A Ordem da Fênix ︎◆ Filmes e peças

Heyman – A mão que conduz Harry

Em uma breve entrevista para o Newsweek o produtor dos filmes da série Harry Potter, David Heyman, comenta vários momentos passados nestes últimos dez anos comandando um dos maiores fenômenos do cinema atual e ainda como será o fim:

E sua própria vida, pós-Potter? “É uma combinação de tristeza e excitação, eu acho – para Jo e para todos nós”, afirma ele. “Esse mundo se tornou uma grande parte da vida de milhões e milhões de pessoas. Nós todos o amamos tanto, e eu acho que depois disso, haverá um pequeno buraco em nossas vidas por algum tempo”.

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DAVID HEYMAN
Newsweek
18 de junho de 2007
Tradução: Virág Venekey

A mão que conduz Harry
Sean Smith

Diferente de, digamos, “Piratas do Caribe”, os filmes de Harry Potter se tornaram melhores com o tempo. A pessoa que merece a maior parte do crédito (além da autora J.K. Rowling) é alguém que vocês provavelmente nunca ouviram falar. David Heyman comprou os direitos de filmagem da série “Potter” em 1997 e tem sido o principal produtor desde então, dirigindo a franquia que já arrecadou mais de 3,5 bilhões de dólares.

O quinto filme, “Harry Potter e a Ordem da Fênix”, estréia em 11 de julho. O sétimo e último livro, “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, chega em 21 de julho. “Eu adoro o fato de já estar fazendo isso ininterruptamente há 10 anos e ainda não sei como essa história termina”, falou Heyman, de 45 anos, para a NEWSWEEK. “Eu mal posso esperar!”.

Sete partes oferecem milhões de oportunidades de sair errado. Má escolha dos atores. Efeitos especiais fracos. Fama. Cobiça. Puberdade. Heyman conseguiu evitar até agora tudo isso. (Ok, não a puberdade.) “Queria poder dizer para vocês que foi tudo um magnífico plano”, diz ele. Um detalhe importante: uma promessa que ele tem mantido por uma década. Heyman foi o único apostador sério pelos direitos do livro de Rowling e, embora ele tivesse pouca influência na Warner Bros. na época, “Eu prometi a ela que protegeria o que ela criou,” conta ele. “Jo é uma mulher maravilhosa, mas ela não é boazinha”, diz o Diretor de Operações da Warner Bros., Alan Horn. “Ela é tenaz e está sempre ligada nas coisas. Se David Heyman não fosse uma pessoa de primeira linha, não teria mantido esse relacionamento com ela”.

Heyman ainda se maravilha com a mente de Rowling. Uma cena de “Fênix” mostra uma tapeçaria bordada com os ancestrais do padrinho de Harry, Sirius Black. O livro menciona alguns poucos nomes, mas a equipe de filmagem fez ela por completo. “Então eu mandei um e-mail para Jo e perguntei se ela poderia nos dar mais alguns nomes”, diz Heyman. “Cerca de quinze minutos depois nós recebemos uma árvore genealógica que volta em até seis gerações, com nomes, datas de nascimento, brasões de família e um lema. Estava tudo na cabeça dela”.

Contratar uma série de diretores surpreendentes – Alfonso Cuarón (“E tua mãe também”), Mike Newell (“Quatro Casamentos e um Funeral”) e David Yates (“Sex Traffic”) – tem dado aos filmes aprovação da crítica e os manteve renovados. “Há uma continuidade, é claro, mas nós temos encorajado cada diretor a fazer seu próprio filme”, afirma Heyman. Mas, o mais importante, ele ajudou na escolha do elenco e guiou as três estrelas mirins, Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson. Agora jovens adultos, todos eles assinaram o contrato para fazer os dois últimos filmes – e nenhum deles se envolveu em algum escândalo.

Sobre quantas estrelas mirins americanas vocês podem dizer isso? Heyman dá os créditos aos próprios pais das crianças, mas ele tem sido cuidadoso em manter a atmosfera no set discreta, e os encoraja a buscar outros interesses. Radcliffe recentemente fez sua (nu frontal) estréia nos palcos em “Equus”. “Eles não precisam do dinheiro, então as suas decisões são sobre a experiência e o que querem fazer de suas vidas”, diz Heyman.

E sua própria vida, pós-Potter? “É uma combinação de tristeza e excitação, eu acho – para Jo e para todos nós”, afirma ele. “Esse mundo se tornou uma grande parte da vida de milhões e milhões de pessoas. Nós todos o amamos tanto, e eu acho que depois disso, haverá um pequeno buraco em nossas vidas por algum tempo”.