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Emma Watson e o machismo na indústria audiovisual

O The Guardian postou recentemente o “99% das mulheres que trabalham na indústria cinematográfica e televisiva já sofreram machismo”, onde diversas personalidades femininas comentaram suas experiências com machismo.

Uma delas foi nossa eterna Hermione Granger, que vem se destacando na luta contra o machismo com o #HeforShe e forte trabalho com a ONU, onde, segundo ela, a “tornou ainda mais ciente dos problemas”:

Recentemente fui a um jantar de trabalho. Havia 7 homens… e eu.

Mas ela não culpa só os homens pela descriminação, falando que as mulheres são tão culpadas quanto.

Alguns dos melhores feministas que conheci são homens, como Steve Chbosky, que me dirigiu em “As Vantagens de Ser Invisível” e o diretor James Ponsoldt, com quem estou trabalho no momento (em “The Circle”). Algumas mulheres podem ser incrivelmente preconceituosas contra outras mulheres!

A íntegra do comentário de Emma Watson para o The Guardian pode ser conferida no modo notícia completa.

Marina Anderi, nossa chefe de tradução e responsável pelo trabalho neste artigo, fez uma nota a respeito do assunto:

Nota da tradutora: Lembrando que mulheres não podem ser machistas, já que isso implicaria em elas terem soberania social, política e econômica, algo que atualmente pertence aos homens. No entanto, elas podem reproduzir o machismo, que não é nada mais, nada menos, do que lhes foi imposto pelo patriarcado desde seu nascimento; mesmo ela reproduzindo opiniões machistas, estas não vão beneficiá-la, mas sim os homens. Portanto, dizer que mulheres são tão opressoras quanto homens é uma constatação errônea.

#HeForShe é um movimento de solidariedade pela igualdade de gênero criado por Emma Watson.


Emma Watson e o machismo na indústria audiovisual

Emma Watson
99% das mulheres que trabalham na indústria cinematográfica e televisiva já sofreram machismo
The Guardian – Emma Watson
Traduzido por: Marina Anderi.
Revisado por: Pedro Martins.

Eu sofri machismo ao ser dirigida 17 vezes por diretores homens e só duas vezes por mulheres. Dos produtores com quem trabalhei, 13 foram homens e só uma foi mulher. Mas sou sortuda: sempre insisti em ser tratada igualmente e geralmente ganhei essa igualdade. A maioria dos problemas que encontrei foram na mídia, onde fui tratada tão incrivelmente diferente dos meus colegas homens.

Acho que meu trabalho com a ONU provavelmente me tornou ainda mais ciente dos problemas. Recentemente fui a um jantar de trabalho. Havia 7 homens… e eu.

Se alguma coisa vai errado no local de trabalho, a rede de apoio não é brilhante. Os homens no comando geralmente acham difícil se identificar com muitos dos problemas pelos quais as mulheres passam e, portanto, nós não somos levadas muito a sério. No entanto, mulheres são tão culpadas quanto os homens da discriminação contra mulheres. Alguns dos melhores feministas que conheci são homens, como Steve Chbosky, que me dirigiu em “As Vantagens de Ser Invisível” e o diretor James Ponsoldt, com quem estou trabalho no momento (em “The Circle”). Algumas mulheres podem ser incrivelmente preconceituosas contra outras mulheres!