ônus fica por conta dos adultos: Kenneth Branagh como o babaca envaidecido Gilderoy Lockhart é um realce à série. Mais solenemente, Câmara é a melodia final do Dumbledore de Richard Harris, que sempre foi mais parecido com o gentil diretor de Rowling que a interpretação mais austera de Michael Gambon.
Muita da ação parece embasamento para o que se desenrola depois – o diário de Tom Riddle, a história de Sonserina – mas as cenas climáticas têm um genuíno senso de risco que marcam uma mudança de tom na franquia.
Veredito: Longo demais e reverente demais, Câmara não é uma adaptação grandiosa, mas como uma exploração mais profunda do Mundo Mágico, é muito melhor daquilo que você se lembra.
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
Algo maligno se aproxima do melancólico terceiro capítulo, agora de Cuarón (4 estrelas):
‘Apague essa luz!’, assim vocifera uma pintura ao mestre Potter enquanto o menino vaga espreitadamente pelos corredores tarde da noite. É uma ordem obedecida por Alfonso Cuarón, diretor mexicano do impertinente hit artístico Y tu mamá también, substituindo Chris Columbus como diretor e introduzindo matizes mais sombrias e profundas a Harry. Sua contribuição é como um beijo de dementador ao contrário: dando uma alma ao invés de sugá-la, como um fogo fátuo contrário aos guardas prisionais espectrais introduzidos aqui.
Tudo começa de maneira divertida, embora hormonal, com Harry passando o tempo com sua varinha em seu quarto e logo depois inflando sua tia em um acesso de fúria. Harry está louco? Ele está é dançando valsa na direção correta. O enredo então se harmoniza ao introduzir o prisioneiro fugitivo Sirius Black, um bruxo maníaco que alegadamente ajudou a matar os pais de Harry e alegadamente está atrás de Potter e é definitivamente interpretado por Gary Oldman.
Sirius não é o vilão que esperávamos, embora Cuarón consiga diminuir a luz nesse ponto. Azkaban se descortina sob de céus tempestuosos e na natureza selvagem; até mesmo o quadribol está debaixo de tempestade. Um hipogrifo encara a execução por uma lâmina do tamanho de uma cidade. A transformação de um certo lobisomem é agradavelmente de quebrar os ossos. O aspecto sombrio é criteriosamente deformado, jogando a diversão da sequência de abertura num alívio agudo contrastado em luz e sombra.
Pulando o conforto estático da supervisão de Columbus, Cuarón adiciona ímpeto na direção e momentos de negrume que mudam o rumo da franquia. Realçando a sombra iminente e invadindo o verde, ele e o diretor de fotografia Michael Seresin aprofundam corredores e imergem em escadarias com ângulos enviesados e câmeras rasteiras. Não realmente expressionista, mas quase lá. Melhor ainda, Cuarón pressiona o sentimento da difícil estrada da puberdade, tratamento necessário devido ao pesar pelos pais de Harry e o vislumbre de Hermione se vendo pela primeira vez de uma perspectiva exterior.
Mas e Oldmam em fluxo contínuo? E um fim satisfatório? Azkaban não é perfeito e no que tem de pior é o fato de ser um prisioneiro do enredo de Rowling. A entrada de Black se dá muito tarde, o terço final do filme é tomado apenas pela viagem no tempo, drenando o clímax de forma seca, e enquanto Cuarón admiravelmente tenta se desvencilhar da aderência escrava de Columbus às páginas, um pouco de detalhe demais fica faltando. Por exemplo, de onde veio o mapa?
No entanto, Cuarón nos despeja em melancolia muito bem. ‘Tempo difíceis estão por vir’ se torna um mantra dos futuros Potters, mas foi Cuarón quem primeiro ousou obscurecer o caminho, trazendo o estilo súbito do ataque de um dementador à série bem quando foi necessário.
Veredito: O elenco continua rígido e o enredo permanece desajeitado, mas o cocar da direção de Cuarón traz um toque tentador de infortúnio à série.
