Animais Fantásticos e Onde Habitam

Em nova entrevista, David Heyman discute sobre o processo de produção de “Animais Fantásticos

A terceira da série de quatro entrevistas do fã-site Snitch Seeker com o elenco e equipe de produção do esperado longa “Animais Fantásticos e Onde Habitam” trouxe o conhecido produtor David Heyman sob os holofotes.

O produtor falou sobre o processo de produção de “Animais Fantásticos”, que iniciou com a ideia de um falso documentário sobre o mundo bruxo e se transformou em uma história original focada no autor Newt Scamander.

Confira a entrevista completa e traduzida na extensão da notícia.

“Jo escreveu o roteiro – simples assim. Ela não precisava voltar para esse mundo por qualquer motivo senão por vontade própria. Ela é muito apaixonada por seu mundo. A coisa maravilhosa sobre Jo é que ela conhece esse mundo de trás pra frente. Durante as filmagens dos filmes de Potter, algumas vezes pedíamos ajuda para ela para algo obscuro, como a árvore genealógica dos Black no quinto filme.”

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Heyman também falou sobre J.K. Rowling e como a equipe chegou a decisão de escalar Eddie Redmayne, Katherine Waterson, Alison Sudol e Dan Fogler.

“Acabamos fazendo uma série de testes de cenas e pares com diferentes pessoas. Foi uma longa busca, sabe, demorou um tempo porque queríamos acertar. E Eddie foi brilhante no processo, sabe, ele fez testes de cenas com os outros, sempre generoso. Ele até gostou porque acho que você pode tentar coisas diferentes. E naquele processo ele foi ao mesmo tempo uma pessoa muito compassiva. Ele já esteve do outro lado. Ele não teve que fazer teste pra isso. Ele já tinha o papel.”

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Com direção de David Yates e roteiro original de J.K. Rowling, “Animais Fantásticos e Onde Habitam” estréia 17 de novembro em cinemas brasileiros.

David Heyman fala sobre J.K. Rowling, produção e escolher o elenco de “Animais Fantásticos”
Snitch Seeker – 30 de outubro de 2016

Traduzido por Rodrigo Cavalheiro em 06/11/2016
Revisado por Aline Michel em 06/11/2016

Na próxima entrevista no set de “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, o produtor David Heyman falou com o SnitchSeeker e um grupo de repórteres sobre muitas informações de como a série ganhou vida, passando de sua ideia e do também produtor de “Harry Potter” Lionel Wigram de um documentário proposto à J.K. Rowling até a história atual da autora para a série, que agora tornou-se o primeiro de cinco filmes.

Heyman falou sobre as maiores diferenças em ter um elenco de protagonistas adultos ao invés de crianças e adolescentes, escolher as quatro estrelas de “Animais Fantásticos” – Eddie Redmayne, Katherine Waterston, Alison Sudol e Dan Fogler – e toda a ajuda que J.K. Rowling deu na época, em dezembro de 2015. Mais sobre a conversa nos Estúdios Leavesden no Reino Unido pode ser lida aqui.

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Eu estava me perguntando se você podia primeiro falar um pouco sobre trazer David Yates como diretor, vocês sempre o tiveram em mente quando estavam pensando sobre isso?
DAVID HEYMAN: Sim, quer dizer, David conhece esse universo muito bem, então há uma facilidade no trabalho. E nós sentimos que era um ponto importante começar logo e avançar. Também, alguém que tivesse um bom relacionamento com Jo, o que ele construiu nos últimos quatro filmes. Isso também era importante para nós. E, você sabe, ele é ótimo.

E a outra coisa é que acho que esse filme tem muitas cores, sabe? Tem escuridão, diversão e humor. Tem aventura. Tem momentos mais sutis entre personagens e é divertido. Ele é muito divertido às vezes e acho que David é muito bom em uma grande variedade de coisas e pode lidar com elas facilmente e também de maneira verdadeira. Não é humor somente para rir. Ele vem de um lugar do personagem e isso era muito importante para nós. Acho que ele é muito hábil com todo o espectro. E uma das coisas que eu amo sobre esse filme é que ele tem tantas cores diferentes. Não é apenas um filme sombrio ou apenas um nome difícil ou só isso ou só aquilo. Ele tem uma rica amplitude de coisas. Eu acho que ele é o certo. Ele é muito talentoso e acho que ele acrescenta muito para cada um de nós.

