Pottermore entrevista a Legilimente Alison Sudol
Por Juliana TorresMais uma novidade de “Animais Fantásticos e Onde Habitam” para os fãs.
O Pottermore divulgou na 5a feira uma entrevista com a atriz Alison Sudol, que interpreta a Legilimente Queenie Goldstein no filme. Na conversa, a atriz falou sobre como foi conseguir o maior papel da sua carreira e sobre a expectativa de se relacionar com os fãs da saga.
“Estou animada para me conectar com a base de fãs de Harry Potter. Acho que as pessoas que são receptivas com o mundo mágico de J.K. Rowling também são receptivas com compaixão e otimismo. Elas querem o bem”.
A entrevista completa foi traduzida pela nossa equipe e você pode conferir na extensão da notícia.
Dirigido por David Yates e produzido por David Heyman, “Animais Fantástiscos e Onde Habitam marca a estréia de J.K. Rowling como roteirista e estréia nos cinemas brasileiros em 17 de novembro de 2016.
Entrevista de Animais Fantásticos: a brilhante Legilimente Alison Sudol
Pottermore – 20 de outubro de 2016
Traduzido por Juliana Torres
Revisado por Aline Michel
Alison Sudol interpreta Queenie Goldstein em Animais Fantásticos. Diretamente do set, ela contou ao Correspondente Pottermore sobre como conseguiu o papel e sobre como se sente como uma irmã mais velha para os fãs de Harry Potter do mundo todo.
“Corta!”, a cena, que envolvia muitos bruxos e bruxas de Nova Iorque, termina e Alison Sudol sai de quadro diretamente na minha direção. Ela estava com figurino: uma faixa cintilante de tecido que parecia pêssego ou rosa, dependendo da iluminação, e uma peruca com cachos de querubim. Sentamo-nos em cadeiras frágeis na tenda de maquiagem e Alison começou a contar como se tornou Queenie Goldstein, que é uma bruxa e uma Legilimente que mora com a sua irmã na Nova Iorque de 1926.
“Eu entrei nisso tão profundamente apaixonada por Queenie como personagem e querendo fazer parte disso…” – ela gesticulou ao redor da sala com um sorriso incrédulo – “com cada centímetro de mim”.
Alison fez o teste para o papel de Queenie em Nova Iorque ao lado de Eddie Redmayne, Katherine Waterston e Dan Fogler, antes de voar para o Reino Unido para os testes de imagem. Enquanto David Yates reunia seu elenco perfeito, ela esperava notícias sobre o maior papel da sua carreira.
Alison foi uma cantora por muitos anos e lançou três álbuns como A Fine Frenzy. Ela se apresentou no The Tonight Show, How I Met Your Mother, House e So You Think You Can Dance, interpretou Kaya no programa de TV de sucesso Transparent e esteve em um episódio de CSI: NY. Mas nada como isso. Nada se compara a isso.
“Isso tudo é novo para mim”, ela disse, jogando para o lado um cacho rebelde. “Eu sou uma atriz mais nova que qualquer um e havia muita pressão. Mas tive esse estranho sentimento durante os testes de que havia uma força enorme por trás de mim; eu poderia ser esmagada por ela e me partir de tanto que eu queria isso e de quão grande isso era ou me colocar acima dela e deixar que me empurrasse para cima”.
“Eu apenas tentei ficar fora do caminho e trazer alegria e verdade para o momento e ver o que acontecia. Depois dos meus testes, fiquei um tempo sem notícias. E fiquei com a cara enfiada na cama muitas vezes. Ficava chorando na ioga e várias outras coisas embaraçosas, porque eu estava muito preocupada com isso”.
Quando Alison conseguiu o papel, ela tinha que se tornar Queenie e isso significava gastar muito tempo com cabelo, maquiagem e figurino, transformando a cantora moderna em um mulherão de 1920 com habilidades mágicas. Foi uma personagem que ela construiu com o seu coração, as dicas no roteiro de J.K. Rowling e as percepções estéticas que lhe foram dadas. Esse processo fez com que ela se tornasse essa personagem fascinantemente complexa, alguém que Alison claramente se orgulha de interpretar.
“Acho que foi a compaixão que uniu Queenie e eu, e tive que trabalhar na arquitetura a partir daí”, ela disse. “Foi uma escolha linda por parte de J.K. Rowling, dar à Queenie tanta profundidade, de forma que você não possa simplesmente defini-la como uma coisa. Com papeis femininos é fácil falar, ‘ela é isso ou ela é aquilo’. Pode ser algo unidimensional, como se fosse um lema por mulher. Mas com Queenie, ela é divertida e aventureira e arteira e livre, mas ela também é incrivelmente sentimental, profunda e calma”.
“Na maioria das vezes quando você tem uma mulher que é considerada” – Alison fica momentaneamente envergonhada, talvez não esteja acostumada a pensar em si mesma como sendo linda – “um mulherão ou algo do tipo, ela é realmente autoconsciente. Mas Queenie está ocupada demais prestando atenção nos outros para ficar focada em si mesma, o que eu amo”.
Do jeito que Alison fala, interpretar uma mulher como Queenie foi um grande afastamento de sua atitude usual no trabalho.
“Venho do mundo da música, onde se está constantemente cercado por homens e você se sente como se estivesse em situações realmente íntimas o tempo todo trabalhando com os caras”, ela disse. “Descobri que a música é um lugar muito não feminino para se estar, então abraçar esse nível de feminilidade tem sido um desafio bem interessante para mim. Era muito difícil pensar ‘ok, eu posso ser delicada e feminina e forte e cuidar de mim mesma e não me diminuir’. Gostei bastante disso, me diverti usando salto e vestido todos os dias e usando esses cachos adoráveis e esses tecidos suaves”.
E isso tudo antes de falarmos do fandom. Quando conversamos, Alison ainda estava no meio das gravações de Animais Fantásticos. Ela ainda não esteve em uma première. Ela não participou de uma Comic-Con. Ela pode apenas imaginar, nesse momento, como será quando o filme for lançado em novembro. Como será ser parte dessa ótima, grande e divertida franquia. Mas ela está ansiosa para descobrir.
“Estou animada para me conectar com a base de fãs de Harry Potter. Acho que as pessoas que são receptivas com o mundo mágico de J.K. Rowling também são receptivas com compaixão e otimismo. Elas querem o bem”.
“E estou animada para me conectar com jovens mulheres em especial porque sinto como se fosse uma irmã mais velha para o grupo [de fãs] mais novos de Harry Potter. Todos nós crescemos nisso juntos. Sou um pouco mais velha do que os personagens eram e quero apenas conversar com as pessoas sobre como é se sentir diferente – se sentir como um excluído, crescer sofrendo para encontrar um lugar no mundo e me tornar uma mulher. Não faço isso pela fama. A fama é efêmera. Faço isso para me relacionar com as pessoas”.