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[Atualizado] Daniel Radcliffe em entrevista sobre Relíquias da Morte

Daniel Radcliffe concedeu entrevista a alguns fã-sites internacionais falando excluvisamente sobre seu trabalho na franquia Harry Potter. Daniel respondeu a perguntas sobre Relíquias da Morte parte 1 e 2 mas, agora, só foram publicadas as referentes à parte 1.

[meio-2]Inicialmente, o ator é indagado acerca de sua atuação na cena dos Sete Potter, na qual ele tem que imitar o jeito dos outros seis personagens; para ele, Andy, que atua como Mundungo Fletcher, foi muito fácil, mas Rupert, que tem um andar bem peculiar, foi bem mais difícil. Com as garotas da mesma forma. Para ele foi fantástico.

Os entrevistadores, então, perguntam sobre o ponto de divisão dos dois filmes, em que uma revista online havia anunciado que seria com Voldemort tomando posse da Varinha das Varinhas. Daniel falou que, honestamente, não sabia aonde seria dividido exatamente, mas é uma das possíveis partes.

De forma descontraída, ele diz que seu corte de cabelo favorito foi o que usou no terceiro filme e que está usando neste. Perguntam-no sobre qual seria sua reação se resolvessem fazer Harry Potter: O  Musical. Ele responde:

“Minha reação seria bem negativa. Harry Potter é um livro que transformamos em filme, sabe? Quero dizer, uma peça na rádio poderia funcionar. Não sei se ficaria bom como musical. Estou pronto para que provem que estou errado, mas acho que é um pouco demais. Na minha opinião, não é o tipo de filme que se pode fazer boa música.”

É colocada a situação de que pessoas que não leram o livro encarariam Dumbledore como vilão até o lançamento da Parte 2 devido ao livro de Rita Skeeter; Dan diz que espera que sim, que esta é a intenção. Ao final do filme estas pessoas se perguntarão: “bem, qual é o plano de Dumbledore?”.

Finalmente:

“Se você pudesse escolher fazer a jornada de Harry na vida real, você faria? Por que?
Dan:
Acho que faria se tivesse as mesmas responsabilidades que Harry. Gosto de pensar que seria tão altruísta e corajoso como ele foi. Acho que todos gostamos de pensar isso. E reconhecer a importância do que ele teve que fazer pelo bem de todas aquelas pessoas que ele ama e as pessoas…”

Traduções por Isadora Moraes. Obrigado ao SnitchSeeker pela liberação de trechos da entrevista. Continue ligado no Ish.

Atualização: Confira a tradução da entrevista na íntegra em notícia completa.

DANIEL RADCLIFFE
Daniel Radcliffe entrevistado pelos fã-sites

Mugglenet
25 de outubro de 2010
Tradução: Bruna Coden

Pergunta: Como foi atuar como os outros personagens para a cena dos Sete Potters?
Dan: Foi… bizarro. Alguns foram mais fáceis do que outros para personificar. O ator Andy, que faz o Mundungo, foi meio que o mais fácil, porque ele tem um jeito [corta] para imitar. Mas Rupert foi muito, muito difícil, porque Rupert tem – o seu caminhar. Isso não é notável, mas se você analisar, Rupert tem um verdadeiro rebolado em seus quadris quando ele caminha. Então ele foi um dos mais complicados, mas foi muito divertido. Eu acho que será muito engraçada – uma cena muito divertida, também, porque normalmente, se você nota que utilizam telas divididas em filmes, geralmente se consegue ver a junção [de ambas], onde um ator está fazendo dois personagens na tela ao mesmo tempo. Eles não cruzam o espaço um do outro. Nessa cena, a maneira que foi feita foi muito, muito engenhosa e incrível, então nós pudemos ter tudo sobreposto. E, você sabe, é um sonho de ator ter sete de mim na tela ao mesmo tempo. É fantástico!

Pergunta: E como foi fazer a Hermione?
Dan: Foi divertido. [Fazer] as meninas foi muito, muito divertido. Eu acho que a equipe estava ligeiramente preocupada com o fato de eu estar andando por aí confiante demais naqueles saltos da Fleur. Mas, foi muito divertido.

Pergunta: Entertainment Weekly anunciou o ponto de divisão para Relíquias da Morte, onde Voldemort se apossa da Varinha das Varinhas, vinda da tumba de Dumbledore. Eu queria saber por quanto tempo você soube sobre esse ponto de divisão, por que ele foi escolhido e qual é a sua opinião sobre essa cena ter sido selecionada.
Dan: Bom, para ser honesto com você, Entertainment Weekly foi um pouco precipitada, porque nós não sabemos realmente onde a divisão será. Na verdade, eu não ouvi falar dessa opção como um dos lugares que talvez seja. Parece-me, sabe, uma opção que seria muito apropriada e um momento muito bom, com suspense. No momento, é meio que – por aí – meio que algumas cenas de diferença do lugar onde poderia ser. Eu não direi onde pode ser ainda, no caso de me provarem muito, muito errado. Odeio desapontar você nessa.

