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Leia as resenhas de “Os Contos de Beedle, o Bardo”!

Com o lançamento mundial do livro Os Contos de Beedle, o Bardo nessa quinta-feira, várias resenhas sobre a obra foram divulgadas pelos mais diversos jornais e, assim como prometemos, nossa equipe traduziu quatro das mais conceituadas.O Telegraph fala um pouco sobre as notas de Dumbledore:

Como um bônus, esta edição contém as notas do próprio professor Dumbledore, cujas anotações, Rowling nos informa, foram encontradas entre seus papéis nos arquivos de Hogwarts. Crianças mais velhas e adultos provavelmente gostarão tanto das notas de Dumbledore (que são mais ou menos metade do livro) quanto das histórias em si.

Já o Times Online coloca Rowling no mesmo patamar que Tolkien:

Eu só posso pensar em três autores que são criadores genuínos de novos contos de fada: Joan Aiken, Tolkien e E. Nesbit. Rowling é a quarta, combinando o cômico com o esplendidamente grotesco e adicionando seus próprios desenhos delicados. A linguagem reduzida tem a aparência de antiga, mas nunca enganosa. Seu dom de encontrar o nome perfeito, e as reviravoltas inesperadas é brilhante.

A Associated Press cita a importância desse livro para os fãs:

Este não é um livro longo, então ele não tem a profundidade e o peso emocional que foram o ponto alto da série. Mas ele realmente é um presente aos fãs. Ele os recompensa pela dedicação ao mundo de Harry Potter, dando a eles mais vislumbres desse lugar. Os comentários de Dumbledore são um prazer em particular, especialmente quando ele reconta detalhes que tornam certos aspectos da série um pouco mais claros.

E o The Guardian é o único que tem uma opinião negativa a respeito:

Tem existido tanta agitação sobre esse livro – não no nível de “Relíquias da Morte”, mas conversas de “evento do ano”, cobertura maciça, etc. – e é uma leitura tão fina e insatisfatória. Os fãs que esperam mergulhar de volta ao universo de Potter por mais de algumas horas ficarão desapontados, eu imagino.

As traduções na íntegra de todas as quatro resenhas podem ser lidas clicando em notícia completa! E vocês, o que acharam do livro?

NOTA: Avisamos que todos os números da rifa 4 do Ish foram finalmente vendidos e o sorteio será realizado às 20h dessa sexta-feira, 05 de dezembro, tomando como base a Dupla Sena!

OS CONTOS DE BEEDLE, O BARDO
Harry Potter: Os Contos de Beedle, o Bardo por JK Rowling – resenha

The Telegraph ~ Sameer Rahim
04 de dezembro de 2008
Tradução: Raisa Garcia
Revisão: Thais Teixeira Tardivo

Sameer Rahim resenha o primeiro livro de JK Rowling desde a conclusão da série Harry Potter, ‘Os Contos de Beedle, o Bardo’.

Para aquelas crianças (e adultos) que têm desejado o toque mágico de JK Rowling desde Harry Potter e as Relíquias da Morte, lançado ano passado, a espera finalmente acabou: o novo livro de Rowling, Os Contos de Beedle, o Bardo, é publicado hoje.

Como qualquer fanático por Potter lhe dirá, esse livro teve um papel fundamental na conclusão de Relíquias da Morte. O professor Dumbledore deixou sua coleção de contos de fada compilada por um bardo do século XV – o equivalente bruxo aos irmãos Grimm – à Hermione, com a esperança de que ela o acharia “interessante e instrutivo”. Depois ela lê do livro “O Conto dos Três Irmãos”, uma fábula sobre o que acontece a quem tenta enganar a Morte.

Este conto e outros quatro são agora reunidos em um pequeno livro, que foi publicado em edição limitada ano passado. Como um bônus, esta edição contém as notas do próprio professor Dumbledore, cujas anotações, Rowling nos informa, foram encontradas entre seus papéis nos arquivos de Hogwarts.

Na primeira história, “O Mago e o Caldeirão Saltitante”, um bondoso senhor bruxo faz poções para solucionar os problemas de todos os seus vizinhos – até mesmo os trouxas. Quando ele morre, ele deixa seu “Caldeirão de cozer da sorte” para seu filho, que se mostra menos generoso com seus feitiços. Logo o caldeirão é infestado com “lesmas famintas” e odores horríveis que permanecerão até que ele faça a coisa certa.

