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Por que Harry Potter é melhor do que Crônicas de Nárnia?

Por que Harry Potter é melhor do que Crônicas de Nárnia?Por que Harry Potter é melhor do que Crônicas de Nárnia?
A Angélica Bito do site brasileiro Cine Click escreveu um artigo questionando o porquê dos filmes Harry Potter serem melhores e terem maior sucesso comercial do que os de Crônicas de Nárnia.
Segundo o texto, desde o lançamento de Harry Potter e a Pedra Filosofal, em 2001, os estúdios e produtores vêm buscando um novo Potter com forte apelo entre os espectadores de todas as idades.

Uma tentativa foi As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa (2005), baseado na série de sete livros de C. S. Lewis. Apesar de um bom desempenho nas bilheterias, apenas esse ano os produtores lançaram a segunda parte, que chegou hoje aos cinemas brasileiros.

Angélica diz que Harry Potter ganha em todo o circo envolvendo o lançamento, como publicidade, marketing, além da base na qual as versões cinematográficas de Potter se apoiam; os livros de JK Rowling. Com uma história tão bem construída, restou à saga se cercar dos melhores efeitos especiais, atores carismáticos e diretores competentes.

O artigo não tira o mérito das qualidades dos filmes Crônicas de Nárnia, mas por mais que “apresentem bons atores, efeitos especiais convincentes, belas locações e personagens encantadores, eles não são mais do que os apresentados pela saga de Potter.

Uma prova de que Nárnia representa uma tentativa frustrada é o anúncio da Disney de que encerrará suas produções no terceiro filme, ao contrário do que vem sendo visto em Potter. Confiram o artigo na íntegra em notícia completa!

HARRY POTTER
Por que Harry Potter é melhor do que Crônicas de Nárnia?

Cine Click ~ Angélica Brito
30 de maio de 2008

Primeiramente, é importante deixar claro que, apesar de me referir a duas sagas baseadas em épicos literários, falarei aqui estritamente sobre os filmes. O fato é que, depois que Harry Potter e a Pedra Filosofal foi lançado em 2001, rendendo US$ 317 milhões de bilheteria (o melhor desempenho da série até agora), os estúdios e produtores buscaram por um “novo Harry Potter”. Ou seja, uma fábula mágica com forte apelo junto aos espectadores de todas as idades, especialmente os “adolescentes comedores de pipoca”.

Quatro anos depois (após três filmes de Harry Potter), As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa foi a resposta que o mercado poderia estar esperando para a febre Harry Potter, que já havia saído das páginas de J. K. Rowling para as telonas. O filme teve com desempenho nas bilheterias, rendendo US$ 291 milhões, mas os produtores não se animaram tanto com o longa. Tanto que, enquanto a saga Harry Potter chega ao cinema de dois em dois anos, a continuação das aventuras dos irmãos Pevensie em Nárnia só ganhou seqüência em 2008 com As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian.

É difícil explicar o sucesso de um filme; as audiências são imprevisíveis demais para que se possa apostar no desempenho de um filme nas bilheterias. Há todo um complexo conjunto envolvendo não somente o longa-metragem em si, mas todo o circo envolvendo o lançamento, como publicidade e marketing. Mas, em todos estes aspectos, Harry Potter ganha de Nárnia e é por isso que é uma franquia mais bem-sucedida.

Cinematograficamente, os filmes protagonizados pelo bruxinho são superiores aos dos irmãos Pevensie principalmente por sua base, ou seja, os livros da escritora inglesa J. K. Rowling que, não por acaso, já figura na lista das pessoas mais ricas do mundo. Se os filmes de Harry Potter já renderam bilhões de dólares ao redor do mundo, os livros também foram muito bem nas prateleiras das livrarias, o que já fez com que milhões de pequenos (e não tão pequenos) fossem aos cinemas. Os mesmos que aguardam ansiosamente o próximo capítulo da saga cinematográfica de Harry Potter a cada ano.

Os livros de Rowling contam histórias fascinantes envolvendo magia e a eterna luta do bem contra o mal. Harry Potter, o personagem principal das aventuras, é um órfão incrivelmente talentoso nas artes da magia. Incompreendido pela maioria das pessoas – trouxas ou não -, o personagem é incrivelmente carismático. E não há magia nenhuma nisso, mas sim uma construção muito bem-feita tanto dos personagens quanto das situações nos quais são inseridos.

Por isso, a saga cinematográfica não teve muito a fazer além de se cercar do melhor: os melhores efeitos especiais, atores carismáticos que apresentassem química na tela e os diretores mais competentes para a função desejada. Tudo que um bom punhado de milhões de dólares pudesse comprar.

Na batalha do bruxinho contra os pequenos reis de Nárnia, Potter faz bonito no ringue. Por mais que ambos os filmes de As Crônicas de Nárnia – baseados nos livros escritos por C. S. Lewis – apresentem bons atores, efeitos especiais convincentes, belas locações e personagens encantadores, eles não são mais do que os apresentados pela saga de Potter. Talvez por isso os próprios produtores de As Crônicas de Nárnia não estejam tão interessados em estender por muito tempo a saga. Dos sete livros da série, a Disney anunciou que encerrará as produções no terceiro filme, The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader (A Viagem do Peregrino da Alvorada). Mais um sinal de que nem o estúdio aposta na saga, ao contrário do que ocorre com Harry Potter, já que o bruxinho já é a “galinha dos ovos de ouro” da Warner Bros..

As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian estréia nesta sexta-feira (30/5). Já Harry Potter e o Enigma do Príncipe estréia dia 21 de novembro.