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Transcrição do Carnegie Hall

Transcrição do Carnegie HallTranscrição do Carnegie Hall

Finalmente, temos a transcrição completa e traduzida das perguntas e respostas feitas no Carnegie Hall, em Nova Iorque, no dia 19 de outubro. Foi então que Jo revelou que Alvo Dumbledore é gay, a noticia mais comentada dos últimos dias no fandom.
As revelações sobre a família Dumbledore foram intensas. Quando uma menina de oito anos perguntou quais foram os feitiços impróprios pelos quais Alvo diz que seu irmão foi processado, no Cálice de Fogo, JK perguntou sua idade e depois respondeu:

Eu acho que ele estava tentando fazer um bode que fosse fácil de manter com chifres limpos [risadas], enrolados. Essa é uma piada que funciona em dois níveis. Eu realmente gosto de Aberforth e seus bodes. (…) Então, essa é a minha resposta pra VOCÊ.

Com essa resposta, ela abriu a discussão sobre as preferências do outro representante da família Dumbledore, dando a entender que ele teve experiências parecidas com as que muitos jovens de interior tinham no passado. A (…) está no lugar de um pequeno spoiler, que pode ser conferido na notícia completa.

Jo também detalhou um pouco mais as regras para o deslocamento entre retratos do mundo bruxo. Ela explicou que o ocupante só pode se mover para outros retratos que estejam na mesma residência ou para outros retratos onde tiver sido pintado.

Além disso, ela comentou que os sentimentos que sentiu ao terminar o primeiro e o último livros foram muito parecidos. Ela também confessa que foi muito difícil viver (com ela) durante as primeiras semanas após completar a série, e diz que seu marido, Neil, merece aplausos por tê-la agüentado.

Vale lembrar que nós temos fotos de Jo durante o evento em nossa galeria, para vê-las, clique aqui.

Thanks, TLC.

Este artigo contém spoilers!
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J.K. ROWLING
Transcrição das perguntas e respostas no Carnegie Hall em Nova Iorque

TLC
19 de outubro de 2007
Tradução: Patricia Abreu

Nota do TLC: Uma transcrição preliminar está agora no fim dessa notícia; por favor, note que pode haver pequenos erros nas citações, e que todas as perguntas foram parafraseadas para poupar tempo; essa não é uma transcrição final, mas o sentido exato das perguntas e respostas foi mantido.

Hoje, os mil grandes ganhadores (e seus convidados) do Scholastic’s Open Book Tour (turnê de lançamento do livro da Scholastic) junto de seus companheiros tiveram a chance de ver a autora de Harry Potter, J. K. Rowling, ler um trecho de “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, responder questões e autografar livros no Carnegie Hall de Nova Iorque. Nós temos informações exclusivas essa noite sobre as várias perguntas sobre “Relíquias da Morte” que ela respondeu assim como detalhes de um sem número de assunto sobre os quais ela falou.

P: Neville encontrou o amor?

Claro. … Para deixá-lo ainda mais legal, ele se casou com a mulher que se tornou, eventualmente, a nova proprietária do Caldeirão Furado, que eu acho que o deixaria com uma fama bem legal entre os estudantes, que ele vivesse em cima do pub. Ele se casou com Ana Abbott.

P: Como você decidiu que Molly Weasley seria a pessoa que daria fim a Belatriz?

Eu sempre soube que Molly acabaria com ela. Acho que houve alguma especulação de que Neville faria isso, porque Neville obviamente tem um motivo particular para odiar Belatriz. … Então havia muitas opções para Belatriz, mas eu nunca me desviei. Eu queria que fosse Molly, e eu queria que fosse Molly por duas razões.

A primeira razão é que eu sempre vi Molly como uma bruxa excelente, mas alguém cuja luz está necessariamente escondida sob um cesto, porque ela fica muito na cozinha e ela tinha que ascender, junto com outros, e com George que é tipo, suficiente… Eu queria que Molly tivesse o seu momento e mostrar que porque uma mulher dedicou sua vida à sua família, não significa que ela não tenha muitos outros talentos.

Segunda razão: era o encontro de dois tipos de – se você quiser chamar o que Belatriz sente por Voldemort de amor, eu acho que nós chamamos de amor, ela sente um tipo de obsessão por ele, uma obsessão bem doentia… e eu queria colocar à prova esse tipo de obsessão com o amor maternal… o poder que você dá a alguém por amá-lo. Então Molly era realmente um exemplo maravilhoso de amor maternal. … Havia algo de muito satisfatório em colocar essas duas mulheres juntas.