Outro conto, “O Coração Peludo do Mago”, traz um tipo similar de simbolismo. Um bruxo terrível esconde seu coração em um porta-jóias encantado de cristal, para que ele possa perseguir suas enormes ambições pelo mundo sem o estorvo de amar. Um dia ele resolve colocá-lo de volta em seu peito, mas este é tão pequeno e peludo que não pode evitar seus instintos violentos.

Crianças mais velhas e adultos provavelmente gostarão tanto das notas de Dumbledore (que são mais ou menos metade do livro) quanto das histórias em si. Comentando sobre “O Mago e o Caldeirão Saltitante”, ele diz que outros editores de tais contos frequentemente alteravam o texto. Uma Beatrix Bloxam (1794-1910) ficou horrorizada com suas “preocupações doentias com os assuntos mais repugnantes, como morte, doença, carnificina, magia perversa, personagens doentios e efusões corpóreas e erupções dos tipos mais repulsivos”. Bloxam limpou um pouco os contos para proteger a “preciosa flor” da “inocência infantil”. Ninguém nunca leu essas versões, conta Dumbledore, em uma aguçada resposta aos críticos mais pedantes de Rowling.

“O Poço da Sorte” é o conto mais suave do livro. Três bruxas e um cavaleiro partem em busca de um poço que os curará de suas doenças; como sempre, no entanto, a jornada se torna mais importante que seu destino. As notas dessa história, sobre uma adaptação teatral desse conto em Hogwarts, irão agradar apenas os verdadeiros fãs. “Babbity, a Coelha, e o Toco que Cacarejava” é uma variação de “As Roupas Novas do Imperador”, excetuando-se o fato que o rei nessa história finge ser capaz de fazer mágica.

Aqueles que conhecem seu Harry Potter irão direto para as notas do conto final, “O Conto dos Três Irmãos”. Dumbledore menciona que a lenda dos três irmãos que enganaram a Morte e foram recompensados com uma varinha imbatível, uma pedra que traz os mortos à vida e uma Capa de Invisibilidade, pode ter um pouco de verdade. Nesse ponto todos os fãs de Potter estarão gritando alto em resposta. (Nota para os pais: esses contos indicam o fim da série Potter, mas não o entregam).

Essa pequena coleção não seria muito notável se não fosse pelo corpo de trabalho que há por trás. Há um pouco de “enrolação” para fazê-lo de uma duração respeitável, que mal irá satisfazer os fanáticos por Potter por mais de meia hora. Ainda assim, há alguns aspectos legais, e todos os lucros irão para caridade, o que combina com o ímpeto generoso das histórias.

Leia as resenhas de "Os Contos de Beedle, o Bardo"!

OS CONTOS DE BEEDLE, O BARDO
Crítica: Os Contos de Beedle, o Bardo por J.K. Rowling

Times Online ~ Amanda Craig
04 de dezembro de 2008
Tradução: Fabianne de Freitas
Revisão: Thais Teixeira Tardivo

Como os fãs de J. K. Rowling saberão, Os Contos de Beedle, o Bardo foi dado à Hermione em Harry Potter e as Relíquias da Morte. Um dos seus cinco contos continha uma pista importante, mas o fino e mais recente livro de Rowling é mais do que um exercício destinado a angariar mais milhões para a caridade dela, a Children’s High Level Group.

Eu só posso pensar em três autores que são criadores genuínos de novos contos de fada: Joan Aiken, Tolkien e E. Nesbit. Rowling é a quarta, combinando o cômico com o esplendidamente grotesco e adicionando seus próprios desenhos delicados. Dumbledore contribui sabiamente com notas satirizando a crença popular que os “assuntos horrendos” dos contos de fada são perigosos à inocência.

O primeiro, O Mago e o Caldeirão Saltitante encantará leitores mais jovens. Um bruxo meio velho usa um caldeirão para curar Trouxas doentes. Quando ele morre, seu filho egoísta se recusa a ajudar uma velha com verrugas, para depois descobrir que seu caldeirão começa também a criar verrugas. O caldeirão enfeitiçado se enche de lágrimas, vômito e gemidos até que o jovem bruxo não agüenta mais. Somente quando ele ajuda os outros é que tudo volta ao normal.