Harry Potter e o Cálice de Fogo
(4 estrelas)
O diretor de “Quatro Casamentos e um Funeral”, Mike Newell parecia um ajuste pouco provável, mas ele trouxe âmbito cinematográfico e estilo (mais Robert Pattinson) ao quarto filme. “Cálice” é um dos melhores livros da série, então ele teve muito com o que trabalhar: mais notavelmente a agrádavel estrutura repetitiva das provas do Torneio Tibruxo enfrentadas por Harry, com tudo desde dragões até sereias e labirintos. Newell não estraga o confronto final, também, quando Harry finalmente encontra o Voldemort feito por Ralph Finnes – e ele é tão arrepiante quanto esperávamos.
Harry Potter e a Ordem da Fênix
(3 estrelas)
David Yates aprimorou o pesado livro de 766 páginas de Rowling com uma filmagem vital em flash e vigorosa enquanto Harry tenta convencer o mundo bruxo de que a víbora sem nariz do Voldemort está de volta. Um confronto elementar Dumbledore VS Voldemort ocorre, enquanto o diretor estreante Yates enraíza a fantasia em uma cintilante e moderna Londres. Apesar de essencialmente serem apenas $150 milhões gastos estabelecendo a perigosa conexão entre Harry e Voldemort (com água até o pescoço), pontos altos como a sapa Umbridge de Imelda Staunton mantém a mágica viva.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe
Harry e companhia são acertados pelo cupido (4 estrelas)
David Yates certamente não descansa sobre os louros. Com esse sexto filme, o diretor que retorna de “Fênix” combate a escuridão crescente da série servindo o filme mais caloroso e engraçado até agora – os romances bobos dos jovens e os hormônios intensos tendo tanta prioridade quanto a volta de Voldemort ao poder. É uma abordagem que provê uma pausa bem-vinda antes da bravura e do tumulto em “Relíquias da Morte”, mesmo que Yates disfarce o clímax emocionalmente carregado do livro (Dumbledore cai mais com um lamúrio do que com um estrondo).
Mesmo assim, “Príncipe” conjura bastantes truques para combater a fadiga da franquia, incluindo a encenação perfeita de Jim Broadbent como o professor de poções borbulhantes Horácio Slughorn e o suntuoso, indicado para o Oscar por cinematografia – diretor de fotografia Bruno Delbonell (“Amélie”) retratando Hogwarts em toda sua glória majestosa antes da sua iminente destruição cinematográfica. Como Harry diz no fim do filme: “Eu nunca notei como esse lugar é lindo”. Você também não.
Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1
Nossos heróis caem na estrada e ficam desonestos (3 estrelas)
Ficar com o 2D ao invés de fazer um trabalho corrido em 3D? Boa decisão. Dar a querida Edwiges um fim tão descartável? Má decisão. Transformar um amontoado de exposição (a história das Relíquias) em um lindo interlúdio animado? Boa decisão. Dividir o livro em dois filmes? Bem…
Na saúde e na doença, “Relíquias da Morte: Parte 1” não é um filme, é uma indulgência, um intervalo, um aquecimento… É um trailer estendido para a Parte 2 – exceto que trailers são um pouco mais rápidos do que isso. Felizmente, tem prazeres dentro e fora deles aqui. Nossos heróis se infiltrando no Ministério da Magia, por exemplo – uma seqüência carregada de perigo, pontuada com humor e bastante Orwelliana. Ou o encontro com a cobra de Voldemort (não é um eufemismo) – um choque tridimensional, mesmo em 2D. Ou a pura extravagância da produção. Os filmes Potter sempre souberam como jogar dinheiro na tela e o fazer colar. Esse esbanja em sets (o Ministério) mas também em locações, provendo a Harry e companhia uma série de estonteantes fundos contra os quais eles fazem sua peregrinação.
