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Entre dois mundos: o livro e o cinema

Além de adaptar uma série de livros contemporâneos infanto-juvenis, Hollywood também está resgatando romances do passado para levar às telas. É o caso de John Carter, criado em 1912, que teve sua história refeita por Stuart Moore e publicada neste ano para os filmes.

[meio-2]A primeira resenha de Lucivânia Lima para o Potterish conta o que se espera da releitura de Moore e, consequentemente, do filme lançado neste ano. Confira o texto e deixe seu comentário!

“John Carter: Entre Dois Mundos”, de Stuart Moore

Entre dois mundos: o livro e o cinema Tempo: para ler de um tiro só no fim de semana
Entre dois mundos: o livro e o cinema Finalidade: para se divertir
Entre dois mundos: o livro e o cinema Restrição: para quem não gosta de pontos de vista alternativos
Entre dois mundos: o livro e o cinema Princípios ativos: alienígenas, teletransporte, luta e romance.

Entre dois mundos: o livro e o cinema

“Marte… É assim que vocês o
chamam e acham que o conhecem.
O planeta vermelho. Sem ar, sem
vida. Mas vocês não conhecem
Marte, pois seu nome verdadeiro é
Barsoom. E não é sem ar e nem é
morto.”

Entre dois mundos: o livro e o cinema

Iniciamos a história em 1885, com a narrativa de Edgar Rice Burroughs, sobrinho do capitão John Carter. Durante as primeiras páginas, o jovem nos descreve os dois estados de espírito do protagonista – ora apático, ora desesperado –, explica sua misteriosa morte e cria um grande mistério. Em seguida, iniciamos a leitura do manuscrito de John e, em um dado momento entre a sua deserção do exército da Carolina do Norte e a busca por uma grande fortuna em ouro, ele é transportado para Barsoom.

Já no novo mundo, vemos John se transformar de cárcere a herói, exibindo sua tendência natural à liderança. O livro é fácil de agradar, uma vez que, por um lado, traz cenas de ação e, por outro, passagens bem engraçadas. Não conhecemos as personagens a fundo, mas durante a leitura captamos sua essência, o suficiente para saber o que esperar de cada um. Ainda assim, espero sinceramente uma continuação que os explore melhor.

Esse, sem dúvida, é daqueles livros que podemos adivinhar o final, contudo, o percurso traçado até ele foi criativo e me agradou bastante. Embora não seja meu gênero preferido de literatura, certamente foi uma leitura proveitosa.

Um fato curioso observado foi que o nome do sobrinho de John Carter (Edgar Rice Burroughs) é o mesmo do criador da série de onze volumes protagonizados por John. E se você achou confuso, ainda não terminei: este volume é uma romantização do filme homônimo que está em cartaz nos cinemas e cujo roteiro foi uma adaptação do título “Uma Princesa de Marte”, de Burroughs.

Para quem está se inserindo no mundo literário, essa obra é uma boa opção; curto e com uma linguagem fácil, fará com que o leitor possa se distrair sem medo de não conseguir terminá-lo. É o primeiro título publicado pelo selo editorial Fantasy – Casa da Palavra, que se destina a obras de fantasia em geral. Caso o livro o agrade, não deixe de assistir “John Carter – Entre Dois Mundos” na telona.

Resenhado por Lucivânia Lima

158 páginas, Editora Casa da Palavra, 2012.
Título original: John Carter – the movie novelization.

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