O Enigma do Príncipe

[Atualizado] RH: “Amei interpretar Fudge, mas foi “apagado” de EdP!”

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Em entrevista ao The Daily Mail, o ator que interpreta o Ministro da Magia Cornélio Fudge nos filmes de Harry Potter, afirmou que não aparecerá no sexto filme da série. Robert fala sobre como foi trabalhar ao lado de Robbie Coltrane, Michael Gambon e Maggie Smith.

“Amei interpretar Cornélio Fudge, Ministro da Magia, mas meu personagem agora foi ‘apagado’! Sabia que iria acontecer, porque é uma parte boa no livro, mas não tinha como encaixar tudo em um só filme.(…) Todos os produtores me ligaram, separadamente, no mesmo dia, me dando a notícia – então fui contado três vezes. Eles disseram: ‘Desculpe-nos, teremos que reduzir o filme pela metade’, então foi o fim da história. Fiquei triste, por causa das pessoas maravilhosas com que eu trabalhei, como Robbie Coltrane, Michael Gambon e Maggie Smith, uma velha amiga. Foi um tanto divertido filmar, e tinha tanta gargalhada nos estúdios que era difícil aparecer com uma cara séria momentos antes de gritar: ‘Ação!’.”

Robert Hardy participou de todos os filmes Potter lançados até agora, com exceção da Pedra Filosofal.

A entrevista completa está sendo traduzida pela nossa equipe e logo será disponibilizada, portanto, fiquem atentos no Ish!

Atualizado: A tradução já está disponível e você pode conferir a tradução completa da entrevista na extensão!

ROBERT HARDY
Entrevista com Robert Hardy

The Daily Mail
13 de Fevereiro de 2009
Tradução: Isadora T. Moraes

“Se eu apenas tivesse conhecido a mulher certa…” diz a estrela do novo drama de Margaret Thatcher, Robert Hardy

Ele teve uma carreira grandiosa e adora seus três filhos, mas a estrela de Harry Potter apenas deseja poder ter tido mais sorte no amor.

O ator Robert Hardy, de 83 anos, estrelou como o veterinário Siegfried Farnon em All Creatures Great And Small, de 1978 a 1990. Ele é famoso por retratar Winston Churchill e, mais recentemente, Cornélio Fudge nos filmes de Harry Potter. Divorciado e com três filhos já adultos, ele mora sozinho em Cotswolds.

Você aparecerá no novo drama da BBC, Margaret, sobre Margaret Thatcher. Você chegou a conhecer a antiga primeira-ministra?

Na verdade, eu almocei com Margaret Thatcher, mas não foi na melhor das circunstâncias. Nós dois fomos convidados de um famoso pintor de retratos, que ocasionalmente reúne todas as pessoas que ele pinta para um almoço formal. Quando me sentei na enorme mesa, percebi que estava perto dela, mas na época seu marido, Denis, tinha morrido recentemente – acho que era a primeira ocasião em que ela saía sozinha, e estava tão angustiada.

Não importa sobre o que conversássemos, o assunto continuava voltando para ele, e eu me lembro de ela ter dito “Estou tão sozinha,” o que foi de partir o coração.

Ela estava vestida de maneira graciosa e seu cabelo estava impecável, mas era como se o gás tivesse escapado do balão. No fim, eu respirei fundo e disse, “O que devemos fazer sobre a Europa?”

Do nada, seus olhos brilharam e ela começou a me contar, da maneira mais resoluta, o que deveríamos fazer.

Por alguns momentos, ela foi de uma viúva pesarosa para um membro do Parlamento com opinião e força. Tenho me sentido triste desde aquele encontro. É difícil ver alguém sofrendo, particularmente alguém que era tão poderoso e cheio de energia em seu governo. Mas desde então, ela tem se recuperado notavelmente e está voltando ao normal.

Já vi esse tipo de pesar várias vezes, quando uma perda é recente. O tempo cura, sim, e as pessoas, lentamente, voltam a ser elas mesmas.

Você interpreta Willie Whitelaw, deputado líder do governo de Thatcher. O que fez você querer o papel?

Quando soube pela primeira vez que a BBC estava fazendo um drama sobre Margaret Thatcher e os homens à sua volta, não mordi a isca. Mas é sempre o roteiro que me convence – este era tão maduro, sensível e bom, e foi por isso que aceitei.

Quando apareci para a primeira leitura do roteiro com John Sessions, que interpreta Geoffrey Howe e que ocupava várias posições sênior no gabinete, eu urrei de tanto rir por pelo menos dez minutos, porque ele se lançou sem nenhum esforço na voz de Howe, e era extremamente convincente. Na verdade, ficamos todos com dores abdominais, de tanto rir.