Todos esses contos – engraçados, sinistros, sábios e cativantes – poderiam ser recém-criados dos Irmãos Grimm. O melhor, O Poço da Sorte é sobre três bruxas desesperadas para mudar sua sorte. Como em Harry Potter, a lealdade delas supera o desejo de seus corações e é um contraste ao Mago egoísta em outro conto que se protege do amor com conseqüências horríveis, ou ao rei louco por poder que encontra seu par na bruxa Babbity, a Coelha, e o Toco que Cacarejava.

A linguagem reduzida tem a aparência de antiga, mas nunca enganosa. Seu dom de encontrar o nome perfeito, e as reviravoltas inesperadas é brilhante. Como Charles Dickens, Rowling nos deu um presente de Natal perfeito – ideal para se colocar embaixo de qualquer árvore.

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OS CONTOS DE BEEDLE, O BARDO
Rowling oferece aos fãs de Potter um presente com novo livro

The Associated Press ~ Deepti Hajela
04 de dezembro de 2008
Tradução: Raisa Garcia
Revisão: Thais Teixeira Tardivo

“Os Contos de Beedle, o Bardo” (Children’s High Level Group, $12.99, 111 páginas), por J.K. Rowling: Em tempo para os feriados, J.K. Rowling deu aos fãs de Harry Potter um pequeno presente.

Não, não é um novo livro sobre o jovem bruxo – ISSO seria como um aniversário combinado com Natal! Em vez disso, ela escreveu um charmoso livrinho do mundo de Harry Potter com o brilho e destreza que nos lembra o motivo da autora ter se tornado uma sensação editorial.

O nome do livro, “Os Contos de Beedle, o Bardo”, deveria ser instantaneamente reconhecido por todos os fãs de Potter. Este era o nome do livro que a amiga de Harry, Hermione Granger, recebeu após a morte de Alvo Dumbledore, o diretor de sua escola. Um dos contos na coleção de histórias infantis fez parte da decisão de Harry de como destruir seu inimigo, o malvado Lorde Voldemort.

Seguindo a publicação do último livro Potter ano passado, Rowling criou sete cópias do livro de Beedle, escrevendo e ilustrando as cinco histórias. Ela deu seis cópias a amigos e a última ao Children’s High Level Group, uma caridade que ajudou a criar. A caridade leiloou o livro, que o Amazon comprou por 4 milhões de dólares, e lançou uma edição para o público em geral, para arrecadar mais dinheiro.

Nessa edição, Rowling nos diz, os contos foram traduzidos de Runas Antigas por ninguém menos que Hermione. E adicionando um estilo especial, as histórias são acompanhadas por notas de Dumbledore, explicando sobre seus significados. Em sua introdução, Rowling diz que as notas datam de aproximadamente 18 meses antes da morte de Dumbledore.

Se qualquer coisa, o novo livro nos mostra que Rowling não perdeu seu jeito desde que terminou a série. Está tudo aqui – histórias escritas habilmente, pequenos detalhes que aumentam o aproveitamento dos leitores que os percebem, pontos mais profundos sobre as escolhas que as pessoas fazem e suas conseqüências. Os contos são aparentemente destinados à leitura por crianças bruxas, então eles são curtos, mas não falta ação, ou, em alguns casos, imagens bem repulsivas e alguma violência. Aparentemente, crianças bruxas fazem parte de um grupo resistente.

Este não é um livro longo, então ele não tem a profundidade e o peso emocional que foram o ponto alto da série. Mas ele realmente é um presente aos fãs. Ele os recompensa pela dedicação ao mundo de Harry Potter, dando a eles mais vislumbres desse lugar. Os comentários de Dumbledore são um prazer em particular, especialmente quando ele reconta detalhes que tornam certos aspectos da série um pouco mais claros.

Fãs tristes com o fim da série terão agora uma razão para sorrir.

Leia as resenhas de "Os Contos de Beedle, o Bardo"!

OS CONTOS DE BEEDLE, O BARDO
Live blog: lendo Beedle, o Bardo

The Guardian ~ Alison Flood
04 de dezembro de 2008
Tradução: Thais Teixeira Tardivo e Ana Carolina Feitosa

Beedle é sobre o quê? Uma análise capítulo por capítulo da última adição ao universo de Harry Potter, Os Contos de Beeble, o Bardo, lançado para os fãs ávidos de Potter à meia-noite de ontem

10:11am: O homem na Waterstone’s me diz que três pessoas já chegaram para comprar Os Contos de Beedle, o Bardo quando eu cheguei às 9:20 – ele está esperando a agitação no horário de almoço. “Você será o primeiro em seu escritório a ter uma cópia,” ele me diz animadoramente. Eu sorrio de volta languidamente. “E não vai te tomar muito tempo para ler,” adiciona.