Bem, os livros e o filme cresceram de maneira famosa com os personagens e ficaram mais maduros. Mas nesse filme, você começa com personagens já adultos, com a história desses filmes fornecendo um sábio ponto de entrada, o tom dele continua de onde paramos com a série Harry Potter?
DAVID HEYMAN: Eu posso te dizer que significa que nós não temos que lidar com um dos maiores desafios que enfrentamos com os Potters, que é ter as crianças por três horas e meia, eu acho. Eu juro que esse não foi o motivo que levou Jo Rowling a ter só adultos. Mas, nós chegamos com Newt—ele é um adulto. Assim como vários dos personagens principais de Jo, e acho que os quatro são assim de certa maneira, ele é um deslocado. Sabe, ele não se sente confortável com o universo ou no seu próprio universo. Ele provavelmente fica mais confortável com suas criaturas do que com pessoas.

Acho que você pode achar elementos de deslocamento nele, com cada um dos personagens assim como Harry, Rony e Hermione, que se encontram e com seus colegas e amigos, formam uma comunidade. E isso é algo que aparece nesse filme. Eu não diria que esse filme é tão sombrio quanto o último Potter. Acho que não estamos partindo dali, nesse sentido. Acho que há muito mais humor do que nos últimos Potters. Mas acho que há essa potência emocional similar e a riqueza dos personagens. Então, não estamos vendo personagens irem dos onze aos dezessete anos. Não estamos vendo o crescimento deles dessa forma, mas cada um dos personagens tem sua jornada. Acho que em termos de seu público, ele tem potencial para atrair para jovens adultos.

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Você pode falar sobre como escolheu Eddie, Katherine, Alison e Dan, o grande quarteto de agora?
DAVID HEYMAN: Claro. Então, nós começamos com Eddie Redmayne e ele disse sim. Ele era nossa primeira e única escolha. Sabe, queríamos alguém que pudesse interpretar essa qualidade deslocada, que fosse imediatamente simpático e atraente. Que fosse um dos grandes presentes desse filme. Acho que, assim como os Potters, de certa forma, você não precisava contratar uma estrela para o papel principal. Eddie é uma estrela, mas ele nunca esteve em algo dessa escala, com essa responsabilidade. E isso é realmente animador para nós, mas ele é muito empático. Você consegue acreditar que ele é um grande zoologista, que ele é meio estranho, meio deslocado. Mas ele tem essa inteligência que Eddie, sabe, Eddie é super esperto, ele é imediatamente atraente. Ele tem um jeito para comédia e drama. Você sente muita coisa por ele e acho que ele é um protagonista perfeito. Ele também é alguém que pode existir em qualquer época.

Sabe, acho que ele fica muito confortável na década de 20. Deus sabe que ele já interpretou muitos personagens históricos. Mas, também acredito que ele tenha um apelo moderno, então ele tem tudo. Quer dizer, você não escolhe ninguém por sua silhueta, mas ele tem uma silhueta maravilhosa. Ele é alto, magro e ele é ótimo, então começamos por ele. E então, nós fizemos o processo de escalar os outros e não foi um processo linear.

Acabamos fazendo uma série de testes de cenas e pares com diferentes pessoas. Foi uma longa busca, sabe, demorou um tempo porque queríamos acertar. E Eddie foi brilhante no processo, sabe, ele fez testes de cenas com os outros, sempre generoso. Ele até gostou porque acho que você pode tentar coisas diferentes. E naquele processo ele foi ao mesmo tempo uma pessoa muito compassiva. Ele já esteve do outro lado. Ele não teve que fazer teste pra isso. Ele já tinha o papel. Mas os outros tiveram. E ele tinha medo, acho, quando ele estava passando pelo processo- que nós provavelmente estávamos testando-o. Nós não estávamos. E ele foi muito simpático com aqueles do outro lado.

