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Mundo das mulheres

O dia internacional da mulher já se foi, mas como se costuma dizer, todos os dias deve ser considerado o dia delas. As mulheres são mães, companheiras, irmãs, amigas, confidentes, guerreiras…

Nosso novo colunista Bruno Contesini escolheu homenageá-las em sua coluna de estreia. Não de esqueça de prestigiá-lo com a sua leitura e comentário!

Por Bruno Contesini

Pela proximidade do dia oito de março de mais um ano, sempre considero uma homenagem justa e valorosa a ser feita em favor de todas as mulheres que emprestam sua vitalidade e harmonia a este mundo! Mundum de mulieribus, ou do latim, “Mundo das mulheres”, “Mundo pelas mulheres”.

No interior da série Harry Potter, criada com maestria por uma mulher, muitos conceitos não são diferentes dos que se apresentam na vida diária de todos nós. O que dizer da bravura de Lilian Potter e do equilíbrio do qual ela tanto precisara para lidar com adversidades do mundo bruxo? Sendo filha de pais e familiares não-bruxos, ela certamente teve que lidar com maturidade com certas rejeições e até com o ciúme da própria irmã.

Logo ficou claro que Lilian era mais do que a menina doce e meiga que irritava sua “um tanto quanto invejosa” irmã com práticas de magia que a jovem bruxa ainda não podia controlar! Muito além de uma exímia preparadora de poções, Lilian também tinha pulso e emocional firme.

Outra importante característica de uma das nossas maiores heroínas, sempre foi a de jamais abandonar suas convicções fossem quem fossem os que precisava contrariar. Lilian não deixou de manifestar clara reprovação a Severo Snape, assim que este começou a manifestar tendências pouco promissoras, à luz da moralidade, mesmo tendo em vista a amizade anterior e positiva de ambos!

Determinação e ousadia. Talvez sejam estas as palavras que definam, de forma tão correta quanto possível, o universo feminino. Quão belas estas características podem ser, a própria série nos mostra, não apenas pela figura de Lilian, mas também por ela, através da mais evidente prova, a vida de Harry.

É o amor! Amor, que se me permite caro leitor, uma breve opinião, uma espécie de assinatura enquanto autor, acredito que seja maior sendo carregado de instinto maternal! Uma prova disso está não só na vida de Harry, mas ainda na renúncia a vitória de Voldemort por parte de Narcisa Malfoy, apenas para certificar-se de que seu filho estivera bem!

Harry e Rony sempre estiveram munidos de uma inabalável certeza de que não sobreviveriam sem Hermione. Isso por certo vai muito além das credenciais acadêmicas da garota, passa também por palavras como segurança, confiança, equilíbrio e harmonia, sentimentos que ela podia transmitir aos amigos e torná-los seres humanos melhores.

Hermione Granger, aliás, tem muitos pontos em comum com Lilian Potter, não apenas pelo fato de ser filha de pais trouxas, mas ainda por suportar, sem abrir mão de suas convicções, terríveis consequências como a maldição da tortura, que só ratifica sua singular coragem, que provavelmente alimentava a fibra de Harry mesmo que poucos tenham atentado para tal ligação.

Adicionalmente, Molly Weasley, que passou pela mais terrível dor da essência humana, a perda de um filho, superou com coragem tal fato, e desde o princípio, mostrou a grandeza de seu coração praticamente adotando Harry como filho! Não por acaso, Gina se consolidou como uma mulher forte, casada e feliz ao lado do protagonista, ademais, já que os olhos são o espelho da alma, nosso herói herdou esta tão importante característica de sua progenitora.

Ainda podemos citar Alice Longbottom, mais uma das submetidas, em nome de seus princípios, aos horrores da maldição Cruciatus. A mãe de Neville nos mostra que apesar de qualquer dano físico, ninguém pode ferir nossa alma ou o nosso coração se estes estiverem cheios com o mesmo combustível que movia Lilian, e que parece ser tão característico de tantas mulheres, o amor!

Poderia escrever mais algumas dezenas de páginas recheadas de características femininas sem as quais nós homens não conseguimos ser plenos, mas tudo isso, estou ciente de que continuaria sendo uma ínfima parte de tudo o que há para ser dito, confiando na sensibilidade do Mundum de mulieribus, vou deixar um espaço ao imaginário de todos, afinal, não há palavras que traduzam com perfeição a relevância das mulheres no universo masculino, tudo isso vem do mais puro ambiente que todos nós trazemos no nosso íntimo, o coração!

Bruno Contesini tem o coração um pouquinho feminino.