O que tem muito. A busca pelas Horcruxes se torna secundária enquanto Harry, Rony e Hermione trabalham seus sentimentos uns pelos outros. Nesse ponto, a questão se as ligações podem funcionar é quase irrelevante – eles são os personagens, e nós nos importamos com eles. O que são boas noticias em um filme sem começo, sem fim, mas um monte de meio.
Veredito: “Reliquias 1” é uma prova longa e muitas vezes pesada. Mas a habilidade artesanal é dificil de criticar, já que o diretor Yates compensa a falta de história com riqueza de humor.
10 anos dignos de maravilhosos cartazes
Harry Potter nos trouxe tantas coisas mágicas durante os últimos 10 anos, não menos importante envolvendo a arte dos pôsteres. Como os próprios filmes, os pôsteres ficaram progressivamente mais sombrios e mais maduros, culminando em um Harry machucado e ensangüentado face-a-face (sem nariz) com Voldemort para “Relíquias da Morte: Parte 2”.
A Pedra Filosofal – “Jornada além da sua imaginação.” Uma razoavelmente genérica e infantil introdução à saga – não diferente do filme, porém.
Câmara Secreta – Ok, ele não é nenhum Gollum, mas ele também não é nenhum Jar Jar Brinks… Um favorito da franquia, Dobby separa os lados da Luz e da Escuridão.
Prisioneiro de Azkaban – A nova direção sombria de Alfonso Cuarón ganha um cartaz notavelmente sombrio, com dementadores ao fundo adicionando ameaça.
Cálice de Fogo – Harry está vestido para o Torneio Tribruxo junto com seus competidores internacionais – incluindo um Robert Pattinson pré-Crepúsculo.
Ordem da Fênix – Os caras do marketing se juntaram ao lado negro para o cartaz desse quinto capítulo, no qual o vilão com cara de cobra do Ralph Fiennes avulta.
Enigma do Príncipe – Uma adequada despedida épica para o defensor e mentor de Harry, Professor Dumbledore (Michael Gambon).
Relíquias da Morte: Parte 1 – Pôsteres focados em apenas um personagem configuraram a paranóia da “Parte 1” bem. Um de nossos favoritos tem a desagradável e louca feita por Helena Bonham Carter, Belatriz Lestrange.
Relíquias da Morte: Parte 2 – Harry e Voldemort se encaram através da decisória Varinha das Varinhas. Um deslumbrante cartaz para o tão aguardado combate bem VS mal.
TF faz uma retrospectiva dos melhores momentos da série Potter até agora
7 – A espada no lago
(Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1, 2010)
Uma das menores vantagens cínicas de dividir o último filme é o tempo que isso permite um personagem se desenvolver que previamente era deixado de lado. A raivosa deserção de Rony dá algum espaço para os três principais atuarem, e seu triunfante retorno para salvar Harry de um destino congelante leva a uma seqüência de cenas de ação medianas com peso realmente emocional. O patrono misterioso em forma de corsa que leva Harry até o lago também monta um dos mais satisfatórios clímax para o filme final.
6 – O Chapéu Seletor
(Harry Potter e a Pedra Filosofal, 2001)
Criando a icônica locação do Salão Principal, a cena do Chapéu Seletor é também nossa primeira visão sobre o mundo de Hogwarts e suas casas. A política dessa divisão de casas não foi realmente traduzida para as telas, mas essa cena estabelece a divisão Grifinória-Sonserina, enquanto o momento que o Chapéu considera colocar Harry na Sonserina tem repercussões mais tarde. Esse é um dos momentos de maior sucesso da passagem livro-filme do diretor Chris Columbus.
5 – O baile
(Harry Potter e o Cálice de Fogo, 2005)
Esqueça o Quadribol, fique com seus lobisomens, guarde o retorno de Voldemort. Esse é o momento que alguns fãs tanto queriam ver nas telas: Potter chega à puberdade, e ela é bagunçada. O romance Rony/Hermione esquenta com o ciúme dele sobre o acompanhante dela, e enquanto os jovens ainda não estão prontos pro drama (Grint pelo menos subestima enquanto Watson recorre à emotividade) o ar cheio de estranheza e terror leve prega a experiência disco da escola.
