As Relíquias da Morte ︎◆ Filmes e peças ︎◆ Parte 1

Yates fala sobre trio, HP7 e adaptação de Beedle, o Bardo

O Facebook de Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1 divulgou uma entrevista com o diretor do novo longametragem, David Yates, com perguntas enviadas por fãs. O britânico comenta sobre trabalhar com o trio, os filmes ficarem cada vez mais sombrios, a cena mais desafiadora durante as filmagens, e sobre uma adaptação de Os Contos de Beedle, o Bardo.

Há alguma possibilidade de uma adaptação para filme d”Os contos de Beedle , o Bardo”?
Oh, uau, esta é uma grande ideia. Eu acho que essa é uma ideia realmente fantástica. Acho que a Jo teria que dar sua benção para isso, e tenho certeza que isso tem sido discutido ou concebido como uma grande ideia dentro de estúdio. Honestamente, estou concentrado em terminar a parte 2 e então em ter um descanso. Portanto eu tenho que me ver livre dessas coisas se bruxaria por um tempo porque tenho feito isso por cinco anos e meio, portanto provavelmente vou procurar algo completamente diferente para fazer logo após.

A tradução da entrevista na íntegra você encontra em notícia completa!

DAVID YATES
David Yates Responde a Perguntas dos Fãs no Facebook

Facebook
19 de novembro de 2010
Tradução: Priscila Gonçalves

Algumas semanas atrás, nós pedimos que vocês mandassem suas perguntas para o diretor de Harry Potter e as Relíquias da Morte- Parte 1, David Yates. Nós recebemos tantas ótimas perguntas, e David foi gentil o suficiente para dedicar seu tempo respondendo algumas delas abaixo. Leia-as para saber sobre a experiência de David trabalhando com Dan, Rupert e Emma, os filmes ficando mais sombrios, a cena que ele achou mais desafiadora de filmar no filme que está por vir e o que ele mais gosta sobre trabalhar em Potter.

Do Facebook da fã Landon Manias: Senhor Yates, você tem sido extremamente fundamental para a franquia do filme. Quando começou dirigindo “A Ordem da Fênix, você imaginou que fosse continuar sendo o diretor a terminar e completar a franquia?
Nunca. Foi uma oportunidade maravilhosa só de ser chamado para vir e fazer um filme de Harry Potter. Eu amei o que Alfonso Cuarón tinha feito com Azkaban, e o filme de Mike Newell foi tão generoso, e, é claro, Chris construiu todo aquele mundo com os dois primeiros filmes, então foi realmente uma oportunidade incrível e emocionante para mim, e eu pensei que estaria lá apenas para um filme. Mas, curiosamente, quando eu estava começando a editar o filme, me divertia tanto filmando e fazendo ele, que costumava brincar com meu editor, Mark Day, e dizer “Não seria maravilhoso se nós fizéssemos mais um?”. E então eu dizia, “Não seria maravilhoso se nós terminássemos os últimos três?”. Porque naquela época teria apenas mais três filmes. E a gente costumava brincar e zoar sobre isso. E eu estava terminando Harry Potter 5 quando os caras me perguntaram se eu estava interessado em fazer O Enigma do Príncipe, daí isso meio que rolou… então eu nunca mesmo antecipei que ficaria.

Da usuária do Twitter @KatieHagueee: Para esse último filme, quão perto do livro você acha que ficou? E você teve que cortar alguma coisa importante do filme?
Nós queríamos que esse filme tivesse o máximo possível – essa é a razão pela qual nós o dividimos em duas partes. Eu diria que não há nada de significante que nós tiramos. Fomos muito, muito cuidadosos para tentar e sermos os mais fiéis possíveis. Nós adicionamos algumas coisas, na verdade, que estavam no espírito do livro e que registramos no livro, mas não como um tipo de história de primeiro plano. No livro, Hermione fala de apagar a memória de seus pais, e é uma história tão bonita e assustadora no livro que você sentia, “Oh Deus, nós deveríamos ver isso… nós deveríamos ver como foi isso.” E todas as maravilhosas tensões emocionais entre Harry e Hermione no livro, nós pensamos que tentaríamos expressar em uma cena de Harry e Hermione dançando no filme, mas havia apenas um tipo de essência de todos os momentos românticos do livro que nós meio que derramamos naquela única cena.