De certa maneira, é muito arrasador ser parte de um processo como esse. São pessoas que você conhece e você sabe que muitas não conseguirão e você quer tratá-las de maneira gentil e com tanto respeito quanto ele e nós fizemos. Então, ele esteve em cada um dos testes de elenco. E nós fizemos testes na América e aqui. E terminamos com Katherine, Alison e Dan. Sabe, todos os três interpretam deslocados lindamente. Todos os três são deslocados—os personagens que eles interpretam são deslocados. Katherine, novamente com inteligência e sabe, quando ela sorri, o mundo todo se acende E ela vai em uma jornada até tornar-se cada vez mais confortável. Ela é alguém que, como personagem no filme esteve um pouco deslocada. Às margens– e você realmente pode vê-la tentando fazer a coisa certa. E tentando, de novo, tendo essa grande inteligência.

Se você olhar para Alison, ela é luminescente. A câmera a ama e você pode ver porque alguém como Dan se encantaria por ela, e acho que ela é viva e tem aqueles olhos, sabe? Ela tem uma beleza real tanto interior quanto exterior que acho que transparece muito bem e ela tem uma qualidade etérea que era importante para o papel.

Então você olha para Dan, que é o verdadeiro deslocado. Ele é um nômade entrando nesse mundo. E ele é um No-Maj que quer ser entusiasta. Eu sempre recebo e-mails de Dan dizendo “estou me beliscando, e fico tão feliz de estar aqui. Obrigado”. Acho que ele está amando ser parte desse universo. E ele é um ótimo comediante, e isso era importante para nós. Mas ao mesmo tempo, ele sabe fazer drama. Sabe, ele já ganhou o Tony como melhor ator. Foi engraçado quando nós o encontramos pela primeira vez, ele estava interpretando um personagem muito diferente. Sabe, luvas pretas. Sabe, um motociclista dos anos 70, de certa maneira. Ele tinha cabelo longo, enrolado e agora se encaixa tão perfeitamente nos anos 20 vestindo aqueles ternos. Ele é ótimo, muito divertido e você sente todo aquele humor e tudo aquilo. Mas lá no fundo ele tem um lado entusiasmado da vida, mas também com certa profundidade e verdade em sua atuação.

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Fale sobre o processo de desenvolvimento, tipo quão cedo essas conversas começaram sobre fazer outro filme e então decidir usar essa ideia?
DAVID HEYMAN: Jo escreveu o roteiro – simples assim. Ela não precisava voltar para esse mundo por qualquer motivo senão por vontade própria. Ela é muito apaixonada por seu mundo. A coisa maravilhosa sobre Jo é que ela conhece esse mundo de trás pra frente. Durante as filmagens dos filmes de Potter, algumas vezes pedíamos ajuda para ela para algo obscuro, como a árvore genealógica dos Black no quinto filme.

Nós tínhamos que fazer parecer real, então havia três ou quatro linhagens no livro dos personagens ou três ou quatro nomes do livro. No filme tínhamos que mostrar a coisa toda. Nós mandamos um e-mail para ela, e meia hora depois, ela respondeu com seis gerações. Estávamos procurando nomes, conectando datas de nascimento e de morte. Quem casou com quem. Era trabalhoso. Então foi meio maravilhoso – o nível de conhecimento sobre isso. Acho que é uma das razões para que seus livros funcionem tão bem como funcionam, o que você lê não é nada além da superfície do conhecimento dela sobre esse universo.

Ele é incrivelmente bem pensado. Não tem nada aleatório. E todo o tecido conjuntivo é bem pensado. Quando a hora chegou para isso depois dos filmes houve uma grande animação sobre embarcar em novos desafios, mas também uma profunda melancolia, mas a família que nós tivemos por tanto tempo ia se separar e era uma honra tão grande e tão divertido fazer parte do mundo bruxo de Jo. É fantástico! Sabe, só de estar constantemente criando, inventando, imaginando e o que eu gosto dele ser tão bem pensando não é apenas a diversão pela diversão, mas o método de tudo e a razão por trás de tudo.