É verdade – em apenas 108 páginas, Beedle, o Bardo é muito pequeno se comparado a Relíquias da Morte. Eu voltei rápido aos meus 10 minutos de ônibus na minha jornada de volta ao trabalho e já movi rapidamente através da introdução de Rowling, na qual aprendemos que os cinco contos que consistem o livro “assemelham-se com nossos contos de fada em vários aspectos; por exemplo, virtude é usualmente recompensada e maldade punida”. Mas é claro que os próprios heróis e heroínas podem todos fazer magia.

Eu estava esperando que a introdução trouxesse alguma revelação dramática de Rowling – livro oito de Harry! ou a vida de Hermione e Rony juntos – um romance! – mas na verdade é apenas uma explicação séria e razoável sobre os contos.

Está tudo feito, a propósito, naquele formato levemente irritante de “este livro foi descoberto e foi traduzido por Hermione e é tudo real real real” – mas então eu imagino que vários dos fãs de Potter provavelmente acreditam que é real, então justo.

10:18am: O primeiro conto é O Mago e o Caldeirão Saltitante e tem apenas 8 páginas. Verei se consigo diminuí-lo para 8 sentenças. Um bruxo bondoso que ajuda trouxas morre, deixando seu caldeirão para seu odioso filho que não quer ajudar. Quando várias pessoas ligam para ver se ele os curará, achará seus burros, etc, ele se nega, e vai descobrir que o caldeirão recebe as doenças e ópios das pessoas ao redor de sua casa, o deixando maluco.

Eu sensivelmente gosto desta sentença: ‘Begone!’ chorava o filho. ‘Por que eu me importaria com as verrugas dos seus pirralhos?’

De qualquer forma, ele eventualmente fica tão nervoso com o caldeirão “que vocifera e que geme e que transborda e que salta e que faz crescer verrugas”, que ele melhora a angústia de todos e o caldeirão pára de atormentá-lo.
Moral: seja legal, ou um caldeirão saltitante vai caçar você.

10:27am: Mas a moral real é transmitida pelo diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore no comentário que ele “deixou em seu testamento para os Arquivos de Hogwarts”. Sim, é tudo real, veja você.

Na maneira de um dos meus tutores na universidade, ele conta a história no contexto do seu décimo quinto século quando os caça-bruxas estavam com força total e quando uma história de amor de bruxo por trouxas não era algo que acontecia. Nós temos notas de rodapé de Dumbledore, e da própria Rowling explicando o que é um aborto (porém eu duvido que alguém lendo isso já não saiba).

Rowling/Dumbledore dão uma reelaborada vitoriana amável do final do conto, em que “Wee Willykins beijou e abraçou o caldeirão saltitante e prometeu sempre ajudar os outros e nunca ser um velho irritante de novo”.

Eu acho que ela faz este tipo de coisa muito bem: “[esta versão do] conto atingiu a mesma resposta das gerações de crianças embruxaradas: ânsia incontrolável, acompanhada por uma demanda imediata de ter o livro tomado para eles e a triturá-lo em uma pasta”.

10:34am: Conto 2: O Poço da Sorte – uma checada rápida me diz que este tem 14 páginas, droga. A cena é montada: há uma vez por ano a chance de se banhar na fonte, que te dará fortuna para sempre. Obviamente há alguma competição, mas as heroínas são três bruxas, Asha, Altheda e Amata, que estão sofrendo por várias doenças e decidem tentar entrar na fonte juntas. Elas chegarão lá? Eu ainda não sei, mas eu aposto que elas vão chegar, mas apenas para compreender que as respostas para seus problemas estavam em seus próprios corações o tempo todo.

10:37am: E elas então indo, mas Amata (a bruxa de coração-partido), acidentalmente arrasta um “cavaleiro de visual sombrio” junto com ela – hmm, eu me pergunto onde estamos indo com isso…

10:44am: Ooh, um desenho. Eu acho que a própria Rowling ilustrou – uma rápida checada me diz que sim, ela o fez. São as três bruxas e o cavaleiro, cercados de rosas e salgueiros e afins – é bem doce mas não é Quentin Blake.

