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Atores potterianos comentam a série com fansite alemão

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Como informamos anteriormente, alguns atores potterianos estiveram presentes no Ring*Con 2008 alemão, no último final de semana. Hoje, novas entrevistas e alguns vídeos dos atores no evento foram divulgadas pela rede.
Na entrevista, concedida com exclusividade ao Harry Potter Xperts, Chris Rankin e Stanislav Ianevski (intérpretes de Percy Weasley e Vítor Krum, respectivamente) comentaram sobre Harry Potter e as Relíquias da Morte, dizendo que ainda não foram contatado pela Warner Bros., mas que esperam voltar à série.

Rankin também falou sobre um episódio bizarro com fãs que ele presenciou há cerca de quatro anos:

“Não percebi que o hotel que reservaram para mim era o mesmo que o de uma grande convenção de Harry Potter. Lembro de sair e não saber o que estava acontecendo, porque havia 400 pessoas vestidas de personagens de Harry Potter. De fato, fui seqüestrado por um grupo de Comensais da Morte furiosos uma noite.”

Outro entrevistado foi Jamie Yeates, que interpreta Marcos Flint, e esteve em um filme da série pela última vez em Harry Potter e a Câmara Secreta. Ao ser perguntado sobre o que achou de interpretar o capitão do time da Sonserina, Yeates respondeu:

“Sim, absolutamente! Ele é realmente odioso, cabeçudo, que tem um ego alterado e se apresenta no livro quando está jogando quadribol onde todos o temem. Ele é um personagem temido porque você sabe que ele está lá constantemente para machucar pessoas. Eles estão geralmente amedrontados por isso e quando ele sorri, eles ficam provavelmente ainda mais amedrontados.”

Além disso, o fansite divulgou alguns vídeos dos atores no evento, entre eles um de Chris Rankin fazendo um cover de “We Will Rock You,” do Queen. Você pode conferir os vídeos de Chris, Stanislav e Jamie aqui, aqui e aqui, respectivamente.

A tradução completa das três entrevistas pode ser lida através da notícia completa!

CHRIS RANKIN
Entrevista Exclusiva

Harry Potter Xperts
09 de outubro de 2008
Tradução: Renan Lazzarin

Neste ano, você conduziu dois seminários de atuação do Festival Internacional Cinemagic de Filmes e Televisão de Dublin. O que você ensinou aos atores aspirantes lá?

Agora ensino com uma base justamente regular e há um método específico que me ensinaram, chamada simplicidade no ensino. É aí que você simplifica a atuação à sua forma mais simples. Então, dou a uma dupla de atores um roteiro que eles nunca viram antes e digo a eles ‘Lá vai você. Atue! Leia para mim, agora.’. E se você tem uma fala como ‘Oi, como vai?’, as pessoas costumam dizer OI! COMO VAI? Mas, como atores, estamos tentando ser pessoas reais e ninguém fala assim na vida real. Então é levar as pessoas a deixarem de pensar que, por alguma razão, quando atuam devem falar alto e tudo o mais. É sobre isso que falam meus ensinamentos (risos).

Acabei de perceber que você está usando uma camiseta de David Hasselhoff. Você é fã dele?

Estou usando uma camiseta de ‘Não Discuta com o Hoff’, sim, mas não sou especialmente um fã. Simplesmente gosto muito da camiseta.

Há um preconceito de que todos os alemães o amam…

É. No final dos anos 80 todo mundo, provavelmente, amava David Hasselhoff, quando ele era realmente bom. Ele é uma lenda, mas Deus o abençoe, não consegue cantar… ou atuar. Apenas gosto de ‘Não Discuta com o Hoff’, me diverte. É uma de minhas camisetas preferidas (risos).

Como você conseguiu ser um ator?

Comecei a atuar na escola quando tinha 11 anos. Eu era realmente, bastante mesmo, tímido e não tinha qualquer auto-confiança. Não conseguia falar nas aulas, corria e me escondia atrás de minha mãe quando as pessoas estavam lá, era tolo (risos). Então entrei no Ensino Médio e me ofereci para entrar no coral do musical que eles estavam fazendo naquele ano e o amei, absolutamente o amei! Essa nova confiança apareceu, acho que por ser outra pessoa: não sou eu no palco, é o personagem que estou interpretando no momento.

Você não está no sexto filme de Potter. Você, ao menos, visitou o set?