Você já foi casado duas vezes – já considerou que a terceira vez é a da sorte?

Não há motivo para eu me casar novamente – não quero envolver mais ninguém nisso. Agora, sou apenas uma ovelha, comparado com quem eu era antes. Minha segunda esposa, Sally (a filha da atriz Gladys Cooper, dos anos 20), e eu nos separamos na metade dos anos 80 – ela já tinha me aguentado o suficiente – mas foi perfeitamente amigável, e nos divorciamos nas nossas Bodas de Prata, o que achei muito civilizado.

Eu deixei a minha primeira esposa, Elizabeth – que era uma governanta – quando nosso filho, Paul, era apenas um bebê, logo após conhecer Sally e me apaixonar loucamente por ela. Sally e eu tivemos duas filhas – Emma, que é mãe de três e uma fotógrafa, e Justine, uma escritora e correspondente estrangeira.

Estou imensamente orgulhoso de todos os meus filhos, mas no todo, embora eu tenha passado a maior parte da minha vida adulta casado, não acho que fiz isso tão bem assim. Talvez eu nunca tenha achado a pessoa certa.

Há casais que se apaixonam e permanecem dedicados a vida inteira. O verdadeiro Siegfried Farnon, cujo personagem eu interpretei em All Creatures Great And Small, era dessa maneira com sua esposa. Aos 80 anos, eles ainda estavam totalmente apaixonados. Ele morreu uma semana depois dela.

Você ainda é reconhecido como Siegfried?

Muitas pessoas no mundo todo ainda assistem a reprises de All Creatures, o que é bom. No momento, tenho recebido uma grande quantidade de emails de fãs da Alemanha, o que obviamente significa que está sendo reprisado lá.

Você ainda trabalha bastante?

Eu fiz três filmes entre abril e o fim de julho no ano passado, e foram trabalhos bem difíceis. Os dois últimos envolviam papéis menores, que não eram tão fisicamente exigentes, mas você tinha que estar mentalmente apto o tempo todo. Mas eu ainda gosto de trabalhar, e ainda tenho bastante energia.

Quanto mais aniversários passam, mas eu fico seletivo sobre o que faço. Recentemente, me ofereceram um trabalho na Nova Zelândia, mas eles disseram “Desculpa, mas o orçamento permite apenas passagens de avião na classe econômica” então eu recusei. No passado, eu possivelmente teria ido e teria tido uma viagem terrível. É essa a diferença que a idade e o passado trazem debilmente.

Agora, toda vez que faço alguma coisa, tenho que desviar da barreira médica. Os médicos geralmente dizem, “Meu bom Deus, essa é sua idade?” então eles informam aos seguradores, que imediatamente gritam, “Socorro!”

Os seguradores dos filmes de Harry Potter fizeram meu seguro por uma quantidade massiva de dinheiro e estavam extremamente relutantes quanto a isso. Eu quase podia ouvi-los dizer “Ele vale a pena? Ele já quebrou vários de seus ossos, já teve câncer e é possível que caia morto a qualquer momento!”

Você mencionou Harry Potter…

Eu adorei meu período como Cornélio Fudge, Ministro da Magia, mas meu personagem foi retirado! Eu sabia que isso aconteceria, porque ele é uma parte importante no livro, mas não havia como eles colocaram tudo em apenas um filme.

Os três produtores me ligaram separadamente, no mesmo dia, para darem a notícia – então ouvi a mesma coisa três vezes. Eles disseram, “Sentimos muito, teremos que dividir o livro na metade,” então foi o fim. Eu fiquei bem triste, por causa das pessoas divertidas e maravilhosas com quem eu trabalhei, como Robbie Coltrane, Michael Gambon e Maggie Smith, que é uma velha amiga. As filmagens eram tão divertidas e havia tantas risadas no set que era difícil demonstrar seriedade antes de gritarem “Ação!”

Trabalhar com crianças o fez se lembrar de seus dias de escola?

Eu era o mais novo de cinco filhos, e fui mandado para um colégio interno quando tinha oito anos. Quando implorei para ir embora por estar tão completamente miserável, meu pai se recusou, dizendo que eu tinha que ser testado. Foi uma experiência muito destrutiva, e olho para trás com bastante repulsa.

Quanto à educação dos meus próprios filhos, eu era bem cuidadoso. Quando uma de minhas filhas estava infeliz com a escola, eu não hesitava – eu a tirava na hora. Não queria que ela passasse pelo mesmo trauma que eu.

Margaret irá ao ar na BBC2 no fim de fevereiro.