Junto vem um “verme branco monstruoso” para impedir nossa gangue de chegar a fonte – eles dão tudo o que têm mas não conseguem passar, até que estranhamente, Asha começa a chorar, o verme toma suas lágrimas e desliza para longe.

Eles superam mais um par de obstáculos com suor de sua testa e memórias do passado, esse tipo de coisa, ande de alcançar a fonte – e aqui está outra ilustração, dessa vez da fonte! Não é tão boa quanto a última, e tem um olho assustado e um par de assas de dragão bizarras nela. Eu não tomaria um banho nisso.

10:46am: Bem, aconteceu que todas as bruxas se curaram sem entrarem na fonte, o cavaleiro acaba sendo o sortudo que se banha, e então ele se apaixona por Amata. Hurra, eu estava certo. “E nenhum deles soube ou suspeitou que a água da Fonte não tivesse nenhum tipo de encantamento.”

10:51am: Comentário de Dumbledore de novo. Eu gosto mais disso do que dos contos, eu acho.

Nós descobrimos que Hogwarts tentou usar o conto como uma pantomima – é um catalogo de desastres, Dumbledore nos diz, e é na verdade bem engraçado. Eu particulamente gosta de invenção de Rowling, ABAD, Academia Bruxa de Artes Dramáticas.

Então há mais um pouco de falas sobre sentimento anti-trouxa – o tipo de detalhe que o fã apropriado engoliria, mas me deixa bem frio.

10:56am: Conto 3, O Coração Peludo do Mago. Whoops, eu folhei para frente para ver quantas páginas tinha esse, e eu vi uma ilustração assustadora de uma mulher e um homem deitados sobre uma poça de sangue… agora fui e estraguei pra mim mesmo.

11:00am: E aqui está um feiticeiro malvado, eles está praticando Artes das Trevas, que como todos sabemos é o que Voldemort faz.

As esperança de sua família é que ele vá abandonar isso quando “uma donzela roubar-lhe a afeição”. Mas pobre feiticeiro, sua “afeição continua intocada”.

11:03am: Voce sabe, eu acho que esse feiticeiro arrogante vai conhecer sua castigo merecido. Olhe está linha: “O feiticeiro estava certo de que ele deveria ser um objeto de imensa inveja para todos que notava, sua esplêndida e imperturbável solidão.”

Mas talvez eu esteja trapaceando, como vi aquela ilustração…

11:09am: Ele está decidido a “arrumar uma esposa”! Eu gosto dessa frase, eu acho que caiu em desuso nos dias de hoje.

Ele acha um bruxa muito bonita, rica, e começa a corteja-la, mas ela não está certa sobre ele, sentindo “sua frieza que jaz por detrás do calor de sua bajulação”.

E é uma parte curiosa – na disposição de convencê-la ele a leva até o calabouço onde ele mantém seu coração batendo, que – yuck – está coberto com um cabelo longo e preto.

E fica ainda mais nojento – ele coloca o coração de volta em seu peito, mas “o apetite dele cresceu mais poderoso e perverso”, e ele acaba matando-a, colocando para fora o coração, “que ele derrotou e espancou, jurando devolver a ele sozinho”.

E ele se mata. Onde está a moral, então? Dumbledore – ajude-nos! Por favor, explique.

Ah – aparentemente isso “fala com as profundezas negras de todos nós. Endereça uma das maiores, e menos conhecidas, tentações da magia: a busca pela invulnerabilidade”.

A própria JKR nos proporciona uma nota de rodapé sobre o termo feiticeiro, que é usado “para descrever um bruxo de aparência feroz incomum, ou como um título designando uma habilidade particular ou realização”. Não aprendemos muito?

O cabelo no coração simboliza o feiticeiro descendente de crueldade – é claro, devia ter pensado nisso.

Outro lado engraçado de Dumbledore – o livro de auto-ajuda O Coração Peludo: Um Guia Para Bruxos Que Não Se Comprometem é topo das tabelas de mais vendidos. Mas não deve ser confundido com Nariz Cabeludo, Coração Humano, “um destruidor de corações conta com o esforço do homem com licantropia”.

11h24min: No quarto conto, “Babbity, a Coelha, e o Toco que Cacarejava”. O melhor título até agora.

