Potterish

Radcliffe fala sobre seu trabalho em December Boys

O ator Daniel Radcliffe deu entrevista à ACED Magazine na qual, finalmente, ele falou bastante sobre December Boys. Na conversa, Dan diz porquê ele escolheu esse filme, fala sobre o elenco, o estranhamento de cenas românticas, a diferença entre fazer filmes de alto e baixo orçamento, dentre outros assuntos.

Como foi – a primeira cena romântica?
Dan: Foi muito estranha… Com sorte Teresa Palmer, que era o oposto de mim nisso, atualmente já havia feito cenas de beijo e coisas assim antes, e ela foi muito legal com isso e sempre dizia “oh, não, não é nada com o que se preocupar.”

Eu estava muito nervoso. Foi muito estranho, mas você realmente não pensa nisso. Torna-se como outra cena qualquer Você meio que… Vai e beija… Mas é um tipo estranho de beijo. É diferente de quando você realmente beija alguém porque é… Todo mundo está olhando e é meio clinico.

Você está com seu rosto a um centímetro e ai o pessoal da câmera vai e fala “Mexa sua cabeça um pouco para a esquerda.” Eles te posicionam, então é algo meio artificial. Não é nem um pouco excitante ou romântico como na vida real como você espera que seja. Então meio que você vai e faz… E foi engraçado no fim. Eu e Teresa acabamos ficando meio histéricos. Nós meio que começamos a rir.

Leia a entrevista na íntegra em notícia completa.

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DANIEL RADCLIFFE
Daniel Radcliffe fala sobre “December Boys”

ACED Magazine ~ Jenna Bensoussan
24 de agosto de 2007
Tradução: Raquel

Daniel Radcliffe é conhecido por seu papel na serie mágica, Harry Potter, assim como pela recentemente aclamada peça West End, Equus. Agora seu personagem é outro órfão no seu quarto drama, December Boys.

Com semanas para o lançamento do filme, é hora de começar a primeira rodada de P&R com Sr. Radcliffe sobre o filme. Eu conversei com ele a primeira vez exclusivamente sobre a produção em julho. Nesse P&R ele fala para nós sobre a história por trás de December Boys, porque ele escolheu esse filme, o elenco, o estranhamento de cenas românticas, a diferença entre fazer filmes de alto e baixo orçamento, e muito mais!

P: Você tem um filme saindo agora…
R: Sim e eu estou realmente ansioso por isso (December Boys). É incrivelmente obviamente diferente de Harry. É uma coisa completamente nova. Eu vi um áspero corte no filme há um tempo atrás e não esta acabado e precisa de alguns ajustes, e esperançosamente isso esta sendo feito (risos) e eu tenho certeza que vai ser realmente muito bom… Eu espero. Eu estou muito ansioso para ver o produto final porque foi ótimo fazê-lo.

Eu quero que seja realmente bom não só para mim, mas para todo o grupo que tiveram dificuldades em alguns pontos difíceis de gravar. Você sabe, eu quero que seja bom para todos que trabalharam nele. Na verdade são aqueles três outros garotos que estão no filme e são muito afetuosos. Eu fiquei muito afeiçoado a eles então eu espero que fique bom com eles como ficou comigo. Eles foram pequenos atores realmente bons. Não quero parecer que estou patrocinando eles, mas eles são. Quero dizer, eles têm 12 e 13 anos e o garoto de 13 anos parece que tem 9… E eles são incrivelmente bons. Eu fiquei realmente impressionado.

P: Você tem muitas opções de scripts, o que fez você escolher esse?
R: Você sabe, você tem… Vamos dizer que você tem 50 scripts, se você pegar um que é bom então é ótimo. Se você pegar um que é brilhante, você tirou a sorte grande… E foi o que fizemos. O script de December Boys era absolutamente fantástico. Eu li o script e amei-o. E ai… Encontrei o diretor em Londres, um cara chamado Rod Hardy, que dirigi muito Tv americana.

Essa foi sua paixão de projeto por uns 12 anos agora. Ele vem tentando fazê-lo. Depois do encontro com ele, só confirmou as coisas para mim porque tínhamos visões muito parecidas do filme como um todo e da descrição do meu personagem. Daquele dia em diante eu realmente queria fazê-lo. Nós sempre planejamos fazer alguma coisa entre Harry Potter 4 e 5, e December Boys apareceu na hora certa. Era realmente uma história bonita então… Yeah – esse é o motivo.

