Jane Eyre nos apresenta, através de sua autobiografia, um romance que retrata a emancipação da mulher. Este livro prova que as mulheres eram perfeitamente capazes de trabalharem e lutarem por uma vida, independentemente de se casarem ou não. O confronto com as perdas, a intervenção do destino e as escolhas morais compõem a trama de uma das maiores obras da literatura inglesa.
[meio-2]Conheça mais sobre o clássico do Romantismo do século XIX com Natallie Chagas. Leia a resenha e conte qual é o seu romance britânico favorito (Harry Potter não vale!).
“Jane Eyre”, de Charlotte Brontë
Tempo: para ler de um tiro só no fim de semana | |
Finalidade: para se emocionar | |
Restrição: para quem ão gosta de perder tempo com longas descrições. | |
Princípios ativos: Romance inglês; autobiografia; Jane Eyre. |
Jane Eyre é órfã de pai e mãe. Criada pela tia, que nunca a considerou digna da mínima atenção, Jane é enviada para um colégio interno, onde conhece seus primeiros momentos de verdadeira felicidade. Crescida e formada como professora, Jane decide procurar uma nova posição, encontrando-a no Solar de Thornfield, como tutora da jovem Adele, pupila de Lord Edward Rochester.
Jane se mostra inteligente e simples, o que acaba cativando seu patrão sem que ela perceba. Quando ela se declara, ele finalmente se torna capaz de mostrar o quanto ardentemente também a ama. Os dois planejam se casar, mas ela acaba descobrindo que ele já tem esposa. O segredo de Mr. Rochester finalmente vem a tona e Jane, sabendo que seria incapaz de continuar vivendo na mesma casa que o amado sem poder tocá-lo, foge.
Perdida, com frio e fome, ela acaba sendo amparada por uma pequena família. O tempo passa, a convivência entre eles se estreita até Jane descobrir que tem muito mais em comum com seus benfeitores do que imaginava. Ela, no entanto, ainda não esqueceu Rochester. E ele? Será que esqueceu Jane?
A primeira coisa que chama a atenção é o fato do livro ser uma autobiografia ficcional da personagem principal, que se apresenta como Jane Eyre. Apesar de ser considerado um romance, o livro aproxima-se do drama, e o trágico acompanha toda a trajetória da personagem principal. O leitor, ao mesmo tempo em que simpatiza com a falta de solidariedade (tão presente em nosso tempo) que sustenta a história, pode não ser tão simpático com a passionalidade de Jane. Um dos melhores romances de todos os tempos, Jane Eyre é um verdadeiro clássico do romance.
Resenhado por Natallie Alcantara
528 páginas, Editora Landmark, publicado em 2010.
*Título original: Jane Eyre, publicado originalmente em 1847.