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A Fábrica Fantástica

Willy Wonka, Charlie Bucket, umpa-lumpas… são nomes conhecidos para você, certo? Seja no filme que passava na sessão da tarde ou na versão de Tim Burton, “A Fantástica Fábrica de Chocolate” é o que podemos chamar de “clássico popular”.

No entanto, poucas pessoas leram o livro de Roald Dahl que deu origem às adaptações do cinema. Saiba mais sobre a obra na resenha de Gabriela Alkmin e deixe um comentário!

“A Fantástica Fábrica de Chocolate”, de Roald Dahl

A Fábrica Fantástica Tempo: para ler de um tiro só no final de semana
A Fábrica Fantástica Finalidade: para se emocionar
A Fábrica Fantástica Restrição: para quem não suporta melodrama
A Fábrica Fantástica Princípios ativos: chocolate, infância, família, vícios, virtudes.

A Fábrica Fantástica

Charlie Bucket é um menino muito pobre, que vive em uma pequena casa com seus avôs, José e Jorge, suas avós, Josefina e Jorgina, e seus pais, o Sr. e a Sra. Bucket. Como não tinham muito dinheiro, as refeições eram sempre as mesmas: pão com margarida no café da manhã, batata e repolho no almoço e sopa de repolho no jantar. Charlie, entretanto, gostava muito de chocolate e, por isso, ansiava pelo seu aniversário, quando ganhava, de presente, uma barrinha de chocolate.

 

A Fábrica Fantástica

Para piorar a situação do menino, ele morava perto de uma enorme fábrica de chocolate – lá não entrava nem saía ninguém, apenas o cheiro delicioso do doce, o que era uma tentação para Charlie. O dono da fábrica, o Sr. Willy Wonka, era responsável pelas invenções mais fantásticas, como sorvetes que não derretiam mesmo no sol, mas, embora ele continuasse criando seus doces, ninguém o via há anos. Por isso, foi uma grande surpresa quando ele anunciou que presentearia cinco crianças e seus acompanhantes com uma visita à fábrica no primeiro dia de fevereiro – desde que encontrassem um dos cupons dourados escondidos em chocolates no mundo inteiro.

A primeira criança a achar o cupom foi Augusto Gulpe, um menino guloso que comia muitos chocolates por dia. Depois os sortudos foram Veroca Sal, uma menina muito mimada a quem o pai sempre obedecia, Miguel Tevel, um menino que passava o dia todo em frente à televisão, e Violeta Chataclete, uma menina viciada em mascar chicletes. O pobre Charlie sabia que teria poucas chances de ganhar quando abriu seu chocolate no aniversário – não poderia adivinhar, entretanto, que, quase por milagre, encontraria o cupom no último dia antes da visita à fábrica.

Acompanhado do avô José, das quatro crianças mal-educadas e dos pais delas, Charlie consegue visitar a fábrica, guiado pelo próprio Willy Wonka. O dia é mágico e surpreendente, incluindo invenções loucas, como o chiclete-refeição, e lugares fantásticos, como o delicioso rio de chocolate. Além disso, eles conhecem os umpa-lumpas, os pequenos trabalhadores da fábrica, que marcam as passagens do livro com suas músicas, que, além de engraçadas, criticam os maus hábitos dos visitantes.

Em uma linguagem fácil, Dahl nos apresenta uma história simples, mas mágica. É muito difícil não se emocionar com Charlie e sua família, não lamentar sua pobreza nem vibrar com a descoberta do cupom dourado. A leitura flui tranquilamente, sendo concluída em poucas – e deliciosas – horas. O único problema do livro, aliás, é que, com todas aquelas guloseimas, ele vai te deixar com água na boca!

Resenhado por Gabriela Alkmin

158 páginas, Editora Martins Fontes, publicado em 2008.

*Título original: Charlie and the Chocolate Factory. Publicado originalmente em 1964.