Não tive tempo de visitar o set, o que é uma vergonha, porque adoraria ter feito isso. O sexto é um dos meus livros favoritos. No entanto, eu, vez ou outra, passo pelos estúdios porque eles ficam no caminho de onde eu moro até o centro de Londres. Os sets estão aumentando cada vez mais e eles os estão construindo no meio de um espaço verde ao redor dos estúdios. Parece ter sets muito interessantes nesse filme, devo dizer isso.

Você estará no sétimo filme?

Espero que sim.

Eles já o contataram?

Eu não sei… (hesita) É uma pergunta muito complicada de se responder por várias razões diferentes. Se vemos pelos livros, então não há qualquer razão pela qual eu não esteja incluso. Mas até que imprimam o roteiro, tudo pode seguir outro caminho. Estou cruzando os dedos!

Qual cena você mais quer fazer?

Um dos momentos mais legais de Percy e quando ele está saindo daquele buraco na Sala Precisa no final do sétimo, quando ele finalmente volta. Não lembro o que ele disse, algo como ‘Perdi alguma coisa?’ (risos). Só lembro de ler e dizer ‘É! Bom garoto!’. Seria divertido. E, então, obviamente ter um pouco de ação seria bastante legal, porque Percy não pega realmente no pesado. Ele apenas anda para lá e para cá e grita com as pessoas. Eles podem me dar uma varinha se eu fizer o sétimo filme, seria legal. Ainda não tive uma varinha!

Percy, embora seja um dos alunos mais inteligentes de Hogwarts, não reconheceu a volta de Lord Voldemort. Você se identifica com ele?

Não consigo me identificar com ele a não ser do fato de que somos ruivos e temos quase a mesma idade. Embora tenha sido monitor na escola, fui um pouco bonzinho. Mas sou filho único. Não venho de uma longa linha de filhos ruivos (risos). Mas eu entendo por que ele ficou confuso com toda essa propaganda do Ministério, porque ele estava desesperado para ser bem-sucedido. Suponho que isso venha da pobreza da família Weasley. Eles não são ricos; têm sete filhos, mas nenhum dinheiro e acho que ele meio que queria sair dessa.

Você acredita que Joanne K. Rowling queira nos ensinar algum tipo de lição através de Percy?

Há muita moral em Harry Potter e todo mundo percebe que Percy é um idiota e até mesmo Percy sabia que era um idiota, então se ela estava tentando nos ensinar que o parentesco sempre vem primeiro ou algo assim, não sei. Espero que sim. Ele é um personagem bom do ponto de vista de que é só um pobrezinho. Foi legal ele ter a chance de ficar bom no final. Não acho que seja sábio tentar descobrir em que Joanne K. Rowling está pensando porque você poderia ficar na mesma por um bom tempo.

O que você acha dos fãs de Harry Potter que realmente entram na coisa toda e, até mesmo, se vestem como personagens de Harry Potter?

Eles me fascinam. A primeira vez que cruzei com eles foi há cerca de quatro anos, quando estava na Parada de Dia das Bruxas de Salem. Não percebi que o hotel que reservaram para mim era o mesmo que o de uma grande convenção de Harry Potter. Lembro de sair e não saber o que estava acontecendo, porque havia 400 pessoas vestidas de personagens de Harry Potter. Me impressionou um pouco, pois não estava acostumado com isso. De fato, fui seqüestrado por um grupo de Comensais da Morte furiosos uma noite. Foi muito bizarro: do nada, estava sendo perseguido por 30 pessoas usando máscaras de Comensais da Morte com varinhas. Não fazia idéia do que estava acontecendo. Eles tomam isso tão, tão seriamente que suas roupas, de certa forma, são melhores que as que realmente vestimos no filme, o que é depressivo. Gosto disso, gosto muito!

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STANISLAV IANEVSKI
Entrevista Exclusiva

Harry Potter Xperts
09 de outubro de 2008
Tradução: Renan Lazzarin

Já faz algum tempo desde que você interpretou Vítor Krum no quarto filme de Harry Potter. Quando você relembra a filmagem de Cálice de Fogo, que lembranças você mais aprecia?

Todas elas! São as lembranças mais queridas que jamais vivenciei no mundo das filmagens. Toda a coisa de família, tendo todo esse apoio dos fãs, continua sempre me impressionando. Ainda está comigo, ainda continua.

Você se lembra do que sentiu quando passeou pela primeira vez no set?

