Potterish

Parabéns aos nossos dois maiores heróis!

Parabéns aos nossos dois maiores heróis!Parabéns aos nossos dois maiores heróis!
O dia 31 de julho tem um significado todo especial para os fãs da série. Muitos inclusive se reunem para celebrar o aniversário de duas pessoas que tiveram importância crucial nos últimos dez anos de suas vidas; JK Rowling, agora com 43, e Harry Potter, de 28 anos.
Poucos ídolos passaram por nossas vidas e permaneceram por tanto tempo. Durante a infância, diversos personagens de histórias em quadrinhos ou desenhos animados tiveram papel importante em nosso crescimento, mas sobre a formação da personalidade, talvez nenhum tenha sido mais fundamental do que Harry Potter.

JK Rowling nos representa alguém que não apenas superou todas as dificuldades que a vida lhe impôs, mas também alguém que não esqueceu o passado e tenta diminuir o sofrimento de outras pessoas. Jo nos mostrou a importância de ser solidário e deu exemplos notáveis de uma forma que nem os nossos pais conseguiram.

Em uma pequena homenagem à autora, a nossa equipe escreveu um texto sobre ser fã ao longo desses anos, como somos vistos por outras pessoas e a admiração que temos por Rowling. Esperamos que alguns de vocês se identifiquem.

Se você quer saber mais sobre a autora, clique aqui para visitar a nossa página dedicada exclusivamente a ela, e aqui para ver suas fotos em nossa galeria.

Desejamos uma vida repleta de felicidades a você, Jo, e é claro, ao eterno Menino Que Sobreviveu!

JK ROWLING E HARRY POTTER
Os heróis dos fãs de Harry Potter

31 de julho de 2008
Potterish.com

De certo ponto de vista, somos todos muito parecidos. Afinal, foram mais de dez anos tendo um gosto em comum e dividindo experiências: os livros escondidos dentro do caderno durante a aula, os micos no shopping usando roupas enormes, a falta de paciência esperando pelo próximo volume, a indignação ao sair do cinema e as inúmeras discussões de teorias.

Gostamos de Harry Potter, e isso vem nos definindo há tanto tempo que, certas vezes, temos problemas em lembrar o que fazíamos antes, com o que ocupávamos nosso tempo. Os inúmeros registros em fóruns, a espera constante pela próxima notícia, a felicidade boba em encontrar o nome de alguém do elenco ou da autora em uma revista, um jornal… somos muito fáceis de identificar, somos nossa própria caricatura.

Foi assim que crescemos – independentemente da idade com a qual começamos a ler, ou da forma que acabamos por conhecer o livro, temos milhares de coisas em comum, afinal, mesmo sem nos conhecer, dividimos a mesma paixão há mais de dez anos. É impossível não nos ver nos rostos uns dos outros.

Depois de todo esse tempo, algumas pessoas acham que nós deveríamos ter parado de ler esses livros quando atingimos a puberdade. Porque, no fim das contas, todos nós crescemos. Alguns de nós já trabalham, já carregam crianças no colo (e já lêem os livros em voz alta toda noite, mesmo o bebê estando muito mais interessado em comer os próprios dedos ou algo do gênero). E, mesmo as pessoas mais novas, que ainda não receberam um preconceito mais forte, já ouviram, pelo menos uma vez, a pergunta:

“Você ainda gosta de Harry Potter?” – dito de uma forma lenta e cheia de maldade, como se a pessoa não fosse capaz de compreender que gostar de um livro que você leu durante, praticamente, um terço da sua vida (ou mais) não faz de você uma espécie de retardado social.

Sim, gostamos de Harry Potter. Gostamos de ver os filmes, mesmo quando são hediondos, queremos estar lá para ofender o nosso filme, feito para nós. Gostamos de esperar os livros, de ler sobre o assunto, de conhecer pessoas que também gostam, isso não nos torna nem um pouco incapacitados. Na verdade, a chance do nosso vocabulário ser melhor que o deles é até maior, certo?

Mesmo com os nossos personagens preferidos diferentes, a nossa capacidade de defender a obra com unhas e dentes não vem apenas de nosso amor pela história e pelos personagens. Todos nos identificamos com uma constante inabalável: J.K. Rowling.

E, dessa vez, não precisamos enumerar motivos por que já estamos cansados de saber. Ainda assim, haverá pessoas que te dirão, entre risos, que gostar da J.K. é uma bobagem, que não faz sentido, afinal, ela é só a autora dos livros e nada mais. Não é sua mãe, não é Deus e nem sabe que você existe. Para elas, é preciso explicar – lenta e detalhadamente, pois elas podem não entender de primeira – o significado da palavra admiração.

Admiração consiste em tomar como exemplo, ou pelo menos, ovacionar as atitudes de um individuo. Para aqueles que admiram alguém, admiram de verdade, não existe um conceito de exagero. Por que não deveríamos admirar uma mulher que venceu todo tipo de problema na vida? Admirar uma pessoa, qualquer pessoa – mesmo ela não tendo escrito um best-seller do qual eu sou fã – que, um dia, se viu divorciada, desempregada, com um bebê para cuidar, num apartamento em péssimas condições, sofrendo de depressão e, não se sabe de onde, tirou forças para lutar e concluir um projeto grandiosamente trabalhoso, faria de nós pessoas tolas?

Como podemos não admirar alguém que hoje consegue falar, com toda a modéstia do mundo, sobre ter superado, um por um, cada um de seus obstáculos e sem, em momento algum, negar seus fracassos e derrotas? Uma pessoa que, mesmo sendo mais rica que a maioria da população, ainda ajuda instituições de caridade – não por puro marketing pessoal, mas por conhecer de perto os problemas pelos quais as pessoas a que ajuda estão passando.

A tia Jo não apenas superou suas dificuldades, como mostrou aos seus leitores os caminhos para isso. Através do personagem Harry Potter, que ao longo dos sete livros passou pelos mais diversos problemas e sentimentos, Jo mostrou a muitos jovens, cuja personalidade ainda estava em formação, o caminho certo a se seguir. Como lidar com as dificuldades. A ter perseverança e força para continuar, mesmo diante das situações mais desesperadoras, assim como ela e o Harry tiveram.

E foi graças à sua capacidade, sua força de vontade, sua determinação e ao fato de se manter sempre no chão, que ela é quem é agora. A pessoa que criou Harry Potter, o menino magricela de óculos de quem todos no mundo inteiro, assim como no livro, sabem o nome. Justamente aquela que sempre terá, pela forma como definiu quem somos hoje, um enorme espaço em nossos corações – e nos de nossos filhos, quando chegar a hora de levá-los aos sonhos pelos quais passamos.

Feliz Aniversário, Jo e Harry!