J. K. Rowling

Uma carta para J.K. Rowling

Querida Senhora Rowling:

Por favor, acredite quando eu digo, com todo o respeito: Basta. Já basta.

Eu sou um fã seu desde um dos últimos dias de 1999 quando eu peguei pela primeira vez uma cópia de “Harry Potter and the Sorcerer’s Stone.” (Eu sei que você o entitulou “Philosopher’s Stone,” mas nós Americanos somos bem estúpidos quando discutimos nossos totens de alquimia.) Eu ansiosamente consumi sua história do primeiro ano de Harry, e logo parti para os livros dois e três.

O livro 4, “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, saiu três semanas após eu começar no CNN.com em 2000. Só se falava em Harry por toda a parte aqui, e eu não ficava satisfeito. Uma vez eu quase sofri um acidente de carro enquanto lia o Cálice no caminho do trabalho para casa; isso foi porque eu estava enfeitiçado pelas aventuras de Harry e sua escrita brilhante e criativa. [Continua…]

Uma carta para J.K. Rowling

Mais Potter? Somente se você insistir

Por Todd Leopold
CNN

(CNN) — Para: Senhora J.K. Rowling, Escola de Bruxaria e Magia de Hogwarts, algum lugar ao norte da Plataforma 9 1/2 da Stação de King’s Cross, Reino Unido

Querida Senhora Rowling:

Por favor, acredite quando eu digo, com todo o respeito: Basta. Já basta.

Eu sou um fã seu desde um dos últimos dias de 1999 quando eu peguei pela primeira vez uma cópia de “Harry Potter and the Sorcerer’s Stone.” (Eu sei que você o entitulou “Philosopher’s Stone,” mas nós Americanos somos bem estúpidos quando discutimos nossos totens de alquimia.) Eu ansiosamente consumi sua história do primeiro ano de Harry, e logo parti para os livros dois e três.

O livro 4, “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, saiu três semanas após eu começar no CNN.com em 2000. Só se falava em Harry por toda a parte aqui, e eu não ficava satisfeito. Uma vez eu quase sofri um acidente de carro enquanto lia o Cálice no caminho do trabalho para casa; isso foi porque eu estava enfeitiçado pelas aventuras de Harry e sua escrita brilhante e criativa.

Mas você deixou as coisas sairem de controle. O New York Times mudou até sua lista de best-seller porque seus livros estavam dominando todas as melhores posições. E os livros geraram os filmes, e nem o despreparado Chris Columbus conseguiu destruir seu herói, apesar de seus melhores esforços. (Se seus livros são Monty Python, o estilo de Columbus é Benny Hill.)

E depois veio o livro 5, outro com centenas de página que me fez lutar durante o dia para cobrir o frenesi e ficar acordado à noite devorando só mais um capítulo. Senhora Rowling, não tenho mais 14 anos! Eu gosto de dormir! Sua imaginação não tem limites, sabia?

O filme do Prisioneiro de Azkaban saiu há 18 meses atrás, e ele foi bom — dirigido por Alfonso Cuarón, ótimas cenas com o elenco em crescimento Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson (sem falar dos veteranos que fazem a equipe e funcionários de Hogwarts), um pouco de tom sombrio espalhado entre a luz e as risadas.

Agora em 2005, o olho gordo é dobrado. Há alguns meses você lançou o livro 6, e na sexta-feira sai a versão cinematográfica do Cálice de Fogo, dirigida por Mike Newell e roteiro escrito pelo apto Steve Kloves.

Senhora Rowling, eu não estou reclamando. Seus livros são um divertimento. Seus filmes estão entre bons e excelentes (e como eles são produzidos pela Warner Bros., uma divisão da Time Warner assim como a CNN, não há dúvida que o dinheiro que eles faturam ajuda a pagar meu salário). Sua imaginação não tem paralelos: nomes maravilhosos de personagens! Inteligentes mudanças na trama! Cenário ricos! Você é, eu compreendo, talvez a mulher mais rica do Reino Unido, e você merece cada centavo da sua fortuna.

Mas você me deu este problema envolvendo Potter. Eu TENHO que assistir o filme. Agora eu TENHO que ficar acordado para ler o livro. Agora eu TENHO que esperar pelo livro 7, e quem sabe quando você vai acabar?

Você sabe quantas horas a senhora tirou da minha vida? E tudo o que recebo é satisfação. Meus professores de Inglês da faculdade ficariam perplexos.

Então, por favor prometa que vai acabar logo, OK? Eu não sei quanto mais de tudo isso eu posso suportar.

Continuo seu humilde leitor,
Todd Leopold