Sim, estava eletrizado! Havia câmeras, a equipe técnica, as luzes, os maquiadores, tudo o que você vê na TV. E agora eles iam ME filmar. Era como ‘Ó meu Deus, o que está acontecendo? Isso é real ou não?’. Tentei me acalmar e me convencer de que ia fazer um bom trabalho.

Que cena você mais gostou de filmar?

Provavelmente a do Baile de Inverno. Foi dividida em pedaços. Não filmamos uma coisa e, depois, outra; fizemos uma grande mistura de coisas. No final, pouco antes do Natal, fizemos a parte da dança e o Salão Principal ficou prateado e cheio de gelo, a atmosfera era absolutamente incrível. Foi uma das cenas mais excitantes do filme.

Você ficou com alguma peça do equipamento usada no filme?

Não, infelizmente não nos permitiram que ficássemos com nada.

Com o que você gostaria de ficar?

Minha varinha! E levaria minha vassoura. Assim, você tem transporte fácil e pode fazer magia.

Você estará no sétimo filme de Potter, ou ao menos em algum dos dois?

Ainda não sei. Depende se eles querem trazer Krum de volta. Ele aparece em uma pequena parte do livro, mas nunca se sabe. Adoraria voltar.

É verdade que você sabe falar alemão?

Sim.

Então você é fluente?

Bem, bastante.

Então por que você está falando em inglês?

Não sei. Por que todo mundo fala inglês? Não conte isso a ninguém (risos). Vai ser uma surpresa (na Cerimônia de Encerramento) no domingo! Quando você for ao palco, vai ficar chocado.

Não se preocupe, manterei isso em segredo até lá. Em O Albergue II, você faz uma pessoa que é comida viva por um canibal. Qual é o seu pior pesadelo pessoal?

Meu pesadelo pessoal… (hesita) Não sei, nunca ouvi essa pergunta antes! Talvez ser comido vivo, é. Ou cair de uma vassoura, me matar.

Qual foi sua reação quando se viu pela primeira vez na versão terminada de Cálice de Fogo?

Eu me critiquei em algumas coisas. Por exemplo, quando entrei no estádio, fiz vários movimentos. Poderia ter feito uma versão mais extensa deles, com mais impacto. Não que não tenham sido bons o suficientes, mas ainda assim.

Como você conseguiu entrar no quarto filme de Harry Potter?

Por acaso. Fui visto, não fui a qualquer audição através de um agente. Eles me viram e me perguntaram se poderia aparecer por lá, e fui uma vez, duas, três vezes e assim foi.

Como você se preparou para estrelar como Vítor Krum em Cálice de Fogo?

Eu estudei bastante o Vítor Krum do livro e li online como os fãs achavam que ele era, e tentei trazer isso.

Com quem do elenco de Harry Potter 4 você ainda tem contato?

Um que se destaca é Tolga Safer, o assistente de Karkaroff, já que estivemos juntos no filme todo. Mas converso bastante com a maioria deles. Após 11 meses juntos, nos tornamos uma grande família.

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JAMIE YEATES
Entrevista Exclusiva

Harry Potter Xperts
09 de outubro de 2008
Tradução: Ana Carolina Arantes Feitosa

Anos atrás você atuou em um episódio de Mr. Bean no barbeiro. Você foi o pequeno garoto de boné que teve o corte de cabelo?
Sim, isso foi quando eu tinha 13 anos. Foi meu primeiro papel e minha primeira audição e o peguei instantaneamente então foi muito bom.

Como foi essa experiência para você?
Rowan Atkinson era realmente o cara da TV, um desses personagens ícones, então fiquei profundamente contente, como uma criança. Eu queria ser um ator e eles disseram ‘Certo, aqui está um teste para Mr. Bean.’ E eu disse ´Ótimo!’ e depois eu ganhei o papel. Foi tipo ‘Uau, está acontecendo de verdade ’ – foi uma grande chamada. Mas ele não era nada do que eu esperava de forma alguma porque obviamente ele é um idiota nas séries, mas quando você conversa com ele, descobre que é a pessoa mais inteligente que você pode conhecer. Era uma curva legal de aprender: as pessoas nem sempre são o que parecem, especialmente em filmes e televisão.

Você usou uma peruca ou foi realmente seu cabelo que foi cortado?
Sim, era uma peruca. Eles cortaram meu cabelo na parte de trás, mas a coisa moicana era peruca.