Então, nós estávamos pensando no que fazer, e Lionel Wigram, que foi um dos produtores desse filme e o primeiro executivo que eu mandei para Harry Potter. Logo no começo de 1997. Conheço Lionel desde que eu tenho treze ou catorze anos. Ele estava pensando no que poderíamos fazer e ele teve a ideia de fazer um documentário sobre Newt. Mas quando Jo ficou sabendo e, sabe, quer dizer, não teríamos feito sem a permissão dela, e eu também não sei se a gente poderia, mas não teríamos feito mesmo se pudéssemos. Esse é o ponto, maravilhosamente durante o processo inicial de Potter acho que todo mundo acreditava que ela tinha arquivos em casa. Claro que não.

No começo, ela não tinha contrato de—Não, não, mas—Você quer ajuda-la, você quer, quero dizer, teríamos sido idiotas de fazer o contrário. E francamente, como produtor, um dos meus papéis principais é ser uma espécie de guardião—Acho que nos filmes em que trabalhei, que foram baseados em livros, há um sentido real de ser uma criação do autor e claro, embora esteja fazendo algo diferente e separado, você quer respeitar a visão do autor ou a razão pela qual você se envolveu. Então, Lionel teve essa ideia e Jo ficou sabendo.

Ela disse “Bem, curiosamente eu já estava pensando em algo”. E ela teve toda essa ideia de algum jeito. Digo, ela mudou e desenvolveu durante o ano e meio ou dois anos em que estamos trabalhando nele. Mas ela sabe como cada parte se conecta com seu universo. Ela sabe a história da magia antes de estarmos com Newt Scamander. Ela sabe a história da escola onde Queenie e Tina podem ter estudado. Ela sabe tudo isso. Ela conhece as criaturas—a história delas, de onde elas são e assim vai. Ela sabe quem é a família de Newt, ela sabe da família de Queenie e Tina, ela já imaginou tudo, de certa forma. Então, quando ela começou, ela nos mostrou o roteiro e nós ficamos “Whoo, Hmm. Obrigado.”

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Então, falando um pouco mais disso. O material fonte é obviamente muito diferente de Potter. Você tem o roteiro de Jo e você tem o livro que ela escreveu. Mas diferente de Harry Potter onde ela descreve Hogwarts perfeitamente, todos se veem lá, há um pouco mais de espaço para usar os elementos que ela fornece e eu estava me perguntando, como foi isso?
DAVID HEYMAN: Tem sido ótimo. Ela é uma ótima parceira e até mesmo no primeiro filme de Harry Potter, apesar de ela não poder decidir nada, quando ela veio, nos ajudou muito. Ela olhou as varinhas e achou que elas estavam muito enfeitadas— nós as deixamos mais simples e assim, neste aqui, também, havia uma coisa que ela achava que estava muito enfeitada. E sabe, claro, há muito do que tentamos fazer com as criaturas, por exemplo, é dar a elas— quero dizer, a maior parte delas é muito fundamentada.

Talvez, possivelmente, o Occami é o mais extraordinário. De certa maneira, você olha o Pickett ou o seminviso, o Pelúcio ou o Erumpente. Eles parecem fundamentados em criaturas que existem. E nós não queríamos criar tantas fantasias, embora elas sejam fantásticas, há um tipo de inguagem que foi desenvolvida para o filme para as criaturas, que é uma espécie de linguagem de fantasia, obviamente, diferentes diretores e diferentes filmes a usam de maneira diferente, mas há parte disso agora mas você pode ver o que tentamos fazer—eu espero—tentamos fundamentá-los um pouco mais. Não é a magia mais sofisticada. Quero dizer, há uma magia sofisticada—mas não é… Eles têm que parecer real. Muitos dos ambientes querem ser uma combinação de moderno…

Eu acho que o MACUSA, muito clássico, mas com a modernidade americana da década de 20. É uma combinação que eu sei que Stuart usou para descrever o mármore da Catedral de Siena, por exemplo, ou algo assim. Há um sentimento clássico com uma modernidade que é submergível naquele tempo no mundo. Você olha para o porão- é clássico, é… você vê o mesmo em Potter. Há algo clássico e isso é muito em parte da visão da Jo. Com certeza, um dos maiores desafios é que você não tem a segurança do livro. Se você tem esses livros, que foram grandes sucessos…Ambos são um desafio, mas também um presente. Antes a gente falava “Ah, sim, usa essa parte do livro”. Não temos mais isso. Mas nós temos Jo. E essa espécie de imaginação incansável é um presente. E ela sempre está lá se precisamos consultá-la e ela sempre foi muito brilhante sobre isso.