Do Facebook do fã Brandon Allan Locke: Como foi trabalhar com Daniel, Rupert e Emma?
É tão delicioso. Todos os momentos. E eu tenho trabalhado com eles por 5 anos efetivamente, então é bastante tempo vendo as mesmas pessoas todo o tempo. Dan tem essa energia marcante e entusiasmo e paixão pelo trabalho e pelas pessoas que trabalham com ele – é sempre admirável. Emma é brilhante e engraçada, consciente, e sempre questiona de uma boa maneira, e eu encorajo isso. E Rupert não mudou muito. Ele está sempre calmo. E é provavelmente a pessoa mais legal que eu conheço porque ele tem a sua própria maneira de fazer as coisas… seus próprios ritmos. Ele é um jovem muito impressionante. Por isso, nunca foi só agradável. Sempre foi uma alegria. E conforme nós nos movemos em direção ao final, se torna mais emocionalmente significante, porque é isso. Eles vão fazer seus últimos dois filmes agora. Essa é a ultima vez que eles vão interpretar esses personagens. Então, de qualquer forma, tudo se tornou mais emocionante em direção ao fim.

Do usuário do Twitter @deepestdespairs: Qual foi a cena mais difícil de filmar em Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1?
A cena mais difícil em Relíquias da Morte: Parte 1 é uma grande seqüência de perseguição no começo do filme, em que eu trabalhei com outro colega que tenho desde quando faço esses filmes – um amigo chamado Stephen Woolfenden. Ele é o segundo diretor de unidade, e é um homem extraordinário. Ele pega todas as partes complicadas de ação que precisam ser filmadas, e muito mais. É como se fosse meu braço direito, basicamente. E aquela seqüência levou meses e meses para ser filmada, e tivemos que ir no cenário externo dos túneis de Liverpool à noite com dúzias e dúzias de carros e motoristas dublês, e houve vários dias em plataformas dentro do estúdio. E isso foi difícil porque foi complicado. E Stephen deu uma mão em muito disso. Nós trabalhamos muito intimamente juntos e eu confio nele cegamente, e ele é uma importante peça fiel de toda equipe criativa que trabalha com e por trás de mim. Então eu acho que essa cena foi provavelmente a mais complicada.

Do Facebook do fã Erin Hancock: Esse filme será mais sombrio e intenso que o sexto?
Eu acho que é, na verdade. E eles continuam ficando cada vez mais sombrios. Eu acho que a audiência gosta de intensidade. O que o faz se tornar sombrio é que estamos longe de Hogwarts, e Hogwarts é um lindo lugar de familiaridade e conforto, mesmo sendo grande, coisas ruins acontecem lá. Aqueles muros que a rodeiam fazem você se sentir seguro de certa forma. Por estarmos longe de Hogwarts nesse filme é que ele tem uma tonalidade muito diferente. É muito emocionante e libertador por ser tão tenso, e eu acho que a audiência gosta da tensão, coisas sombrias, porque isso faz parte da vida de certa forma e eles respeitam e curtem isso por fazer parte do processo de contar histórias.

Do Facebook do fã Omar Dyette: Foi mais desafiador filmar no cenário externo do que em Hogwarts?
Não, foi demais. Foi muito bom estar fora. Ir para o cenário externo com a equipe é uma aventura e tanto. E isso ajuda todo mundo. Clareia a mente. Quando você passa muito tempo no estúdio, os ritmos ficam um pouco monótonos, e é importante às vezes quebrar essa monotonia, então nós amamos estar ao ar livre. Foi muito saudável e bom.

Do Facebook do fã Nur Dinah Syafiqah: Qual foi a parte mais agradável e memorável ao longo de todo o processo de filmagem do filme?
É principalmente trabalhar com as pessoas que você trabalha – você se diverte muito. Sets de filmagem às vezes podem ser lugares de grande tensão e política porque filmes custam tanto dinheiro para fazer, e todo mundo fica desesperado para que tudo saia bem. Não é sempre que isso traz o melhor das pessoas. Com Harry Potter, é completamente o oposto disso – de fato traz o melhor das pessoas. Porque a série é bem sucedida, o estúdio se sente seguro, nós nos sentimos seguros, nos damos bem com nosso trabalho, e todos nós vamos para o trabalho querendo dar o melhor. Se você é um ator, trabalha com o figurino ou cuida dos efeitos visuais, você está trabalhando em Harry Potter, então você junta tudo, e consequentemente, há uma vibe muito boa e isso significa que você cria relacionamentos e os constrói, e você se diverte muito enquanto faz esses filmes. E meio que eu sinto falta dessa energia. É como uma grande família. É algo que você ficará triste de deixar ir embora.

Do Facebook do fã Vito Scocozzo IV: Se você pudesse escolher algum objeto do filme para ter, qual seria?
Bem, eu tenho alguns objetos do filme, que foram presentes. Eu não os roubei. Eu estava pensando em encher minha maleta com eles e deixar lá por segurança, mas fiquei preocupado em ser pego, e isso não seria uma boa manchete. Eu ganhei o livro “Os Contos de Beedle, o Bardo”, que é o livro que Hermione lê em “Relíquias da Morte”, que ela ganhou de Dumbledore, e também tenho o símbolo das Relíquias da Morte. Também tenho uma varinha. O departamento de objetos é maravilhoso em Harry Potter. Há um cara lá chamado Peter Dorme, que trabalha com Stuart Craig e Stephanie McMillan, e perto do final das gravações, eles me presentearam com uma varinha, que eu posso usar no meu próximo filme, é claro. Essas são as coisas que eu estou levando embora… legitimamente.

Do Facebook do fã Jorel Andrew Flauta: Há alguma possibilidade de uma adaptação para filme d”Os contos de Beedle , o Bardo”?
Oh, uau, esta é uma grande idéia. Eu acho que essa é uma ideia realmente fantástica. Acho que a Jo teria que dar sua benção para isso, e tenho certeza que isso tem sido discutido ou concebido como uma grande idéia dentro de estúdio. Honestamente, estou concentrado em terminar a parte 2 e enfim ter um descanso. Então tenho que me ver livre dessas coisas de bruxaria por um tempo porque tenho feito isso por cinco anos e meio, portanto provavelmente vou procurar algo completamente diferente para fazer logo após.

Do Facebook do fã Shane Christopher Kivell: David – como você se sente em relação ao término dessa mega série, e o que você vai tirar desses filmes para futuros filmes que você vai dirigir?
Bem, eu sempre vou tentar ter a vibe que nós temos, que é remover o máximo de medo possível do processo. Você encoraja e tenta e inspira as pessoas a trazer o melhor delas. Esse é o tipo de caráter de fazer esses filmes – eles permitem as pessoas serem o que são. E as experiências com efeitos visuais. Eu aprendi tanto sobre efeitos visuais. Quando comecei esses filmes com “A Ordem da Fênix”, eu nunca tinha feito uma película de efeitos visuais. E agora eu fiz umas quatro dessas. Aprendi muito e me sinto muito confortável em relação à circulação de como você apresenta os efeitos visuais e como você entrega e os recebe. Então é isso que provavelmente vou levar comigo. E algumas memórias maravilhosas das pessoas e de fazer parte de toda essa coisa incrível.