Pergunta: Havia um forte boato que poderia ser logo antes da Mansão Malfoy. Há alguma verdade nisso, sem ter que dizer demais?
Dan: Há [alguma verdade], mas poderia ser dez cenas antes, ou dez cenas depois. Nós sinceramente não sabemos no momento.

Pergunta: Em qual filme você acha que parece melhor?
Dan: Eu diria que ou no terceiro filme, ou no último. Acho que esses são os dois nos quais nós conseguimos acertar mais no cabelo. E, para ser honesto, o momento onde mais gosto do meu visual é quando eu estou coberto de sangue e suor. Eu acho que é onde eu pareço melhor. Obviamente, é difícil alcançar esse visual em todos os dias da sua vida, mas é certamente onde eu pareço mais forte. E eu acho que esse tipo de cena te auxilia de um modo estranho – ajuda você a personificar e entrar na cena, estando coberto por essas coisas todas. Auxilia muito, na verdade, em termos de ajuda no desempenho.

Pergunta: Alguns de nós estamos procurando por outras interpretações – e Infinitus [um simpósio de Harry Potter] recém saiu – e havia alguns grandes filmes de fãs e musicais etcetera. Qual seria a sua reação – sabe, quando os filmes estiverem acabados – em fazer algo tipo Harry Potter: O Musical no palco?
Dan: Minha resposta seria bem negativa [para isso]. Eu acho que, sabe, Harry Potter… – há livros, e há filmes – e, quer dizer, hey, uma peça de rádio poderia funcionar. Eu não sei como seria feito como um musical. Prontifico-me a ser provado errado. Mas, eu acho que é um acerto difícil, e em minha opinião, não é o tipo de filme que daria um bom musical. Eu não acho que ele serve para esse tipo de coisa, e eu acho que seria muito de difícil atingir fama. O que estou tentando dizer aqui? Basicamente, se é para ser perfeitamente honesto, eu apenas não acho que funcionaria e eu não seria um grande fã dessa idéia.

Pergunta: Qual foi a coisa mais desafiadora para filmar em termos físicos, e a mais desafiadora emocionalmente?
Dan: De todos, ou no sétimo?

Pergunta: Eu diria que o sétimo. O mais fresco.
Dan: Fisicamente? Bem, coisas debaixo d’água são sempre bem engenhosas, e nesse caso, foi particularmente engenhoso – há uma grande cena de luta, e eu entro em um lago congelado para pegar o relicário, e a Horcrux está lutando pela sua existência e tentando me matar. Será, com sorte, [uma cena] aterrorizante e meio que uma semi-homenagem para A Profecia [em tradução livre], onde eu sou arrastado contra esse pedaço de gelo, e meio que girado pelo relicário. Essa [parte] foi bem desafiante. Além dessa… No banco Gringotes. O cofre dos Lestrange, onde todo o tesouro está se multiplicando e multiplicando. Aquilo foi muito difícil por causa da maneira em que fizemos – nós tínhamos plataformas que se moviam no estúdio. Então, ao que o tesouro se multiplicava, as plataformas se moviam e nós tínhamos que nos esforçar para chegar à outra, e à outra. E, é, eu acho que os músculos da minha panturrilha nunca trabalharam tanto. Então essa foi uma cena fisicamente desafiante.
Emocionalmente? Todas as coisas no começo do filme. Na primeira parte, com Rupert. Quer dizer, é muito difícil – como você bem sabe – odiar Rupert Grint em termos de desempenho. Então isso foi um desafio. Mas, eu espero, algumas cenas muito boas saíram disso. Também todas as cenas em Godric’s Hollow, onde Harry vê os túmulos dos seus pais. Elas foram, obviamente, grandes momentos emocionais. E Harry sendo uma pessoa tão endurecida pela baralha – quase uma pessoa insensível nesse ponto. Lidar com emoções que ele não sabe como mostrar porque ele [inaudível] emoções por tanto tempo, e é dessa maneira que ele conseguiu sobreviver. Ele mantém sua sanidade ignorando, em boa parte do tempo, o seu passado trágico e como ele se sente com relação a isso. Então, combinar sofrimento com os momentos estóicos foi um desafio, mas um que eu aproveitei a fundo.

Pergunta: Como foi filmar a cena com Helena Bonham Carter fazendo Hermione como Belatriz?
Dan: Foi muito, muito divertido. Foi, na verdade, uma das minhas cenas favoritas no filme. Estávamos todos nós – Warwick Davis, eu, Helena e Rupert – no carrinho andando por Gringotes. Porque Helena e Warwick são histericamente engraçados. Ambos. E, quer dizer, eu me tornei, basicamente, o assistente pessoal de Helena Bonham Carter nesse filme. Eu ficava lá, parado, e ia todo: Helena, você vai segurar esse café? Quer o café na filmagem ou você quer que eu o mova para algum lugar para você? Essa é a coisa do personagem que você está fazendo agora? Ela é louca, e incrível, e maravilhosa, e tudo o que eu amo no povo Inglês. Então foi muito divertido. Quando ela se transforma de volta em Emma Watson também foi hilário. No carrinho, eu, Emma e Rupert estávamos todos encharcados. Foi muito divertido e legal. Mas, sim, a Hermione da Helena é muito engraçada. Ou a Helena da Hermione, quer dizer. É tudo muito confuso nesse filme.