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Você tem a enciclopédia de Animais Fantásticos…
DAVID HEYMAN: Sim…

E há muitas criaturas nele e Jo sabe todos os detalhes sobre eles… como vocês escolheram os primeiros cinco ou sete que foram revelados? Para o primeiro e como vocês estavam usando o livro?
DAVID HEYMAN: Para o roteiro? Bem, é uma combinação—os livros nos ajudaram com algumas das criaturas e quem elas são, de onde elas vêm, alguns detalhs sobre elas. Jo adicionou alguns. Mas Newt escreveu esse livro. Então, não foi a Jo. Foi o Newt. Jo escreveu sobre Newt. Então, está conectado ao Newt e o livro que ele escreveu e a aventura em que ele se encontra, que é escrever o livro.

As primeiras sete que estão sendo usadas estão em Animais Fantásticos?
DAVID HEYMAN: Quais?

O Pelúcio, os Sereianos, Mortalhas-vivas, Agoureiros, Tronquilhos, Crupes e Cinzais. E eu estava me perguntando se há algum processo particular que vocês usaram para escolher qualquer um dos primeiros a aparecer?
DAVID HEYMAN: Nenhum.

Nenhum proceso?
DAVID HEYMAN: Jo escreveu o roteiro. E foi isso—quero dizer, essa é a base disso. Quando Jo escreveu o roteiro, muitas dessas criaturas e animais estavam lá como parte da história. E então haveria algumas que, sabe, estávamos procurando por variedade. Então, isso levou a algumas dessas decisões e certas, sabe—o que precisávamos das criaturas—mas a maior parte de tudo veio do roteiro. É uma dessas—é divertido, sabe—algumas vezes o produtor—é uma maldição e uma benção.

Sabe, quando você pega um roteiro e o roteirista escreve e um exército de milhares sobe uma montanha e você fica… sim, sabe, tão de repente— “Oh, minha nossa, milhares de figurantes? O que famos fazer? E as vezes você acaba reduzindo para um exército de três. Mas nós estamos usando as criaturas que estão no roteiro de Jo. E também não estamos—quando estavamos aumentando, é mais para arredondar o ambiente. E dar uma tela maior, então tentamos variar. Eu digo, se você tem algo que voa, algo que é mais inseto, algo que é cinza, sabe, tentando—de um aspecto do design—você tenta ser esteticamente variado em termos de qualidade. Dar um retrato maior.

Os personagens principais de Harry Potter se tornaram modelos tão importantes para os fãs. Eu acho—especialmente Hermione, com garotas jovens, se tornou tão icônica. Foi importante para você, ao criar esses novos personagens, continuar essa tradição?
DAVID HEYMAN: Falando pessoalmente—eu olho para os filmes que produzi. Quero dizer, é divertido. Não sei se eu olhava as coisas assim ou se estava consciente disso até ter feito vários filmes e depois ter olhado para eles. É aquela coisa do Steve Jobs, sabe, você pode escrever história olhando para trás porque você não pode escrevê-la olhando para frente. Então, não era algo em que eu estava pensando, mas agora que penso, acho que estou muito interessado e acho que Jo se interessa por deslocados—porque, de certa maneira, todos nessa sala sabem como estamos, ou quantos amigos, quantos amantes ou quantos casamentos. Você se sente deslocado às vezes. Todos nos sentimos. E acho que isso e amigos em relação—acho que você olha para pessoas que são deslocadas. Acho que isso é um sentmento universal, e modelos para se inspirar, vendo esses personagens terem dificuldades e conseguirem lidar com as circunstâncias e situações em que eles se encontram.

Acho que você tem fortes personagens femininas e masculinas. Você vê os temas de fazer a coisa certa, de comunidade, da área cinzenta do mundo. Não há esse tipo de coisa de bem absoluto ou absoluto, sabe. Também tem as escolhas que você faz—que aparece muito no trabalho de Jo. E acho que esses temas—muitos dos temas que você vê em Potter aparecerão aqui. Meio diferente, como você disse—nós não estamos lidando com pessoas passando pela adolescência. Não estamos lidando com isso. Mas muitos dos temas permanecem.