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O Destino de Hermione

Na quarta semana de sua coluna, nosso colunista João Victor fala do personagem Hermione, analisando vários aspectos e tá comparando com uma ilustre e conhecida ex-preimeira ministra Britânica.

Você pode conferir a coluna completa aqui.

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O Destino de Hermione
Por João Victor

Não posso deixar de expressar aqui um dos palpites que mais fortemente vem crescendo em minha mente a cada livro de Harry Potter. Claro que é mais uma das inúmeras teorias existentes, principalmente em relação ao destino dos personagens de Rowling.

Em determinado capítulo de “A Ordem da Fênix”, quando Harry, Rony e Hermione discutem sobre os N.O.M.s (Níveis Ordinários em Magia) e como eles são importantes para a profissão que irão escolher após Hogwarts, surge o assunto: o que faremos profissionalmente? Rony ressalta em como seria interessante ser auror, apoiado por Harry. Quando questionada, Hermione mostra pensar diferente. Para ela seria interessante seguir um outro caminho, um que ‘realmente valha a pena’. E sob os protestos dos meninos que afirmam que ser auror ‘vale a pena’, ela concorda mas que para ela seria importante algo como levar adiante o seu F.A.L.E (Frente de Liberação dos Elfos Domésticos). Foi a partir desse parágrafo que comecei a revigorar um pensamento que surgiu justamente em “O Cálice de Fogo”, quando Mione funda o F.A.L.E.

Para explicitar meu raciocínio, convido a quem interessar, a uma pequena transposição com o mundo real e a fatos históricos.

Pois bem, todos sabemos que J.K. Rowling é uma escritora britânica bem como todo o contexto de Harry Potter. O país dessa turma é o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, formado geograficamente pela Grã-Bretanha e ilhas adjacentes, e pelo nordeste da Ilha da Irlanda. O Primeiro-Ministro britânico é Anthony Charles Lynton Blair, ou Tony Blair. Ele foi eleito em 1997, quando derrotou o conservador John Major. Blair é reconhecido pelos seus esforços em relação ao crescente desemprego que assolava o país e pela sua colaboração ao fortalecimento de uma unidade européia.

Seu antecessor, Major, ficou poucos anos no poder, pois o desemprego crescera assustadoramente nesse período assim como sua popularidade despencara. Mas, se seu governo não foi duradouro é porque comparamos com o governo anterior, de mesma posição conservadora, que permaneceu sob o mesmo comando durante nada menos que 11 anos. Estamos falando
de Margaret Thatcher.

Sua sólida carreira política iniciou-se em 1953 quando entrou para o Partido Conservador, do qual seu marido já era partidário. Em 1961 foi nomeada Secretária de Estado para Assuntos Sociais e posteriormente Ministra da Educação e Ciência. Sempre foi considerada a liderança mais energética do partido. Seus programas, mesmo que radicais, acabaram por ganhar apoio popular e em 1979, Thatcher tornou-se a mulher mais poderosa da Grã-Bretanha e chegou ao cargo de Primeira-Ministra. E não só isso: tornou-se a primeira mulher européia a ocupar o cargo e a primeira dentre todos os governantes britânicos do século XX, a vencer três eleições consecutivas. Além disso, em pesquisa realizada recentemente, a gestão de Margaret Thatcher foi considerada a mais bem-sucedida durante o pós-guerra no Reino Unido. Daí ficar conhecida como “A Dama de Ferro”.

Como podemos perceber, para ocupar um cargo de liderança nacional tem que haver no político muito conhecimento, fibra, personalidade e uma vontade imensa de solucionar os problemas sociais. Bom, alguns já devem ter imaginado onde quero chegar. Acredito sim, que todo o sentimento nacionalista encontrado na obra de Rowling possa afetar o destino de Hermione. Não seria espantoso para mim, ler nas páginas finais do último livro de Harry Potter, que foi eleita a primeira mulher para ocupar o cargo de
Ministra da Magia. Muito menos se o nome for o da jovem Hermione Granger.

Hermione é política. Não só pelo seu F.A.L.E., mas pela sua preocupação com o próximo, por como utiliza seus conhecimentos, pela sua responsabilidade e ética e principalmente, mesmo não sendo popular, como ela consegue aglutinar pessoas diante de suas idéias. Ela foi a grande responsável pelo surgimento da Armada de Dumbledore. Ela é quem, desde seu primeiro ano em Hogwarts, consegue arrastar o raciocínio de seus dois amigos para a verdadeira versão dos fatos (não se esqueçam que para Rony e Harry a culpa sempre é de Draco ou de Snape).

Bom, esse é meu ponto de vista. Vamos aguardar as futuras edições do Profeta Diário e ver se na capa vamos ler: Eleita a Ministra da Magia: HERMIONE THATCHER!… ops… GRANGER…