Hermione Granger não é conhecida como a bruxa mais inteligente de sua idade à toa. Ela passava horas na biblioteca de Hogwarts lendo sobre todo tipo de assunto.
Não temos dúvidas, portanto, de que o presente de aniversário perfeito para Hermione Granger seria um livro. Em comemoração ao seu aniversário de 41 anos, o Potterish listou 7 livros que a bruxa gostaria de ganhar de presente.
O conto da aia, de Margaret Atwood
O conto da aia (The Handmaid’s Tale) reúne elementos que têm a ver com Hermione Granger. Da mesma forma que as aias vivem em uma realidade diferente da que cresceram, Mione passou a viver em Hogwarts, um lugar oposto ao mundo com o qual ela estava acostumada. A opressão também está presente na vida da garota, já que algumas famílias bruxas têm o hábito preconceituoso de dizer que, por nascer trouxa, ela não devia estar ali.
Em O conto da aia, as mulheres perderam todos os direitos e foram divididas em castas, de acordo com sua fertilidade e posição social. Agora, a única coisa que importa é ter um marido e ser fértil. Neste sistema, elas têm duas escolhas: aceitar a opressão ou buscar juntas uma maneira de escapar. Desta maneira, O conto da aia mostra como as mulheres são mais fortes unidas e como a falta dessa união pode afetar profundamente a sociedade.
As crônicas lunares, de Marissa Meyer
Embora seja bruxa, Hermione Granger cresceu como uma menina trouxa. Até os 11 anos, em vez de Os contos de Beedle, o bardo, ela lia contos de fadas como Cinderela e A Branca de Neve. Por isso, a série As crônicas lunares, que é uma releitura desses clássicos, chamaria sua atenção. As histórias se passam em uma Terra futurista, onde humanos vivem junto a ciborgues e androides.
Quando a rainha da Lua planeja dominar a Terra, Cinderela, Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho e Branca de Neve precisam unir forças para salvar o planeta. Desta forma, a série ofereceria a Hermione Granger a oportunidade de rever as personagens de sua infância de maneira diferente: unindo-se e agindo com muito mais protagonismo.
Orgulho e preconceito, de Jane Austen
É uma verdade universalmente conhecida que este é um dos romances mais lidos de todos os tempos. A Sra. Bennet criou as cinco filhas sonhando com o dia em que elas se casariam com homens ricos. No entanto, uma delas, Elizabeth Bennet, não aceita o padrão da sociedade de se casar por posses em vez de amor. Quando uma mansão nas redondezas de sua casa é finalmente alugada, ela conhece Mr. Darcy. Os dois se desgostam quase imediatamente. No entanto, a convivência faz com que o desagrado dê origem a sentimentos… diferentes.
Com tom sarcástico, Orgulho e preconceito critica a sociedade em que mulheres são definidas por homens e casamentos. Hermione Granger se identificaria muito com Elizabeth, visto que ambas são independentes e preferem seguir seus próprios instintos em vez de convenções sociais.
O ódio que você semeia, de Angie Thomas
J. K. Rowling não especificou nos livros de Harry Potter a cor da pele da Hermione Granger. Por isso, cabe ao leitor imaginar se ela se identificaria com a questão racial que atravessa O ódio que você semeia. No entanto, há mais semelhanças entre Hermione e Starr, a protagonista do livro. Ambas têm sede de justiça e defendem os amigos custe o que custar. Elas não têm medo de se tornarem vozes de um movimento – seja lutando por justiça para minorias sociais ou elfos domésticos.
Na história, Starr é uma menina negra, de 16 anos, que se divide entre ambientes que considera opostos: a periferia onde mora e a escola frequentada predominantemente por brancos. Quando testemunha o assassinato de seu melhor amigo de infância, um jovem negro, pelas mãos de um policial, Starr tem que escolher entre o mundo das aparências e a luta por justiça racial.
Trilogia Mundo de tinta, de Cornelia Funke
Qualquer pessoa que ama ler já sonhou em conhecer seus personagens favoritos. O pai de Meggie, a protagonista da trilogia Mundo de tinta, consegue realizar esse desejo. Sempre que ele lê um livro em voz alta, seus personagens ganham vida e vêm para o mundo real. Quando vilão de um livro chamado Coração de Tinta salta às páginas, Meggie precisa enfrentar criaturas mágicas muito diferentes de tudo que ela já viu.
Repleta de referências a livros clássicos, como Peter Pan e O Hobbit, a trilogia Mundo de tinta é uma celebração do universo das histórias. Hermione Granger identificaria tais referências às histórias que certamente já teria lido. Ela leria esta trilogia encantada com os poderes dos personagens e provavelmente pesquisaria algum feitiço que também lhe permitisse visitar seu livro favorito.
Uma estranha em casa, de Shari Lapena
Dona de um raciocínio lógico rápido e eficiente, Hermione Granger ama solucionar mistérios – seja descobrindo a localização das horcruxes de Voldemort ou de um basilisco. Não há dúvidas de que ela seria uma ótima detetive – ou uma grande leitora de histórias de mistério. Uma estranha em casa é uma dessas histórias que Mione leria em casa, nas férias de verão. É o tipo de livro que não dá para largar antes de descobrir o desfecho, então Mione não conseguiria ler em Hogwarts, em meio a tantas aulas, provas e trabalhos – nem usando um vira-tempo.
Na história, o mistério começa quando uma mulher sofre um acidente de carro. Ao acordar no hospital, os policiais a questionam sobre um crime que aconteceu na região do acidente, mas ela não lembra de nada. Junto do marido, ela tenta ligar os pontos e lembrar do que aconteceu. No entanto, as circunstâncias em que esse crime aconteceu são muito mais complexas do que eles imaginam, e a investigação será tão simples como uma caça às horcruxes.
Sejamos todos feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie
O ativismo político corre muito forte no sangue de Hermione Granger. Durante a adolescência, a garota lutou contra a opressão dos elfos domésticos e chegou a discutir as Leis da Magia com o próprio ministro Rufo Scrimgeour. Nos dias de hoje, como Ministra da Magia, Hermione Granger certamente lutaria contra as injustiças que as mulheres sofrem. Durante esta jornada, Sejamos todos feministas faria parte de seus estudos sobre desigualdade de gênero.
Sagaz e revelador, o livro é a adaptação de um discurso da escritora Chimamanda Ngozi Adichie sobre o que é ser feminista no século XXI. Nele, a relação entre homens e mulheres é discutida de maneira didática, mostrando ao leitor uma nova forma de compreendê-las.
Colaborou: Eric Gomes da Rosa (imagens) e Pedro Martins (edição)