“A Bruxa de Blair” é um clássico da sétima arte que, como bem pauta Marina Anderi, nossa webmistress, “realmente merece ser visto por qualquer geração”. Neste mês, sua continuação chegou às telonas de todo o mundo, mas talvez como um convite à história, a crítica de hoje, 29, é sobre o longa-metragem de 1999.
“Vê-lo hoje, contudo, acarreta em uma perda: à época do lançamento, seu marketing foi genial. Começaram a espalhar cartazes de “desaparecidos” por capitais dos Estados Unidos e os atores usaram seus próprios nomes nos personagens, além de não terem feito aparições públicas até três meses depois da estreia do filme. As pessoas achavam que o filme era uma história real.”
Se vocês assistirem a este filme e nos pedirem, Marina volta à Magia do Cinema para falar sobre o lançamento de 2016! Para ler a crítica na íntegra, acesse a extensão deste post.
Crítica cinematográfica por Marina Anderi
É necessário dizer que a crítica que vos escreve não costuma assistir filmes de terror. Não é preconceito pífio com o gênero, é medo mesmo. Mas “A Bruxa de Blair” é um clássico, então ela se aventurou.
Lançando em 1999, o filme segue um trio de estudantes de Cinema que decidem fazer um documentário sobre o mito de uma bruxa que vive em uma floresta às margens de uma pequena cidade. Sua narrativa é em found-footage, ou seja, filmagens encontradas, algo que impulsionou vários filmes de terror posteriormente, como “Atividade Paranormal”. Não é um recurso fácil de ser sustentado, mas, por se tratar justamente de gente filmando algo que é para ser mostrado depois, tudo soa orgânico.
Por consequência, a narrativa é restrita ao que os personagens principais sabem. Isso gera muito suspense e tensão durante todo o filme. Suspeita-se de tudo ao redor ao mesmo tempo em que não há certeza de nada. Não há nem jump scares (cenas para te assustar visivelmente), o que parece tornar tudo mais sombrio.
Vê-lo hoje, contudo, acarreta em uma perda: à época do lançamento, seu marketing foi genial. Começaram a espalhar cartazes de “desaparecidos” por capitais dos Estados Unidos e os atores usaram seus próprios nomes nos personagens, além de não terem feito aparições públicas até três meses depois da estreia do filme. As pessoas achavam que o filme era uma história real.
“A Bruxa de Blair” é excelente em aspectos técnicos e narrativos, sem deixar o ritmo desestabilizar em nenhum instante. É um clássico do final dos anos 90 que realmente merece ser visto por qualquer geração.
Direção e roteiro: Daniel Myrick e Eduardo Sánchez.
Duração: 81 minutos.
Estreia: 01 de outubro de 1999.
Marina Anderi é estudante de Cinema na Universidade Federal de Pernambuco e Webmistress do Potterish.