Mr. Bean também é muito famoso aqui na Alemanha. Você diria que é um típico humor britânico?
É muita palhaçada. O texto dele é bom porque usualmente a televisão inglesa conta com roteiros muito bons. Mas com Mr. Bean tem muito mais cenas idiotas e cenários infalíveis que nos fazem levar as mãos ao rosto e dizer ‘não, não faça isso, não corte o cabelo do pobre garoto!’. Essa é uma velha escola inglesa de humor.

Como é o seu humor? Você tem alguma piada que gostaria de dividir conosco?
Deus, eu sempre esqueço piadas! Toda vez que alguém me conta uma piada e acabo rindo e dizendo ‘Lembre dessa!’ Eu ainda as esqueço. A maioria das minhas piadas é suja, porém (ri) – elas sempre são engraçadas. Eu não sei… Como você chama uma loira essex?

Eu não sei.

Um labrador (todos riem).

Indo a Harry Potter, você estrelou apenas em a Câmara Secreta. O que você tem feito desde então?
Tenho feito muitos trabalhos para a televisão. Há dois ou três anos especialmente, eu tenho estado atrás das câmeras, estudando para ser um AD (Assistente de Diretor). É um lado absolutamente oposto da atuação: você procura atores, certifica que está tudo quieto no set, você fica constantemente correndo de lá pra cá. Eu quero ficar na indústria o máximo que puder, então tenho trabalhado realmente duro para me estabilizar.

Seu personagem Marcos Flint é o único personagem nos livros de Harry Potter conhecido por ter que repetir o ano em Hogwarts. Você se perecia em algo com ele na escola?
Na escola eu era muito quieto. Eu não acho que era muito ameaçador. Eu sempre fui influenciado por pessoas ao meu redor para ser mau. Se as crianças más não estavam ao redor, eu geralmente era bom. Quando você está na escola todos são um pouco maus, à sua maneira, então eu meio que me relaciono com o personagem nesse sentido.

Os livros de Harry Potter descrevem Flint como sendo completamente feio. Isso te preocupou de alguma forma?
Não, na verdade não. Na época eu pensei no que os livros diziam que ele tem sangue de trasgo, é um garoto mau, que tem dentes grandes, cabelo terrível e que tem aparência grosseira. Então sendo escalado pra isso não ajuda muito na sua autoconfiança, mas você meio que pega isso no queixo. Não é tudo sobre o quão bonito ou feio você é, é tudo sobre atuação.

Eles tiveram que te fazer ficar muito feio?
Não muito. Na época eu tive apenas que cortar o cabelo. Não era muita maquiagem, eram só os dentes. Os dentes me ofuscavam completamente. Era quase como colocar uma máscara. No momento em que eu os colocava, era como ‘Uau, você está tão feio!’, e quando eu os tirava era como ‘Oh, você tem dentes normais!’. Era espantoso.

Flint é um personagem muito mau. Você gostou de interpretá-lo?
Sim, absolutamente! Ele é realmente odioso, cabeçudo, que tem um ego alterado e se apresenta no livro quando está jogando quadribol onde todos o temem. Ele é um personagem temido porque você sabe que ele está lá constantemente para machucar pessoas. Eles estão geralmente amedrontados por isso e quando ele sorri, eles ficam provavelmente ainda mais amedrontados.

Nós sempre ouvimos sobre o quão grande é a atmosfera no set. Agora todo elenco é como uma grande família ou vocês ficam fartos uns dos outros às vezes?

(risos) É estranho na verdade. Todo mundo se dá bem obviamente porque todos se respeitam como atores, e indivíduos. Mas eu não diria que todos se conhecem por dentro e por fora pelo primeiro e último nomes porque infelizmente nem todo mundo trabalha com todos no set. Eu provavelmente fiz mais amizade com Tom porque trabalhamos juntos dias e dias, tanto no quadribol quanto no Salão Principal. E então você tenta e faz um esforço extra para conhecer os atores com os quais você não trabalha, mas às vezes não é tão fácil porque o set dos estúdios Leavesden é tão grande que você poderia estar trabalhando em um lado do teatro e ainda seriam literalmente 15 minutos de jornada de carro para ir ao outro lado para falar com alguém que está, possivelmente, trabalhando na primeira ou segunda unidade. Então os atores com os quais você está trabalhando pessoalmente são os que você tem mais relacionamento pessoal, mas geralmente todos tentam fazer um esforço.