4 – A batalha no Ministério
(Harry Potter e a Ordem da Fênix, 2007)
Por mais tocante que seja quando os jovens se unem contra Voldemort, essa seqüência climática é sobre os adultos. Helena Bonham Carter fica completamente maluca como Belatrix pela primeira vez, enquanto Jason Isaacs arrepia como o novamente cheio de poder Lúcio. Mas como a maioria sabe, é o SirIus de Gary Oldman que rouba a cena. Sua morte eleva os riscos para o resto da série, enquanto a rápida possessão de Harry por Voldemort evoca um real terror.
3 – Lutando contra o Basilisco
(Harry Potter e a Câmara Secreta, 2002)
Provavelmente a parte de ação mais memorável dos oferecimentos de Columbus, a batalha de Harry com uma serpente mística nas entranhas de Hogwarts é um ato final de ação no seu próprio direito. Mas o que faz ela se destacar é o maior, mais obscuro significado que tem depois. Harry usa a presa do basilisco morto para destruir um diário pertencente a Tom Riddle (jovem Lord Voldemort), um momento que acaba sendo chave para sua eventual destruição no último filme.
2 – Dementadores no trem
(Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, 2004)
Uma das criações mais inspiradas de J.K. Rowling, os dementadores são figuras que roubam a alma cuja aproximação é sentida por uma queda na temperatura e no humor. Quando um grupo de dementadores entra no Expresso de Hogwarts e um avança sobre Harry, é a primeira de muitas cenas em que o toque de não-há-segurança de Cuarón é sentido. Paralelos com os Nazgûl de “Senhor dos Anéis” a parte, isso faz dos dementadores uma das ameaças recorrentes da série.
1 – O ataque a Ponte Millenium
(Harry Potter e o Enigma do Príncipe, 2009)
Há uma qualidade intemporal na maioria da franquia Potter. O subúrbio monótono dos Dursley poderia estar qualquer período pós-década de 70, enquanto o mundo bruxo está tão ousadamente estabelecido que há poucas maneiras de catacterizá-lo em um período. Mas o sexto filme começa com uma excepcional série de eventos de ação, que pela primeira vez, acontecem na Bretanha contemporânea.
Uma filmagem sinistra de nuvens negras desce rapidamente para a cidade e pela Avenida Charing Cross.
Enquanto os pedestres se apressam pela Ponte Millenium, os cabos da ponte são rondados por tuneis de fumaça negra – os seguidores de Voldemort em sua assustadora forma gasosa. A ponte treme, gira e se quebra sobre o Tâmisa ao som da trilha de Nicholas Hooper. É um momento feito com CGI sem defeitos em que o mundo bruxo finalmente colide com a realidade.
Daniel Radcliffe fala sobre As Relíquias da Morte: Parte 2 e sua carreira além de Potter…
Trouxas estejam avisados: ALERTA DE SPOILER
Ganhamos outra fatia da torta com Relíquias da Morte: Parte 2. Não é o maior livro – por que ele foi dividido?
Nós nunca poderíamos ter adaptado o livro em um único filme. Se você me mostrar uma adaptação satisfatória do sétimo livro em um filme então podemos ter esse debate! Todos os livros a partir de Cálice de Fogo eram grandes, mas em todos eles você podia cortar bastante sem prejudicar a história principal. Em Relíquias da Morte não há nenhuma subtrama. É sempre a mesma história e é difícil perder uma página. Se nós o tivéssemos feito em um filme, teríamos de reconfigurar toda a história e ele simplesmente não seria mais uma adaptação do livro.
Você sentiu falta de Michael Gambon ao redor após a morte de Dumbledore no número seis?
