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POTTERMORE: Fofo e outras criaturas inspiradas pela mitologia clássica

Do “Fofo” cão de três cabeças à fênix Fawkes, muitas das criaturas encontradas na série “Harry Potter” tiverem inspirações na mitologia clássica, a qual J.K. Rowling estudou profundamente. O Pottermore, em mais um dos seus artigos, traz uma lista com algumas dessas criaturas e as explicações.

“Meio cavalo, meio águia gigante, o hipogrifo é a representação do deus Apolo e é frequentemente retratado em obras de arte. O filósofo francês Descartes usava hipogrifos como exemplo crucial em suas meditações, argumentando que, porque podemos entender a noção de meio cavalo, meio água, de alguma forma provamos sua existência. Profundo.”

Confiram a tradução do artigo na íntegra indo ao modo notícia completa.

Fofo e outras criaturas inspiradas pela mitologia clássica


Traduzido por: Carolina Portela em 13/11/2015.
Revisado por: Caroline Dorigon em 20/11/2015.

A maioria das pessoas reconhece unicórnios, centauros, gigantes e lobisomens, mas algumas das criaturas do mundo mágico têm raízes na mitologia clássica que você pode não estar tão familiarizado…

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O cão de três cabeças

Existem muitos exemplos de criaturas na mitologia, como a Hidra, a Quimera e o Cérbero – o cachorro que guarda as portas do Submundo e come qualquer um que ousar sair.

As descrições variam; Hesíodo diz que a criatura tem 50 cabeças, mas Cérbero é geralmente mostrado com apenas três. Sêneca também escreve que o cão dos infernos também tem uma serpente como cauda. Um herói da mitologia grega, Orfeu, usou música parar ninar o Cérbero para que pudesse entrar em Hades para salvar seu falecido amor Eurídice, então esse monstro mutante realmente tem suas fraquezas.

Fofo também tem um ponto fraco para música. J.K. Rowling revelou no Twitter que o cachorro de três cabeças que guardava a Pedra Filosofal foi eventualmente “repatriado para a Grécia”.

O basilisco

Com a reputação de poder matar com um só olhar, o nome do basilisco vem da palavra grega “basilískos” ou pequeno rei.

Uma das mais antigas referências a essa besta foi de um naturalista romano, Plínio, o Velho, que o descreveu como “tendo não mais que 12 dedos de comprimento” com uma marca branca em sua cabeça que parecia com uma coroa – por isso o nome. A lenda diz que pode-se espantar um basilisco com o odor de uma doninha.

O basilisco encontrado na Câmara Secreta foi responsável pela morte da Murta Que Geme, assim como pela petrificação de Hermione, Colin Creevey, Justino Finch-Fletchley e Nick-Quase-Sem-Cabeça. Acredita-se que ele foge “apenas do cacarejar de um galo, que lhe é fatal”.

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O hipogrifo

Meio cavalo, meio águia gigante, o hipogrifo é a representação do deus Apolo e é frequentemente retratado em obras de arte.

O filósofo francês Descartes usava hipogrifos como exemplo crucial em suas meditações, argumentando que, porque podemos entender a noção de meio cavalo, meio água, de alguma forma provamos sua existência. Profundo.

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A fênix

Fénices podem entrar em combustão e depois se reerguer, regeneradas das cinzas. Elas são umas das criaturas mais fortes e inspiradoras da mitologia. A história da fênix é tão antiga que foi contada por todos que são alguém no Hall da Fama da mitologia. De Heródoto (historiador grego extremamente sábio) a Ovídio (famoso poeta romano) a Plínio, o Velho (sim, ele de novo).

Nas histórias de “Harry Potter”, o único antídoto que é conhecido para veneno de basilisco são lágrimas de fênix; as quais Hermione nos conta que são “extremamente raras”. Por sorte há uma fênix em Hogwarts – confie em Dumbledore para ter o animal de estimação mais legal do mundo.

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