Os momentos mais assustadores de Harry Potter
Por Thais SouzaEmbora seja considerada uma série infanto-juvenil, Harry Potter é uma história cheia de momentos obscuros e assustadores. Além de Voldemort e seus Comensais da Morte, o Mundo Bruxo de J.K. Rowling também possui criaturas nefastas. Por isso, neste Dia das Bruxas, listamos alguns dos momentos mais assustadores dos livros da série. Para conferi-los, acesse a extensão deste post.
“Harry poderia ter gritado, mas não conseguiu produzir nem um som. Onde deveria estar a parte de trás da cabeça de Quirrell, havia um rosto, o rosto mais horrível que Harry já vira. Era branco-giz com intensos olhos vermelhos e fendas no lugar das narinas, como uma cobra.” – Harry Potter e a Pedra Filosofal
“Parado à porta, havia um vulto de capa que alcançava o teto. Seu rosto estava completamente oculto por um capuz. […] Havia uma mão saindo da capa e ela brilhava, um brilho cinzento, de aparência viscosa e coberta de feridas, como uma coisa morta que se decompusera na água… […] E então a coisa encapuzada, fosse o que fosse, inspirou longa e lentamente, uma inspiração ruidosa. […] Um frio intenso atingiu todos os presentes. Harry sentiu a própria respiração entalar no peito. O frio penetrou mais fundo em sua pele. Chegou ao fundo do peito, ao seu próprio coração… Os olhos de Harry giraram nas órbitas. Ele não conseguiu ver mais nada. Estava se afogando no frio. […] Então, vindos de muito longe, ouviu gritos, terríveis, apavorados, suplicantes.” – Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
“De repente, as faíscas que subiam do caldeirão se extinguiram. Uma nuvem de vapor branco se ergueu, repolhuda e densa, tampando tudo que havia na frente de Harry. Melou, pensou… se afogou… tomara… tomara que tenha morrido… Mas, através da névoa à sua frente, ele viu, com um assomo gelado de terror, a silhueta escura deum homem, alto e esquelético, emergindo do caldeirão.
– Vista-me – disse a voz aguda e fria por trás do vapor, e Rabicho, soluçando e gemendo, correu a apanhar as vestes negras no chão.
[…] O homem magro saiu do caldeirão, com o olhar fixo em Harry… e o garoto mirou aquele rosto que assombrava seus pesadelos havia três anos. Mais branco do que um crânio, com olhos grandes e vermelhos, um nariz chato como o das cobras e fendas no lugar das narinas… Lorde Voldemort acabara de ressurgir.” – Harry Potter e o Cálice de Fogo
“Harry encostou a ponta da pena no pergaminho e escreveu: Não devo contar mentiras. E soltou uma exclamação de dor. As palavras apareceram no pergaminho em tinta brilhante e vermelha. Ao mesmo tempo, elas se replicaram nas costas de sua mão direita, gravadas na pele como se tivessem sido riscadas por um bisturi. […] Ele tornou a voltar sua atenção para o pergaminho, tocou-o com a pena, escreveu Não devo contar mentiras, e sentiu a ardência nas costas da mão pela segunda vez; e de novo as palavras cortaram sua pele; e, de novo, sararam segundos depois.” – {Harry Potter e a Ordem da Fênix}
“Então a cicatriz de Harry estourou e ele sentiu que estava morto: era uma dor que superava a imaginação, uma dor que superava a capacidade de sofrer… Ele foi levado do saguão, preso nas espirais de uma criatura de olhos vermelhos tão apertadas que ele não sabia onde terminava o seu corpo e começava o da criatura: estavam fundidos, unidos pela dor e não havia saída… E quando a criatura falou, usou a boca de Harry:
– Me mate agora, Dumbledore…
Cego e moribundo, cada parte do seu corpo gritando por alívio, Harry sentiu a criatura usando-o mais uma vez…
– Se a morte não é nada, Dumbledore, mate o garoto…
Faça a dor passar, pensou Harry… faça ele nos matar… acabe com isso, Dumbledore… a morte não é nada em comparação…” – {Harry Potter e a Ordem da Fênix}
“Uma mão branca e escorregadia agarrara seu pulso. A superfície não era mais um espelho; revolvia-se, e para todo lado que Harry olhava, cabeças e mãos brancas emergiam da água escura, homens, mulheres e crianças, com olhos encovados e cegos, moviam-se em direção à rocha: um exército de mortos ressurgindo do lago negro.
– Petrificus Totalus! – berrou Harry. […] O morto-vivo soltou-o e tornou a cair espalhando água. Harry se levantou, mas outros tantos Inferi já estavam subindo na rocha, cravando suas mãos ossudas na superfície escorregadia, seus olhos cegos e esbranquiçados fixos nele, seus trapos encharcados arrastando pelo chão, os rostos encovados rindo debochadamente.” – Harry Potter e o Enigma do Príncipe
“Desta vez, ninguém riu: não havia como deixar de perceber a raiva e o desprezo na voz de Voldemort. Pela terceira vez, Caridade Burbage encarou Snape. Lágrimas escorriam dos seus olhos para os cabelos. Snape retribuiu seu olhar, totalmente impassível, enquanto ela ia girando o rosto para longe dele.
– Avada Kedavra.
O lampejo de luz verde iluminou todos os cantos da sala. Caridade caiu estrondosamente sobre a mesa, que tremeu e estalou. Vários Comensais pularam para trás ainda sentados. Draco caiu da cadeira para o chão.
– Jantar, Nagini – disse Voldemort com suavidade, e a grande cobra deslizou sinuosamente dos ombros dele para a lustrosa mesa de madeira.” – Harry Potter e as Relíquias da Morte
“Hermione recomeçava a gritar: o som atravessava Harry como uma dor física. Sem tomar consciência do forte formigamento de sua cicatriz, ele também começou a correr à volta do porão, apalpando as paredes sem saber para quê, convencido, em seu íntimo, de que era inútil.
– Que mais você tirou? Que mais? RESPONDA! CRUCIO!
Os berros de Hermione ecoavam pela sala de visitas.” – Harry Potter e as Relíquias da Morte