P: O quanto dos últimos dois livros teria mudado se Artur tivesse sido morto no meio do livro cinco?

Eu acho que eles seriam muito diferentes e isso foi parte da razão pela qual eu me decidi. … Ao transformar Rony em meio Harry, em outras palavras, ao transformar Rony em alguém que sofreu a perda de um dos pais, eu removeria os Weasley como refúgio para Harry e necessariamente removeria muito do humor de Rony. Isso é parte da razão pela qual eu não matei Artur. Eu queria manter Rony intacto … muito do humor de Rony vem de sua insensibilidade e imaturidade, para ser sincera sobre ele. E Rony finalmente, eu acho, vocês vêem, cresce nesse livro. Ele é o ultimo dos três que alcança o que eu considero como ‘adulto’, e eles faz isso então [quando ele destrói as horcrux] e enfrenta essas coisas. Então essa é parte da razão. A única outra razão de eu não matar Artur é que eu queria fazer um giro completo. Nós começamos com um orfão, alguém que perdeu os pais por causa da guerra. E eu queria mostrar isso de novo. … Embora vocês não vejam Teddy, eu queria expresser no epílogo, que ele teve um padrinho ainda melhor que o que Harry teve, porque Sirius teve suas culpas, eu acho que nós temos que admitir. Ele era um cara bem arriscado de se ter como padrinho. Porque Teddy teve alguém que realmente esteve lá, e Harry se torna realmente uma grande figura paterna para Teddy assim como para seus próprios filhos. Eu preciso dizer que eu não matei Lupin ou Tonks levianamente. Eu os amava como personagens… então isso dói, matá-los.

P: Em ‘Cálice de Fogo’, Dumbledore disse que seu irmão foi processado por praticar encantos impróprios [JKR cobre seu rosto, para rir] em um bode; que feitições impróprios ele estava praticando em um bode?

JKR: Quantos anos você tem?

Oito.

JKR: Eu acho que ele estava tentando fazer um bode que fosse fácil de manter com chifres limpos [risadas], enrolados. Essa é uma piada que funciona em dois níveis. Eu realmente gosto de Aberforth e seus bodes. Mas você sabe que Aberforth ter essa estranha afeição por botes, se você leu o livro sete, se mostraram realmente úteis para o Harry, mais tarde, porque um bode, um cervo, você sabe. Se você é um Comensal da Morte estúpido, qual a diferença. Então, essa é a minha resposta pra VOCÊ.

[Aplausos altos.]

P: Dumbledore, que acreditava no poder prevalecente do amor, chegou a se apaixonar alguma vez?

Minha resposta sincera para você… Eu sempre pensei em Dumbledore como gay. [Palmas.]… Dumbledore se apaixonou por Grindelwald, e isso foi somado ao seu horror quando Grindelwald mostrou que era o que era. De certa forma, podemos dizer que isso dá uma desculpa um pouco melhor a Dumbledore, porque nos apaixonar pode nos cegar de alguma forma? Mas, ele conheceu alguém tão brilhante quando ele era, e parecido com o que a Belatriz sente, ele ficou muito atraído por essa pessoa brilhante e ficou horrivelmente, terrivelmente desapontado com ele. É, foi assim que eu sempre vi Dumbledore. De fato, recentemente eu estava lendo um roteiro para o sexto filme, e eles tinham Dumbledore dizendo uma fala a Harry no começo do roteiro dizendo ‘eu conheci uma garota uma vez, cujo cabelo…’ [risadas]. Eu tive que escrever uma notinha na margem e riscar para o roteirista, “Dumbledore é gay!” [risadas] “Se eu soubesse que isso deixaria vocês tão felizes, eu teria anunciado anos atrás!”

P: Já que Rony consegue falar língua de cobras no último livro, significa que é uma língua que a maior parte dos bruxos e bruxas pode aprender ou ela requer um habilidade inata para ser falada?

JKR: Eu não vejo realmente como uma lingual que se possa aprender. Há tão poucas pessoas que falam a língua que quem poderia ensiná-la? Ela é uma estranha habilidade passada através da linha de sangue dos Slytherin. Entretanto, Rony ouviu Harry falar uma palavra em lingual de cobra, que eu não sei qual era então não posso duplicar para você, mas ele o ouviu dizer ‘Abra’, e ele pôde reproduzir o som. Então é uma palavra. Mas se ele conseguiria aprender a falar com cobras propriamente é uma questão diferente. Eu não acho que ele conseguiria. Mas ele sabia o suficiente, era esperto o suficiente, para duplicar um som necessário.

[A pessoa que perguntou agradece a Jo pela resposta sobre Dumbledore.]