Sim – essas cenas de nós dois [no Enigma do Príncipe] foram as mais divertidas. Nós gravamos todas elas num período de mais ou menos dois meses, logo no começo das filmagens. Trabalhávamos juntos quase todos os dias e era ótimo. Mas foi difícil pois há tanta informação para atravessar e essas cenas estão por todo o livro. Nós condensamos tudo isso em duas cenas muito bem. Mas Enigma do Príncipe não foi minha parte favorita apesar de tudo…
Por que?
Eu simplesmente odiei meu desempenho. O filme foi bom, mas é um imenso valor de exposição. Acho que esse é o mais bonito dos capítulos; Bruno Delbonnel, nosso cinegrafista, foi um absoluto gênio. Mas o número seis é basicamente sobre a montagem do número sete. Acho que Relíquias da Morte é bem mais emotivo do que Enigma do Príncipe foi, mas Enigma do Príncipe teve um trabalho parecido a fazer no fornecimento de toda a informação que você precisa. Então quando você é arremessado na loucura de Relíquias da Morte você pode curtir imediatamente, sem ter de parar para receber explicações. Eu simplesmente não estava muito feliz com o número seis em termos de minha própria performance.
Relíquias da Morte: Parte 2 vai transmitir mais no sentido de ação?
A Parte 2 é repleta de ação desde o início. Nós simplesmente entramos impetuosos nisso; deve ser muito emocionante. Relíquias da Morte é inteiro sobre o que está acontecendo dentro da cabeça de Harry. Ele teve a queda do Império Romano acontecendo dentro de sua cabeça. Suas amizades estão desmoronando; tudo está desmoronando. Ele se torna bem mais distante das pessoas a sua volta. Isso foi o mais interessante, eu acho, que ele foi como personagem.
De novo outro papel agradável pra você, como Arthur Kipps em The Woman in Black…
Eu tenho tendência a interpretar personagens bastante tristes. Não sei o porquê – sou muito feliz! Quando eu tinha 11 anos, Chris Columbus disse que pensava que eu tinha olhos tristes. Acho que esta é a ampla razão da minha tendência a interpretar personagens tristes, solitários. Arthur é sofrido, entorpecido e exausto e acho que é uma luta pra ele se levantar da cama pela manhã. Isso foi definitivamente uma coisa na qual eu me foquei – esse senso de exaustão e dormência – e isso é muito útil porque isso simplesmente te dá uma fisicalidade levemente diferente.
E você está em um musical da Broadway, How To Succeed In Business Without Really Trying. Você sente que precisa correr alguns riscos agora que Potter acabou?
Absolutamente. Tenho muito orgulho de Harry Potter, mas agora eu tenho de correr alguns riscos pra provar às pessoas que sou sério quanto a isso. Eu não considero The Woman in Black particularmente como um risco, mas Equus certamente foi e How To Succeed In Business Without Really Trying pode ser visto como um pequeno risco porque é algo que eu nunca fiz antes. Acho que é dessa maneira que você prova às pessoas que está preparado para etapas levemente mais extremas do que a maioria dos atores deveria normalmente estar.
Você gosta de se manter ridiculamente ocupado?
Sim! Esse é o tempo na minha vida em que eu tenho a energia e o desejo de estar ocupado, então eu estou aproveitando enquanto posso. Fico entediado muito rapidamente quando não estou fazendo nada e sou muito feliz no trabalho, então não sei por que deveria parar!
Trouxas estejam avisados: ALERTA DE SPOILER
FADE IN.
INT. HOGWARTS – ANO 1
DANIEL RADCLIFFE encontra seu ELENCO COADJUVANTE.
DANIEL RADCLIFFE
Vou ser um bruxo!
Vivem através de mim
crianças cujas imaginações
estão neste momento sendo pisoteadas.RUPERT GRINT
Eu sou um banana desagradável. Sempre
tenho a aparência de que estou com
o traseiro pegando fogo!EMMA WATSON
Eu sou esnobe, mas a série precisa
de uma garota, então vai se acostumando comigo!