Breve resumo: um tolo rei quer ser o único com magia, forma uma brigada de caçadores de bruxos. Entretanto, ele é um pouco bobo, pois precisa de um instrutor e estão todos muito assustados para saírem de seus esconderijos. Então, ele termina com um “esperto charlatão” sem poderes mágicos.

Não tenho certeza que acabará em final feliz.

11h30min: É um pouco de “As Novas Roupas do Imperador” – o rei e o charlatão estão saltitando pela redondeza tentando lançar feitiços mágicos com varinhas, sendo vigiados pela velha lavadeira Babbitty, que ria como um cacarejo.

O rei fica incomodado com a risada dela e decide reunir a corte para assisti-lo realizar magia – hora do charlatão fugir! Mas o rei não deixa – pode Babbitty, que se descobre ser uma bruxa, ajudar?

Sim – ela irá se esconder em um toco e lançar feitiços para o rei. Ela faz um cavalo voar e aqui está a imagem do cavalo, voando.

11h33min: Mas tudo dá errado e o charlatão culpa Babbitty. O rei manda os caçadores de bruxos atrás dela – tão injusto! Coitada da Babbitty.

Tudo fica um pouco complicado agora, mas brevemente, Babbitty escapa se transformando em uma árvore, eles a cortam, o charlatão confessa tudo. Babbitty amaldiçoa o reino: “Daqui em diante, cada golpe de maldade que você causar aos meus companheiros magos e bruxas, sentirá que um machado golpeou ao seu lado, até que você deseje que você morra por isso!”.

Então o rei decide permitir que as bruxas e magos vivam em paz e ergue uma estátua de ouro de Babbitty.

11h38min: E descobre-se que Babbitty não era uma árvore afinal, ela era uma coelha escondida atrás de uma árvore – você foi enganado, Rei.

O comentário de Dumbledore é chato sobre essa história – ele o leva muito a sério, falando sobre Babbitty ser um animago, sobre despertar os mortos e sobre árvores. Provavelmente é de grande interesse para os obcecados por Potter, mas não para mim.

Para o último conto!

11h44min: Tem uma figura de uma caveira, em uma espécie de tecido, talvez com uma folha do lado e uma varinha inclinada nela, para ilustrar a história final, “O Conto dos Três Irmãos”.

O início me lembra um pouco de “A Pata do Macaco” – os irmãos têm a oportunidade de pedir um prêmio à Morte. Tenho certeza que a varinha que sempre vence duelos, a pedra que traz os mortos de volta à vida e a capa da invisibilidade serão pedras nos sapatos deles.

(Eu acabei de descobrir o que a imagem significava – a varinha, a pedra e a capa!)

11h46min: E sim – o irmão mais velho está morto: depois de vangloriar-se sobre a varinha, alguém a roubou e cortou a garganta dele.

O segundo irmão também morre: depois de trazer à vida a garota que amava, ela é “separada dele por um véu”, e ele se mata para se juntar a ela.

11h47min: O terceiro irmão esconde-se embaixo da capa e só morre depois de muitos anos. Você sabe, eu acho que Dumbledore vai dizer que essa capa da invisibilidade é a mesma que pertence ao Harry. Vamos ver.

11h52min: Certamente Dumbledore tem muito a falar sobre esse conto – dez páginas inteiras de comentários. É a única história que os fãs já conhecem, já que fornece pistas que ajudam Harry a matar Voldemort no “Relíquias da Morte”, então talvez seja por isso.

11h57min: A moral do conto apresenta-se, “não poderia ser mais clara”: você não pode escapar da morte.

O Fim.

12h06min: Bom, não foi tão ruim – Eu imagino que tentar deixar um blog enquanto lê “Relíquias da Morte” teria sido uma provação, tanto para mim quando para os leitores.

Tem existido tanta agitação sobre esse livro – não no nível de “Relíquias da Morte”, mas conversas de “evento do ano”, cobertura maciça, etc. – e é uma leitura tão fina e insatisfatória. Os fãs que esperam mergulhar de volta ao universo de Potter por mais de algumas horas ficarão desapontados, eu imagino. Mas ainda estará em baixo de árvores de Natal por todo lugar e, se as livrarias estiverem certas, será o número um do Natal. O lucro irá para a caridade, então isso é muito legal, eu diria.