P: Sobre o que é esta adaptação?
R: É sobre quatro garotos em um orfanato católico em uma área distante na Austrália. Ocorre por volta de 1960, mas para muitas pessoas irá parecer 1950 porque esses garotos foram tão apartados do mundo real por estarem desolados e no orfanato.

As roupas que eles usam são de 50 e eles são todos para baixo. Então, é sobre esses quatro garotos nesse orfanato e esse doador deu ao orfanato algum dinheiro. Como presente esses garotos foram liberados para irem para beira-mar porque todos eles compartilham o mesmo… Quando você está em um orfanato, se eles não sabem quando você nasceu eles te dão um mês e então todos esses garotos nasceram em dezembro, vide “December Boys.”

No aniversario deles, eles são mandados para beira-mar. Eles nunca viram o mar antes, passando toda a vida desolados, então é um momento incrível para eles quando eles tem a primeira experiência de como a água é e qual é seu gosto… Esse tipo de sensação. Tantas coisas nós tomamos como normal, para eles é simplesmente incrível.

Enquanto eles estão na praia cada um tem sua história individual o que os altera até o fim do filme. Cada um deles aprende coisas sobre os outros, e aprendem sobre a situação deles, e aprendem algo sobre o mundo… Aprendem muitas coisas sobre o mundo. Isso é o que faz o filme especial (para mim).

É realmente uma história sobre a chegada da maturidade. Podemos fazer comparações a “Stand By Me”. Se “December Boys” se tornar um clássico (assim como “Stand By Me”) merece ser visto. Eu acho que “Stand By Me” tem o cerne da história parecido sobre quatro garotos no começo da vida adulta.

P: Especificadamente, como o seu personagem se desenvolve, qual sua história individual?
R: Basicamente, quando você está em um orfanato e você tem 16/17 anos, sabe que quando você fizer 18 eles vão te expulsar do orfanato e vai ter que se virar sozinho. Então, meu personagem, que é mais velho que os outros três garotos, esta realmente alerta de que cedo ou tarde ele será despejado do orfanato e deixado para se virar sozinho. Isso está constante mente em sua mente.

Ainda tem o fato de que de repente os outros três garotos desenvolvem essa adoração por esse outro cara, Fearless. Ele é aquele cara legal que mora onde eles estão ficando. Ele tem uma moto e ele é muito descolado. E Maps, que sempre cuidou deles, se sente um pouco abandonado.

Então, ele (Maps) se apaixona cegamente por uma garota que ele encontra, e ele começa uma relação com ela. Ele é realmente inocente, Maps, de certo modo. Em alguns pontos ele é agressivo, mas em outro ele é realmente ingênuo e inocente. Ele é realmente imprestável com garotas. Ele entra em um relacionamento que ele ainda não está pronto. No fim, ele paga caro por isso. Eu acho- a triste. A história de Maps, eu acho, que é uma realmente poderosa.

A outra coisa que acontece é que os garotos descobrem que o casal, Fearless e Teresa, irão possivelmente adotar um dos (mais novos) garotos. É quase como uma competição entre os outros três garotos para ver quem será adotado pela família. Maps obviamente sabe que ele não será adotado porque ele é um dos mais velhos, eles nunca adotam os mais velhos, e eu acho que é esse o dilema que ele está.

P: Como foi – a primeira cena romântica?
R: Foi muito estranha… Com sorte Teresa Palmer, que era o oposto de mim nisso, atualmente já havia feito cenas de beijo e coisas assim antes, e ela foi muito legal com isso e sempre dizia “oh, não, não é nada com o que se preocupar.”

Eu estava muito nervoso. Foi muito estranho, mas você realmente não pensa nisso. Torna-se como outra cena qualquer Você meio que… Vai e beija… Mas é um tipo estranho de beijo. É diferente de quando você realmente beija alguém porque é… Todo mundo está olhando e é meio clinico.

Você está com seu rosto a um centímetro e ai o pessoal da câmera vai e fala “Mexa sua cabeça um pouco para a esquerda.” Eles te posicionam, então é algo meio artificial. Não é nem um pouco excitante ou romântico como na vida real como você espera que seja. Então meio que você vai e faz… E foi engraçado no fim. Eu e Teresa acabamos ficando meio histéricos. Nós meio que começamos a rir.

P: A parte mais difícil da trama?
R: A diferença entre Maps e Harry e visível. Eles são personagens muito diferentes. Aonde Harry quase sempre tem o coração aberto – e quase sempre não é bom em esconder suas emoções – Maps é um personagem muito, muito reservado.

