A Pedra Filosofal ︎◆ J. K. Rowling ︎◆ Livros

Manuscrito original de Pedra Filosofal exposto na Biblioteca Britânica

O manuscrito original do primeiro romance de J.K. Rowling encontra-se exposto na Biblioteca Britânica. O exemplar pode ser visto até o dia 25 de setembro através da exposição Writing Britain Wastelands to Wonderlands, que transmite a influência das paisagens do Reino Unido sobre a literatura do país, seja ela através de cartas, poemas, manuscritos ou desenhos.

O original dividirá a cena com um manuscrito de “O Estranho Caso do Doutor Jekyll e Sr. Hyde” de Robert Louis Stevenson, um desenho feito pelo escritor J.R.R. Tolkien para “O Hobbit”, e uma cópia do poema “Sir Gawain e o Cavaleiro Verde”.

“Writing Britain celebra a incrível coleção de grandes trabalhos literários da Biblioteca Britânica, que começa há mais de mil anos atrás até o presente”, explicou Jamie Andrews, chefe de inglês da biblioteca. “Estes raros e únicos artigos – afirmou – apresentam uma nova e fascinante visão do pensamento criativo por trás de romances, poemas e ilustrações icônicas do Reino Unido”.

A exposição sobre literatura inglesa trás a passagem em que Harry pega o Expresso Hogwarts, na Plataforma 9³/4, em King’s Cross. Graças ao MuggleNet, temos em nossa galeria algumas fotos do manuscrito, e algumas informações relevantes e curiosas sobre os originais, como por exemplo, o nome original de Duda, o primo de Harry, e o da fiel coruja-das-neves Edwiges, assim como a data de embarque no Expresso de Hogwarts. No modo notícia completa, você pode ler, em português, o depoimento do fã que visitou a exposição, tirou as fotos e as enviou ao Mugglenet.

Conjunto Exposto 1 e 2 | Página 1 | Página 1.1 | 1.2 | 1.3 | 1.4 | Página 2

MANUSCRITO ORIGINAL DE PEDRA FILOSOFAL
Exposição Writing Britain na Biblioteca Britânica

Depoimento de Irvin K.
13 de maio de 2012
Tradução: Evandro Lira

Como um fã de Potter, ao ouvir que o manuscrito de Pedra Filosofal estava em exposição na Biblioteca Britânica (uma caminhada conveniente de dez minutos do meu dormitório), eu prontamente fiz o meu caminho até lá, a primeira coisa que fiz nesta tarde. O custo da exposição é de cinco libras, e estava bem vazia. A exposição chama-se “Escrevendo a Grã-Bretanha”, é sobre representações dos locais da Grã-Bretanha na literatura britânica, com Harry Potter representando King’s Cross, em Londres.

A exposição sobre Pedra Filosofal é composta por uma edição de bolso do livro “gentilmente cedido pela autora”, duas páginas escritas a mão, e uma sinopse falando sobre como Harry deixa Little Whinging e vai para King’s Cross. As duas páginas são ambas do capítulo “O embarque na plataforma nove e meia”.

A primeira página é a primeira página do capítulo, escrito em tinta azul-claro com muitos cruzamentos para fora, e alguns corações nos cantos. A segunda página é a tinta preta, a cena em que Harry observa os Weasley na estação. Está quase sem edições essa cena, é quase exatamente como está no livro. Mas havia algumas coisas interessantes para recolher da primeira página.

A primeira coisa a notar são nomes diferentes. Aparentemente, Dudley (Duda) foi originalmente chamado de “Didsbury”! Certamente não é um nome que eu possa imaginar, mas soa tão elegante. Talvez por isso a tia Petúnia ainda o chama de “Diddy” (Dudinha). Em vez de “Didsbury”, que ocorre duas vezes na mesma página, temos “Dudley”, um nome histórico inglês desde os tempos dos Tudor.

O mais interessante é que a fiel coruja de Harry, Hedwig (Edwiges) foi originalmente chamada de “Kallicrater”, se é que eu escrevi corretamente (acho díficil, pois tudo estava rabiscado). Não sei se esse é o primeiro nome que ocorrera a Jo, tanto é que mais tarde a coruja foi rebatiazada de “Hedwig” por Harry, inspirado em um dos seus livros de história.

A próxima passagem, tudo riscado, o hábito familiar em que refere-se a Harry fazendo um calendário e contando os dias até sua ida para Hogwarts. Isto faz uma reaparição nos próximos livros, mas foi excluído de Pedra Filosofal, se a memória não me falha.

Outra pequena mudança é que, neste projeto, aparentemente o ano letivo começa nove dias antes. Harry se aproximou de Válter na véspera de sua viagem no Expresso de Hogwarts, bem como a data é dada como “Agosto XXI”, o que signficaria que o embarque seria em 22 de agosto – e como todos sabemos, o embarque é sempre em 01 de setembro nos livros (que aparentemente é sempre num domingo – como mágica). O restante da página é como vemos no livro, apenas com algumas trocas ocasionais entre os pronomes e nomes.

Jo Rowling está muito bem acompanhada nessa exposição, porque também estão expostos autores maravilhos como Emily Bronte e Charles Dickens, clássicos como Robin Hood, o Ursinho Pooh, Sherlock Holmes, Sweeney Todd, Jekyll e Sr. Hyde, e até mesmo uma letra de músicas de John Lennon. Eu irei tirar mais fotos em breve. Havia uma abundância de autores e poetas que eu não estava familiarizado.

Mesmo pulando alguns dos autores que eu não tinha interesse – como Jane Austen, Charlotte Bronte, Neil Gaiman, Susan Cooper, J.R.R. Tolkien, Lewis Carroll, e Shakespeare – passei boas horas na exposição, e com certeza gostaria de recomendá-la a qualquer fã de Harry Potter que estiver em Londres.