JKR: Vocês precisavam de algo para comentar pelos próximos 10 anos! …Ah, céus, as fan fics agora, hein? [Aplausos.]

P: O que o Dumbledore escreveu na carta para fazer os Dursley aceitarem Harry?

JKR: Uma pergunta muito, muito boa. Como vocês sabem, como descobrimos no livro sete, Petúnia um dia realmente quis ser parte desse mundo. E vocês descobriram que Dumbledore já havia escrito pra ela antes… Dumbledore escreveu gentilmente para ela e explicoi porque ele não poderia deixar que ela entrasse em Hogwarts para virar uma bruxa. Então, Petúnia, apesar de negar tanto depois, apesar de ter se virado contra esse mundo quando conheceu Tio Válter, que é o maior anti-bruxo que você poderia conhecer na vida, mantinha uma pequena parte dela, e foi essa parte que quase desejou boa sorte ao Harry quando lhe disse adeus nesse livro, ela só balançou na hora de dizer: ‘eu sei o que você está prestes a enfrentar e espero que dê certo’. Mas ela não conseguiu se obrigar a dizer. Anos fingindo que ela não se importa a endureceram. Mas Dumbledore apelou na carta que você perguntou, para essa parte de Petúnia que se lembrava de querer desesperadamente ser parte desse mundo e ele apelou para o senso de justiça dela com uma irmã que ela odiou porque Lílian tinha o que ela não pôde ter. Então foi assim que ele persuadiu Petúnia a criar Harry. Boa pergunta.

P: Quando Harry foi machucado por um basilisco na Câmara Secreta, já que ele era uma Horcrux, ela não deveria ter sido destruída?

JKR: Eu tenho ouvido muito essa pergunta. Harry teve uma sorte excepcional por ter Fawkes. Então antes de ter sido destruído além do consertável, que é o necessário para destruir uma Horcrux, ele foi curado. Entretanto, eu garanti que Fawkes não estivesse por perto da segunda vez que uma Horcrux fosse atingida por um canino de basilisco, então o veneno agiu e ela se tornou irreparável em um curto período de tempo… Eu estabeleci cedo no livro, Hermione diz que você destrói uma Horcrux usando algo tão poderoso que não tenha remédio. Mas ela diz que há um antídoto para veneno de basilisco, mas é claro que ele tem que ser administrado imediatamente e quando eles atingem a taça depois – cara, eu realmente estou estragando isso para quem ainda não terminou o livro – havia Fawkes, é a minha resposta. E obrigada por me dar a chance de respondê-la, porque as pessoas tem discutido muito sobre isso.

P: Por que Harry não pôde falar com o retrato de Dumbledore durante o ultimo livro?

JKR: Bem, há duas razões para isso, três razões, aliás… A última parte, por que ele tinha que decodificar? Como Dumbledore diz a Harry… contra a ele sobre as Relíquias seria tentá-lo. E Harry, através de todos os sete livros foi incrivelmente precipitado e impaciente. Esse é um dos maiores defeitos de Harry. Ele tende a agir sem pensar, e Dumbledore sabia disso. Ele queria que Harry descobrisse tudo lentamente para ganhar sabedoria durante o processo. É por isso que ele passa a informação através de Hermione, que é a pessoa mais cautelosa nos livros, como vocês sabem. E Dumbledore diz explicitamente, para que o seu bom coração não seja superado pela sua cabeça quente. Ou eu posso ter me auto-parafraseado aqui, então me perdoem. “Ela nem conhece o próprio livro!” [risadas] Sim, então essa é uma razão. Harry precisa decodificar. Ele diz, ele realmente diz nesse livro, que ficou assustado com sua decisão de não procurer a varinha, porque ele nunca tinha escolhido não agir. Então esse é realmente o momento em que Harry amadurece, quando ele decide ficar quieto e aguardar pela primeira vez na vida. Então as outras duas razões para ele não falar com o retrato de Dumbledore, antes de tudo, eu criei muitas regras para esse mundoe depois tinha que navegar através delas. Mas essa regra sempre foi boa, e a regra era de que retratos só poderiam se mover entre retratos dentro do mesmo prédio, então se eu estou em um quadro e você está em um quadro e estamos ambos no Carnegie Hall, então nós podemos nos mover um para o quadro do outro. De outra forma, só poderíamos nos mover para outros lugares em que tenhamos um retrato nosso. Você não pode se mover livremente – pelo Louvre, pelo Met – você não pode fazer uma turnê mundial, você é limitado geograficamente. Então tinha essa razão. E por último, é claro, a terceira razão: seria fácil demais e eu não teria um enredo.