Ele não gosta de conversar sobre o que sente, ele é muito um personagem solo. Ele quer tomar conta dos outros três garotos. No fim são esses três garotos que ele se importa e ele está focado neles, e cuidando deles, e então ele toma cuidado com os garotos no orfanato e faz com que eles parem de serem ameaçados.

Então essa garota aparece na vida dele e ele começa a se importar com ela. É difícil fazer essa transição de ser muito restrito para de repente achar alguém com quem ele realmente quer se abrir. Ele meio que quer conversar e tomar conta dela. É muito difícil fazer a mudança do restrito para o aberto.

P: Sobre trabalhar com outros atores no filme…
R: Tem um ator australiano nele (December Boys) chamado Jack Thompson que é absolutamente uma realeza australiana. Se você falar seu nome para qualquer um na Austrália eles saberão de quem você fala. Ele foi um ícone em filmes australianos e ele viveu nos anos 60, e foi amigo de Bob Dylan e outras pessoas incríveis.

Eu trabalhei com ele no filme e ele foi absolutamente fantástico, um homem fantástico. Eu estou deseperado para que haja uma parte em Harry Potter que ele possa trabalhar e eu possa atuar com ele novamente. É um grande privilegio poder trabalhar com ele porque ele é um ator brilhante. Ele é um cara ótimo. Tem ótimas histórias sobre sua juventude. Eu acho que ele foi o primeiro homem nu na coluna central de qualquer revista. E ai estão algumas coisas icônicas que ele fez durante sua vida. Ele é um cara incrível.

P: Fim da filmagem…
R: Nós acabamos às 4 da manhã na véspera de natal. Foi um dia muito, muito longo, mas foi ótimo. Nesse dia nós trabalhamos umas 12/13 horas porque tinha uma seqüência que não havíamos terminado e tínhamos que terminá-la no ultimo dia. Foi um pouco agitado.
Foi o dia que eu fiz a cena do beijo e a seqüência inteira com a personagem da garota, Lucy, feita por Teresa Palmer. Nós tivemos que fazer quase toda a seqüência naquele dia então foi um pouco agitado, mas fizemos. Nós acabamos e eu tive umas duas semanas de folga depois. Então eu voltei e tive ensaios para Harry Potter. Estive bem ocupado.

P: Filmes de baixo orçamento vs. Produções milionárias…
R: Tem muito menos pessoas no set… Um grupo muito menor. É muito mais intenso. Em Harry Potter se você perde um dia na programação tudo bem, mas em December Boys não está tudo bem. Você não vai ter mais tempo – você teve seis semanas para fazer isso. Nós tivemos que fazer por nós mesmos. Estava muito, muito perto de deixarmos algumas coisas sem fazer.

É muito mais intenso – você tem que estar preparado para fazer mais de uma coisa. Em Harry Potter você faz uma cena em um dia se tiver sorte, em December Boys você tem que fazer 4 ou 5 cenas por dia. Em Harry Potter uma cena pode durar 3 dias, então você aprende as falas para uma coisa. Em December Boys você tem que decorar as falas para 5 cenas, e às vezes mudam a ordem em que você as faz (as cenas), então você realmente tem que se virar.

Foi uma experiência diferente também porque eu dei uma espiada em como eu provavelmente era com 11 ou 12 anos porque boa parte do tempo que estávamos filmando eu estava tomando conta dos outros garotos. Lee tem 13 anos e ele meio que pode se cuidar sozinho, mas Chris e James… Quero dizer, James – Eu realmente tenho um carinho por ele… Ele é o garotinho mais tendencioso a se acidentar. Quero dizer, ele não é um garotinho. Eles todos são crianças incrivelmente inteligentes, realmente brilhantes.

James é o mais tendencioso a se acidentar é ridículo. Ele fraturou seu dedão do pé durante uma cena. Eu estava meio que, “James você estava correndo na areia… Não tinha pedras… Como você fez isso?”. Ele foi realmente doce e eu tomei conta dele um pouco.

Vai ser terrível quando eu voltar para publicar ele (o filme) porque eu sei que todos eles vão ter crescido, e já vão ter me passado. Lee provavelmente não porque ele é meio pequeno, mas os outros dois vão ser maiores que eu quando eu voltar lá. Eu espero que não. (risos)

Eu gosto das gravações rápidas. Eu as acho mais instigantes e meio que fazem a adrenalina continuar. Esse é o único problema com Harry Potter… Algumas vezes quando você tem muitas cenas com efeitos digitais elas demoram a serem feitas. Mas esse (OdF) foi mais rápido, o que é muito, muito bom.