As Relíquias da Morte ︎◆ Filmes e peças ︎◆ Parte 1

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Harry Potter e a Corça Prateada

Uma luz prateada apareceu logo à frente, movendo-se entre as árvores. Qualquer que fosse sua origem, ela se deslocava silenciosamente. A luz parecia simplesmente estar vindo em sua direção.

Ele se pôs de pé com um salto, a voz congelada na garganta, e ergueu a varinha de Hermione. Apertou os olhos quando a luz ameaçou cegá-lo, as árvores à sua frente silhuetas negras, e ela sempre a se aproximar.

Então a fonte de luz saiu de trás de um carvalho. Era uma corça branco-prateada, um luar que brilhava e ofuscava, pisando com cautela, em silêncio, sem deixar rastros na fina poeira de neve. Ela veio ao seu encontro, a bela cabeça altiva, os olhos rasgados e longas pestanas, no alto.

Harry fitou o animal, assombrado, não por sua estranheza, mas por sua inexplicável familiaridade. Sentiu que estivera à sua espera, mas que esquecera, até aquele momento, que tinham combinado de se encontrar. Seu impulso de gritar por Hermione, tão forte instantes antes, desaparecera. Ele sabia, teria apostado a vida, que ela viera buscá-lo, e a mais ninguém.

Harry Potter e as Relíquias da Morte,
Capítulo Dezenove – A Corça Prateada, páginas 285 e 286.

Créditos da imagem da corça: Vinícius Vasconcelos