P: Muitos de nós, leitores mais velhos, notamos ao longo dos anos similaridades entre as táticas dos Comensais da Morte e dos Nazistas nos anos 30 e 40. Você usou esse momento histórico como modelo para o reinado de Voldemort e que lições você espera passar para a próxima geração?

Foi consciente. Se você tivesse que, eu acho que a maioria de nós, se tivessemos que citar um regime cruel, nós diríamos a Alemanha Nazista. Haiaa paralelos entre as ideologias. Eu queria que Harry deixasse o nosso mundo e encontrasse exatamente os mesmos problemas no mundo bruxo. Então você tem a intenção de impor uma hierarquia, você tem uma inveja cega, e tem essa noção de purismo, que é uma grande falácia, mas ela se espalha pelo mundo inteiro. As pessoas gostam de achar que são superiores e que se elas não podem se orgulhar de si mesmas por mais nada, podem se orgulhar de serem puras. Então é, segue um paralelo. Não foi realmente exclusivamente isso. Eu acho que você pode ver no Ministério mesmo antes de ser tomado, paralelos com regimes que todos conhecemos e amamos. [Risadas e aplausos.] Então você pergunta sobre as lições, eu acho. Os livros de Potter, em geral, são uma argumentação pela tolerância, uma declaração prolongada pelo fim da inveja e do extremismo, e eu acho que isso é uma das razões pelas quais algumas pessoas não gostam dos livros, mas eu acho que é uma mensagem muito saudável para se passar para os jovens, de que você deve questionar o governo e que você não deve presumir que o que está definido e o que a imprensa te diz são sempre verdades.

[Grandes aplausos.]

P: Como você se sentiu ao completar o seu primeiro livro de Harry Potter comparado com o que sentiu ao completar o último.

JKR: Que pergunta ótima. Eles se pareceram bastante, na verdade. Os dois sentimentos foram mais parecidos um com o outro do que com qualquer dos outros livros. Quando eu terminei o primeiro livro, havia esse incrível senso de realização por eu ter realmente escrito um romance, de finlamente ter terminado meu livro. E foi depois de sete anos escrevendo, e fazendo notas, e reescrevendo. E depois quando eu terminei o sétimo livro, tinham sido 17 anos. Com o sétimo livro veio essa enorme sensação de perda também. Eu não conseguia acreditar que tinha acabado. E demorei semanas, como meu pobre e sofrido marido vai confimar. Ele está aqui. [aplausos] Sim, vocês devem aplaudi-lo, ele é muito paciente! [ovação] Ele não é do tipo que levanta e aceita, mas acreditem em mim. Quando chega o final de um livro, eu não sou uma pessoa fácil de se conviver. Sim, Neil pode ser testemunha do fato de que por semanas, realmente… parece que estou de luto. Eu sabia que estava chegando. Eu estava pronta, eu sabia que ia doer, e que era grandioso. Então, é por isso que estou feliz de estar aqui e falar sobre isso. Obrigada.

Voz: Com licença, Sra. Rowling?

JKR: Olá.

Voz: Eu tenho uma pergunta.

JKR: Deus? [risadas] E dizem que eu não acredito em Você! [Salva de palmas.]

Voz: Posso me aproximar do palco?

JKR: Desculpe, não entendi, o que foi? Você pode se aproximar do palco, eu sempre quis saber como você se parece.

Locutor: Na verdade, eu não tenho uma pergunta, mas eu tenho uma pequena surpresa. [Explica que eles escolheram algumas perguntas de ganhadores do concurso, escolhidas ao acaso para surpreender os ganhadores das apostas.]

P: Malfoy deve sua vida a Harry?

JKR: Essa é uma ótima pergunta e muita gente quer saber. Quando Dumbledore disse para Harry que Voldemort não iria querer por perto alguém que tivesse em débito com ele, eu não quis dizer que havia alguma mágica nisso. Era mais porque a sabedoria extensiva e o conhecimento sobre natureza humana que Dumbledore tinha,, ele sabia, como Harry entende depois no livro sete, ele sabia que Pettigrew reagiria dessa forma pore le ter salvo a sua vida. … Ele é fraco, fundamentalmente fraco. Pettigrew é um personagem muito fraco. ELe não é alguém que eu goste de forma alguma. Ele é uma pessoa fraca e ele gosta de ficar em volta de pessoas mais fortes. Dumbledore está certo. Pettigrew teve uma piedade impulsiva… estaria Malfoy em depito com Harry? Eu acho que o pior fardo que Harry podia colocar sobre Malfoy seria esse, que Malfoy tivesse que se sentir grato. Então eu tentei mostrar isso levemente no epílogo, quando eles se olham brevemente e tem um clima de “Oi. É tão embaraçoso, você salvou a minha vida. Ninguém nunca vai me deixar esquecer isso”. Eu penso, se ele lhe deve alguma coisa, provavelmente não. Eu acho que Malfoy voltaria a ser a pessoa antiga melhorada, mas não devemos esperar que ele seja realmente um grande homem em breve.

P: Harry muitas vezes se perguntou como teria sido a vida de seus pais antes de morrer. O que Lílian, Tiago, Remo, Lupin e Sirius fizeram depois de Hogwarts?

JKR: Vou começar com Remo, ele não era “empregável”. Pobre Lupin, o fato de Dumbledore tê-lo aceitado, levou a uma vida realmente empobrecida porque ninguém queria contratar um lobisomen. Os demais eram membros em tempo integral da Ordem da Fênix. Se vocês lembram, quando Lílian, Tiago e companhia estavam na escola, a primeira guerra estava acontecendo. Ela nunca alcançou a extensão que a segunda Guerra teve, porque o Ministério não foi tão infiltrado, mas foi muito tempo muito duro, o mesmo desespero, as mesmas mortes. Então foi isso que eles fizeram, eles largaram a escola. Tiago tinha dinheiro, suficiente pra sustentar Sirius e Lílian. Então eu suponho que eles vivessem de rendimentos próprios. Mas eles eram lutadores em tempo integral, era isso que eles faziam, até que Lílian engravidou de Harry. E então eles se esconderam.

P: Hagrid chegou a casar e ter filhos?

[Ohmm na multidão] JKR: Ah, se Hagrid casou e teve filhos? Não. [ohhh de novo] Eu posso mudar isso imediatamente graças à cara de vocês. Sim! Ele teve 22! – Não, não, Hagrid nunca casou e teve filhos. Sinto muito. Realmente sinto. Estou me sentindo péssima agora. Vou escrever outro livro! [Ovação] Realisticamente, a quantidade de namoradas potenciais para Hagrid é extremamente limitada. Porque com os gigantes matando uns aos outros, o numero de gigantas a disposição é infinitesimal e ele conheceu uma das poucas, e eu receio que ela até achou que ele fosse fofo, mas ela é um pouco mais, como vou dizer isso, sofisticada do que Hagrid. Então não, que Deus o abençoe. [Ohmmm] Eu deixei ele vivo, vai! [Aplausos.]

P: O retrato de Severo Snape está no escritório de diretor?

JKR: Alguns perguntaram por que o retrato não apareceu imediatamente. E não apareceu mesmo. A razão é que a percepção do próprio castelo e de todos que estavam nele, porque Snape manteve seu segredo bem guardado, foi de que ele abandonou seu posto. Então todos os retratos que vocês vêem no escritório do diretor são os que morreram, como com a família real britânica. Você só fica registrado se morrer no cargo. Abdicar não é aceitável, particularmente se você se casar com um americano. Estou brincando! [Risadas] Estou divagando. Eu, porque pensei muito nisso, porque é importante pra mim, eu sei que o Harry teria insistido que o retrato de Snape ficasse na parede, bem ao lado do de Dumbledore. [Aplausos.] Agora se Harry iria voltar lá para falar com ele, eu acho, eu não tenho certeza se ele faria isso. Snape, eu fiquei em dúvida na semana depois de terminar o livro. AE eu fui a uma sala de bate-papo – não uma sala de bate-papo, o que eu estou dizendo? [risadas] Eu nunca vou a salas de bate-papo. Eu entrei num site de fãs, porque eu estava procurando perguntas para atualizar o meu próprio site, o que às vezes é muito difícil. E eu fiquei tão emocionada de ver que as pessoas nos fóruns ainda estavam discutindo sobre Snape. O livro já tinha saído e as pessoas ainda estavam discutindo se o Snape era um cara bom. Mas isso foi realmente maravilhoso pra mim, porque há uma pergunta ai: Snape era um cara bom ou não? Em muitas formas, ele realmente não era. Então eu não estive deliberadamente tentando levar as pessoas pelo caminho errado todo esse tempo, quando eu digo que ele é um bom homem. Porque embora ele tenha amado e ele amava profundamente e era muito corajoso, duas qualidades que eu admiro mais do que todas. Ele era amargo e vingatico… mas bem no fim, ele, como sua pergunta confirma, alcançou uma tipo de paz com o Harry e eu tentei mostrar isso no epílogo.