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Seção Granger: “O nome da estrela”, de Maureen Johnson

[borda1]http://conteudo.potterish.com/wp-content/ONomeDaEstrela_Borda1.jpg[meio]Na Seção Granger desta quarta-feira, 17, o nosso tradutor e estudante de Editoria, Renato Augusto Ritto, conversa sobre “O nome da estrela”, primeiro livro da trilogia “Sombras de Londres”, publicado pelo selo Fantástica da Editora Rocco no ano passado.

“Os diálogos são muito bem escritos e a história, apesar de não ser absolutamente original, é muito bem construída. Há muito da série ‘A Mediadora’, de Meg Cabot, e eu consegui prever o final, que não é o mais surpreendente de todos. Contudo, a habilidade narrativa da autora deixa tudo isso em segundo plano, tornando a leitura muito confortável: rápida, instigante e deliciosa.”

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“O nome da estrela”, de Maureen Johnson
Resenha crítica por Renato Augusto Ritto

Em “O nome da estrela”, a estadunidense Maureen Johnson introduz a trilogia “Sombras de Londres”, onde somos apresentados à Rory Deveraux, uma estudante de Bénouville, cidade fictícia situada em Louisiana, que acabou de se mudar para Londres. Logo no dia em que Rory chega para o primeiro ano no colégio interno de Wexford, acontece o primeiro do que tornar-se-ia uma série de assassinatos brutais remetidos a Jack, o Estripador.

Alguém está recriando crimes de mais de um século atrás, e é dessa forma que as ruas de Londres são tomadas de polvorosa pelos próximos passos de “Jack”. Não existem testemunhas, nem pistas. Entretanto, em um movimento perigoso numa noite em que não deveria estar fora da cama, Rory vê alguém suspeito. Agora, a jovem terá de se ambientar em um novo mundo e fugir de um criminoso sanguinário neste thriller fascinante.

Com certeza este foi um dos livros mais empolgantes que li neste ano. Eu já vinha ouvindo falar de Maureen Johnson há algum tempo – ela é muito amiga do John Green e chegou a gravar alguns vídeos para o canal dele no YouTube com o irmão, o VlogBrothers. Fiquei muito contente quando descobri que finalmente uma editora séria iria trazê-la para o Brasil e logo de cara me empolguei com a sinopse de “O Nome da Estrela”.

Os diálogos são muito bem escritos e a história, apesar de não ser absolutamente original, é muito bem construída. Há muito da série “A Mediadora”, de Meg Cabot, e eu consegui prever o final, que não é o mais surpreendente de todos. Contudo, a habilidade narrativa da autora deixa tudo isso em segundo plano, tornando a leitura muito confortável: rápida, instigante e deliciosa.

Embora este seja apenas o início de uma trilogia, a uma falta de desenvolvimento dos personagens acaba sendo um problema, e espero, de verdade, que a autora os explore melhor nos próximos livros. A ambientação, em contrapartida, é maravilhosa: me senti em Londres. Logo no início, já estava sentindo o cheiro de chá da tarde e de chuva, e tudo nas descrições me fez querer (ainda mais!) visitar essa cidade incrível.

Com certeza uma ótima escolha para quem gosta de romances policiais misturados com aquela pitada de romance.

390 páginas, Editora Rocco (Fantástica), publicado em 2015.
Título original: “The name of the star”.
Tradução: Larissa Helena.

Renato Augusto Ritto é tradutor do Potterish, estudou Letras e estuda, atualmente, Editoração, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo.