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Tom Felton fala sobre Jason Isaacs e Ralph Fiennes

O ator Tom Felton concedeu uma entrevista, na qual falou sobre trabalhar com atores consagrados como Ralph Fiennes e Jason Isaacs, sobre a própria experiência de ter dado vida ao intragável Draco Malfoy e sobre sua vida depois de filmar o último filme da franquia.

[meio-2]Ao falar sobre o trabalho de Jason Isaacs nos filmes, Tom afirma:

“Jason interpreta um cara malvado tão maravilhosamente bem.” Tom ri. “Ele é perfeito como vilão. Mas é assustador como ele tem a capacidade de estar te contando uma história sobre o showbiz em um minuto e assim que dizem ‘gravando’ ele se transforma instantaneamente nesse cara horrível, que aperta minha orelha e faz todo tipo de coisas sádicas”.

Felton fala também sobre Ralph Fiennes e o contraste de seu personagem com sua real personalidade:

“Eu gosto de ver essas pessoas incrivelmente simpáticas se transformarem em personagens realmente horríveis.” Ele acrescenta: “Ralph Fiennes é o pior. É revelador atuar ao lado dele, porque ele tem uma alma tão gentil, é muito calmo e calculista em suas conversas, mas então ele instantaneamente se transforma nessa criatura sádica e desagradável no momento em que começamos a filmar”.

Sobre interpretar o vilão Draco Malfoy, o ator diz:

“Eu não sei quais qualidades eu demonstrei que fizeram com que eles pensassem que eu poderia interpreter essa criança diabólica, mas eu sou muito grato por eles terem me escolhido para interpretar o vilão ao invés do mocinho.” Ele ri. “Eu sentia prazer no fato que eu podia desabafar minhas frustrações do dia-a-dia através dessa criança tipo Hitler; Era na verdade muito terapêutico e divertido”.

Por fim, Tom fala sobre sua vida após Harry Potter:

“Eu vou finalmente poder abandonar o cabelo loiro! Pintar meu cabelo de loiro e parecer geralmente como uma completa aberração se tornou bem tedioso.” Ele admite suspirando. “Foi a mesma coisa com as férias. Não poder sair ao sol, para que a minha pele permanecesse pálida, se tornou muito chato. Ao invés de poder sentar na praia eu tinha que sentar debaixo de um guarda sol sempre que eu saía de férias. Então, para mim, a melhor coisa sobre esse fim é a oportunidade de finalmente sair de férias e, pela primeira vez, poder nadar no mar, debaixo do sol”.

A tradução da entrevista completa se encontra na extensão.

Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte:1 estréia no dia 19 de novembro. Fique ligado no Ish para mais informações.

HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE
Relíquias e Adeuses, já que Harry Potter começa a terminar

By Des Sampson
28 de outubro de 2010
Tradução: Antônio Kleber

O fim está próximo para Harry Potter, com Relíquias da Morte – o ato final da mais lucrativa franquia ‘livro-para-filme’ na história – escalado para nos desnortear.
Mas, como você esperaria das sobrenaturais seis últimas partes, a Saga de Hogwarts de J. K. Rowling desbobra-se tão espetacular quanto quando começou, com confronto bons e ruins em um duelo mortal.

De forma a capturar a magnitude da guinada da agitação desde a morte de Dumbledore em Enigma do Príncipe, incluindo a ascensão de Lord Voldemort ao poder, a a dominação sinistra do Ministério da Magia, o épico de Rowling foi dividido em dois filmes.

O primeiro segue Harry em sua jornada, juntamente com seus companheiros, Hermione and Rony, para destruir as Horcruxes restantes – as relíquias onde Voldemort secretamente escondeu pedaços remanescentes de sua alma.
O segundo culmina numa cataclísmica batalha ‘mate-ou-morra’ entre Harry e Voldemort para de uma vez por todas finalizar seu reinado de terror.

“Nós todos estávamos cientes que essa grande avalanche estava alcançando o fim de sua jornada, então queríamos dar a ela e aos personagens o destino que eles mereciam,” diz o produtor David Heyman, descrevendo a razão para a divisão.
“A única forma de fazê-lo e preservar a integridade do trabalho era, sentimos, tendo duas partes porque Relíquias da Morte é tão rico, a história é tão densa e há tanto que é resolvido.”

Daniel Radcliffe fez campanha desde o início para que a história fosse dividida em dois filmes. Diferentemente dos dois livros anteriores, que tinham enredos secundários paralelos que poderiam ser omitidos, Relíquias da Morte tinha pouco o que deixar pra trás, diz Radcliffe.

“São apenas os três na estrada, e é isso ao qual você está dando atenção, é onde tudo acontece. Então há bem pouco que você possa cortar sem alterar a história,” diz ele.

“Não havia forma que você pudesse fazer justiça ao livro e realmente capturar a história em um filme, a não ser que fosse feito um filme de seis horas, longo.”
“E enquanto sei que existem alguns fãs que ficariam felizes com um filme de Harry Potter de seis horas, não queríamos fazer um filme apenas para os grande fãs dos livros, mas também para outras pessoas, aqueles que vão regularmente aos cinemas, que talvez não os tivessem lido. Então era essencial que o fizéssemos saboroso meio que para todos, enquanto enquanto que fosse ainda fiel ao livro, e pra que isso fosse feito, teriam que ser dois filmes.”

Similarmente, para assegurar a continuidade cinematográfica, o diretor David Yates – que anteriormente encabeçou Enigma do Príncipe e Ordem da Fênix – foi relistado para ambas as partes de Relíquias da Morte. Essa decisão tornou-se um salva-vidas durante as filmagens, diz Matt Lewis, que interpreta Neville Longbottom.

