Seção Granger

Seção Granger: “O Ladrão de Destinos”, de Nanuka Andrade

Pela segunda vez consecutiva, Ana Luíza Constantino, bibliotecária e newsposter do Potterish, vem recomendar um livro a vocês pela Seção Granger. Desta vez, Ana fala sobre “O Ladrão de Destinos”, livro nacional de Nanuka Andrade voltado para o público infantil que foi publicado recentemente pelo selo #Irado da Editora Novo Conceito.

“A escrita é dinâmica e constrói uma personagem principal cativante. De forma simples e direta, Nanuka Andrade leva o leitor a um universo cheio de aventuras e também traz à tona sentimentos que jovens-adultos acabam por ‘ignorar’ quando atingem uma certa idade.”

Para ler a resenha crítica na íntegra, acesse a extensão do post.

“O Ladrão de Destinos”, de Nanuka Andrade
Resenha crítica por Ana Luíza Constantino

“O Ladrão de Destinos” narra a história de Mayumi, uma jovem descendente de japoneses e chineses que sofre de sonambulismo e descobre que, durante esses ataques de sonambulismo, sua alma tem o poder de sair de seu corpo e passear por aí. Porém, um dia, Mayumi acaba indo longe demais, chegando a um lugar controlado por um sujeito capaz de capturar o destino das pessoas.

“Voltar para casa depois de tudo o que presenciara naquele lugar foi como acordar no primeiro dia de aula depois de um longo período de férias.”

“O Ladrão de Destinos” tem uma narrativa um tanto vaga, especialmente na descrição dos detalhes físicos que constroem o cenário. A narrativa sempre se concentra muito mais nas situações enfrentadas pela personagem principal do que na construção do ambiente, na profundidade dos diálogos ou até mesmo na complexidade de alguns desses problemas enfrentados pela personagem. Entretanto, a escrita é dinâmica e constrói uma personagem principal cativante. De forma simples e direta, Nanuka Andrade leva o leitor a um universo cheio de aventuras e também traz à tona sentimentos que jovens-adultos acabam por “ignorar” quando atingem uma certa idade. Além de viver entre duas culturas por conta de sua ascendência, Mayumi ainda precisa lidar com o fato de que sua mãe está à espera de um segundo filho. Embora esse tópico não seja amplamente abordado, seja pela proposta do livro ou pela falta de “espaço” na história, ele se faz presente e é demonstrado juntamente com o bullying que a personagem sofre na escola.

Em suma, o livro é bom para o público-alvo ao qual se propõe – infantil -, mas infelizmente pode decepcionar outros leitores.

316 páginas, Editora Novo Conceito (#Irado), publicado em 2016.

Ana Luisa Constantino é formada em Biblioteconomia pela UNESP e newsposter no Potterish.