Pergunta: A Helena teve que ser um pouco mais conservadora?
Dan: Sim, sim, certamente. Ela teve que ser um pouco mais conservadora do que ela seria normalmente como Belatriz.

Pergunta: Ouvimos falar que a parte 1 será mais como um filme de estrada, e mais diferente do que os outros filmes de Harry Potter. Foi uma experiência diferente atuar como um Harry diferente?
Dan: Absolutamente, é um filme muito diferente. De uma maneira bizarra. Engraçado, não acho que estávamos cientes do quão diferente era enquanto filmávamos. Na época, nós apenas fazíamos cenas como faríamos qualquer outra cena. Não estávamos realmente pensando em como seria diferente. Mas, então, vimos, por exemplo, o trailer, e umas partes dos extras, e me atingiu o quão diferente vai ser, porque nós nunca antes vimos esses personagens nesse complexo diferente. Eu acho que é uma dessas coisas que torna o primeiro filme tão excitante. Você vê os personagens livres dos seus ambientes confortáveis e seguros, e de repente juntos na loucura lá fora. O primeiro [filme] está sendo descrito como um filme “de estrada” porque eles estão tão expostos, e é uma situação tão diferente, você aprende muito mais sobre como aqueles personagens funcionam n’aquela situação, e é uma grande exploração do relacionamento entre eles. E as falhas em suas personalidades. Particularmente Harry e Rony– quer dizer, Hermione como sempre a voz da razão – mas Harry e Rony meio que se despedaçam. Então, é, [o filme] tem uma sensação inovadora, e eu acho que, com sorte, as pessoas ficarão muito emocionadas por isso.

Pergunta: Para as pessoas que não leram os livros, você acha que a reação dos fãs vai mudar – com relação à Dumbledore – na primeira metade do filme, por causa do livro de Rita?
Dan: Boa pergunta. Eu espero que sim. Essa é a intenção. Porque, para mim, esta é toda a moral do primeiro filme. É sobre fé. É sobre o quanto a fé pode ser testada antes de você desistir. Ele Harry ouve tanta coisa sobre Dumbledore que é menos do que reparável, e ele começa a questionar realmente o porquê de estar indo nessa missão insana e exigente, que está custando a ele seus amigos e, potencialmente, sua vida… por alguém que ele começa a contestar os valores. Com sorte, no final do primeiro filme, as pessoas estarão se perguntando “Bem, o que é isso? Qual são os planos verdadeiros de Dumbledore?” e eles devem se perguntar, porque é o que nós queremos que eles façam. Eu também acho – enquanto estou no tópico fé – que também é sobre, ao que Harry perde a fé em Dumbledore e começa a se despedaçar, Rony e Hermione perdem a fé em Harry. Harry se torna – eu meio que comparava com Harry se tornando um Imperador Romano nos últimos dias do seu império. Paranóico e isolado e se afastando dos seus amigos. Eu sempre senti, com Harry, que há um elemento complexo principal nele. Ele não quer pedir ajuda, ele quer ser o sacrifício. Ele tem um orgulho quase arrogante, o que significa que ele não vai sempre alcançar às outras pessoas quando ele deveria. Quando, na verdade, ele está colocando em perigo suas próprias chances de suceder na missão e, portanto, as chances de salvar o bom do mundo mágico, por não pedir ajuda e não aceitar ajuda.

Pergunta: Agora que isso acabou: você manteve algum souvenir das séries?
Dan: Eu tenho dois pares de óculos – um do sétimo filme, que são sem lentes, porque nós usamos dois pares de óculos em filmes: com lentes e sem lentes. Nós usamos os sem lentes para quando há reflexo da câmera e coisas do tipo. E, também, eu tenho um par com lentes do primeiro filme, que parecem coisinhas pequenininhas agora. É muito adorável, e ambos têm um pedaço no meu coração. Eu provavelmente serei roubado depois de ter lhe dito isso. Era a única coisa que eu queria. Eu não queria a varinha, eu certamente não queria a vassoura, então essas eram as únicas coisas que eu estava determinado a conseguir.

Pergunta: Se você tivesse que escolher tomar a jornada que Harry toma no filme, na vida real, você faria e por quê?
Dan: Eu acho que faria. Muito boa pergunta. Eu acho que faria porque, se eu tivesse a mesma responsabilidade que Harry tem nesse filme, eu gostaria de pensar que eu seria tão altruísta e corajoso como ele consegue ser. Eu gostaria de pensar assim. E reconhecer a importância do que ele tem que fazer. Pelo bem de todas essas pessoas que ele ama, e das pessoas que ele tem que ajudar a proteger. Então, sim, eu acho que eu faria, embora eu ache que nenhum de nós é tão corajoso como Harry.