Um professor tenta matar DANIEL.
DANIEL RADCLIFFE
Uau, eu pensei que Alan Rickman
fosse o vilão! Nunca julguem
um livro pela capa, crianças.
Subitamente DANIEL é resgatado por um FEITIÇO que sua MÃE MORTA lança.
INT. HOGWARTS – ANO 2
Cenas intermináveis de crianças aprendendo, mas NÃO É ENTEDIANTE porque AS ESCADAS MUDAM DE LUGAR.
EMMA WATSON
Um dos co-fundadores
de Hogwarts criou um
monstro que come crianças.DANIEL RADCLIFFE
E porque diabos nomearam uma
das quatro casas de Hogwarts
depois desse sacana?
CHRISTIAN COULSON tenta liberar o MONSTRO para matar DANIEL, mas ele é salvo por uma FÊNIX MÁGICA.
INT. HOGWARTS – ANO 3
DANIEL RADCLIFFE
Gary Oldman escapou da
prisão e quer me matar.
(pausa) Não, espere, acabou
que o rato de estimação do Rupert
quer me matar. Espera aí, como é?
DANIEL é salvo pelo DANIEL RADCLIFFE DO FUTURO.
EMMA WATSON
Ainda bem que eu tinha um “vira-tempo”
para assistir duas aulas ao mesmo tempo.DANIEL RADCLIFFE
O quê? Eu quase foi assassinado
e VOCÊ consegue uma máquina do tempo pra
poder beijar o dobro de bundas?
Eles usam a máquina para salvar um HIPOGRIFO, mas não os PAIS MORTOS DE DANIEL.
INT. HOGWRATS – ANO 4
DANIEL é forçado a entrar em um TORNEIO BRUXO.
DANIEL
Isso é uma droga, eu não vou participar.MICHAEL GAMBON
Por algum motivo você não pode desistir.
Como sempre, tente não morrer.
TODOS ajudam DANIEL A TRAPACEAR e QUASE VENCER, até que ele é atacado por RALPH FIENNES.
RALPH FIENNES
Eu posso sentir o cheiro do seu medo, Daniel!
Sem piadas relacionadas ao meu nariz!
Subitamente DANIEL é resgatado PELOS FANTASMAS DE SEUS PAIS.
INT. HOGWARTS – ANO 5
DANIEL é atacado por TODOS OS ATORES BRITÂNICOS QUE RESTARAM CONHECIDOS PELOS AMERICANOS.
DANIEL RADCLIFFE
Tudo bem, se tem uma coisa
que eu sei sobre esses filmes é
que algo vai me salvar.
GARY OLDMAN salva DANIEL.
DANIEL RADCLIFFE
Viram?
GARY morre. RALPH aparece.
DANIEL RADCLIFFE
Droga!
MICHAEL salva DANIEL.
DANIEL RADCLIFFE
Viram?
INT. HOGWARTS – ANO 6
EMMA se apaixona por RUPERT, que está namorando JESSIE CAVE, mas então ele se desapaixona dela e se apaixona por EMMA. DANIEL se desapaixona de KATIE LEUNG e se apaixona por BONNIE WRIGHT, que se desapaixona de ALFIE ENOCH e se apaixona por DANIEL. Eles BEIJAM!
ALAN RICKMAN
(mata Michael Gambon)
Eu era ruim, no fim das contas.
INT. NÃO DE HOGWARTS – ANO 7
HELENA BONHAM CARTER
Eu não estou num filme de Tim Burton!
Subitamente DANIEL é salvo por um FETO DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA chamado DOBBY. DOBBY morre.
DANIEL RADCLIFFE
Certo, vamos matar RALPH FIENNES.RUPERT GRINT
No próximo filme.
O tempo desse acabou.EMMA WATSON
Na verdade eu acho
que esse filme todo é
composto apenas por
cenas deletadas do próximo.
CONTINUA…