“Não somente foi uma filmagem bem longa, foi também complicado de uma ponta à outra, nós filmamos simultaneamente, como em O Senhor dos Anéis, então ficou tudo muito confuso. Se não tivéssemos uma equipe tão boa e David nos dirigindo, tudo poderia ter saído do controle, já que o cronograma no último ano foi louco. Eu literalmente não sei a qual filme pertence cada cena, ou como elas se encaixam. Mas todos nos empenhamos porque é o último e todos queríamos tão memorável e épico quanto fosse possível.”

Condizente ao final da maior série cinematográfica de todos os tempos, os efeitos especiais, as batalhas e a narrativa foram todas ampliadas, com uma atenção crescente a Lord Voldemort, seus capangas e os nefastos Comensais da Morte. É uma mudança com a qual o bad boy Tom Felton, que interpreta Draco Malfoy, se deleitou.

“Foi ótimo ter uma oportunidade em que realmente cravássemos os dentes em algo e em nós mesmos,” ele diz, sorrindo. “Isso adiciona uma reviravolta ao meu personagem que eu gostei completamente.”

“É sempre muito apelativo interpretar um vilão,” admite Helena Bonham-Carter, reprisando seu papel como Bellatriz Lestrange. “É tão divertido ser uma tirana, antipática a todos. Eu me comprazia com isso, em ser uma garota com um desenvolvimento estagnado ordenando todos ao seu redor.”

“Ela realmente se diverte fazendo a parte dela,” ri Lewis, relembrando uma cena que dividiu com ela em Ordem da Fênix.

“Ela me prendia e lembro que ela virou para o diretor e disse; ‘Não seria bem apropriado – e sinistro se ela começasse a realmente apreciar torturá-lo?’ Então ela começou a brincar com sua varinha , antes de me agulhar com a ponta dela, provocando. Havia várias explosões acontecendo ao nosso redor e de alguma forma subitamente a varinha veio bem no meu ouvido, por centrímetros! Na verdade ela rompeu meu tímpano e doeu como no inferno – não pude ouvir nada por uma semana – mas ficou ótimo na câmera!”

Há momentos igualmente sinistros e desagradáveis com Alan Rickman em Relíquias da Morte, como Severo Snape, em seu melhor sarcasmo, e Jason Isaacs pior do que nunca, como o pai de Draco, Lúcio Malfoy.

“Jason interpreta um sádico cruel tão perfeitamente bem,” ri-se Felton. “Ele é perfeito como vilão. Mas é assustador como ele tem a habilidade de te contar uma história do showbiz em um minuot e no outro, quando dizem ‘gravando’ ele se agarra ao seu bastardo cruel, que segura minha orelha e faz todo o tipo de coisas perversas.

“Eu me divirto vendo essas pessoas incrivelmente amigáveis se transformando nesses personagens horrendos,” ele completa provocando. “Ralph Fiennes é o pior: é uma experiência esclarecedora atuar ao lado dele, porque ele tem uma personalidade tão amável, bem calmo e comedido quando conversa, mas então instantaneamente ele se torna esta criatura perversa, repugnante a partir do momento que começamos a filmar.”

Felton admite que, apesar de ter originalmente tentando ambos os papéis de Harry Potter e Ron Weasley, está feliz por ter, então, sido escolhido para Draco Malfoy.
“Não sei que qualidades eu trouxera que os fez pensar que eu poderia interpretar essa criança diabólica, mas estou bem contente por terem me escolhido para o papel do cara malvado ao invés do bonzinho,” ele sorri. “Fico imensamente feliz pelo fato de que eu poderia desabafar minhas frustrações diárias nessa criança à lá Hitler; na verdade era bem terapêutico e divertido.”

Embora ele tenha gostado de seu papel, interpretar o insidioso, demoníaco Draco, Felton admite que houve pontos baixos: a saber, pessoas que o interpretavam erroneamente, falando do ator como se falasse do personagem.

“Sim, muita gente faz força pra perceber que não sou meu personagem. Elas geralmente ficam surpresas quando me encontram e percebem que sou um cara legal, não um imbecil,” ele ri. “Quanto às crianças, não posso apertar suas mãos, por carinho, não dinheiro, porque elas geralmente ficam aterrorizadas e não querem chegar nem perto de mim! É como se eu tentasse seduzi-las para o lado negro!”
Apesar dos equívocos, Felton admite que estar envolvido do começo ao fim com Harry Potter foi uma experiência que mudou sua vida, com experiências felizes demais para se escolher apenas uma. Mas agora que a jornada se aproxima de sua conclusão, ele admite que tem sentimentos agridoces.

“Ficarei triste por deixá-lo para trás, porque isso tem sido uma parte tão grande da minha vida; foi realmente uma jornada mágica, que eu gostei enormemente,” ele diz. “Só espero que façamos justiça com esses dois últimos filmes, porque é tudo o que realmente queremos.”

“Mas, por outro lado, estou bem aliviado por ter acabado porque toda a minha infância foi gasta fazendo isso. Eu mal posso esperar pra finalmente adentrar em algo novo.”

“Além do mais, eu posso finalmente deixar o cabelo loiro pra trás! Descolorir meu cabelo até o loiro e normalmente parecer uma aberração completa se tornou bem tedioso,” ele admite, suspirando. “Era o mesmo com os feriados: não poder tomar sol, para que minha pele permanecesse pálida se tornou um martírio. Ao onvés de poder sentar na praia eu tinha que sentar debaixo dos guarda-sóis, onde quer que eu fosse de férias. Então, pra mim, o melhor sobre esse final é a oportunidade de finalmente tirar férias e poder nadar no mar, tomar sol,” ele brinca, vertendo alguma luz por trás da escuridão de sua jornada em Harry Potter.