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Todo mundo que vale a pena conhecer (ou quase)

Imagine se você pudesse ter um trabalho cuja única atribuição fosse ir a festas, se divertir e conhecer gente nova? É dessa forma que muita gente ganha a vida hoje em dia, mas nem tudo é uma maravilha, de acordo com Bettina Robinson.

Ela é a protagonista do livro “Todo mundo que vale a pena conhecer”, de Lauren Weisberger, mesma autora de “O Diabo Veste Prada”. Quanto mais cercada de gente, mais solitária ela se sente. Na verdade, a única verdadeira amiga que ela tem se afasta e ela se apaixona por um segurança de boate que a dispensa. E agora? Você inveja ou despreza o trabalho de Bettina?

Leia a resenha de Débora Rezende e julgue!

“Todo mundo que vale a pena conhecer”, de Lauren Weisberger

Todo mundo que vale a pena conhecer (ou quase) Tempo: para ler de um tiro só no fim de semana
Todo mundo que vale a pena conhecer (ou quase) Finalidade: para rir
Todo mundo que vale a pena conhecer (ou quase) Restrição: para quem não suporta melodrama
Todo mundo que vale a pena conhecer (ou quase) Princípios ativos: comédia, festas, futilidade, Nova York, amizade.

Todo mundo que vale a pena conhecer (ou quase)

A autora do best-seller “O diabo veste Prada”, Lauren Weisberger, lança novamente ao público uma história envolvente, engraçada e cheia de estilo. Lançado em 2007, “Todo mundo que vale a pena conhecer” traz ao público a vida cheia de reviravoltas de Bettina Robinson.

Todo mundo que vale a pena conhecer (ou quase)

Se antes a garota estava entalada no seu cubículo de um banco de investimento, engordando horrores e usando roupas que fazem seu tio gay ter um ataque do coração, agora ela está por dentro da badalada vida noturna de Nova York, tendo um trabalho que muitos matariam para conseguir: o de relações públicas, onde sua única obrigação é se divertir, tomar champanhe e fazer contatos.

O que poderia ser um trabalho invejável na opinião de muita gente, no entanto, se torna um fardo mais pesado do que a heroína da história poderia ter imaginado. Entre ser forçada a assumir um relacionamento inexistente com um figurão nova-iorquino cujo comportamento é no mínimo bizarro, perder todos os seus compromissos familiares e afetivos e estar apaixonada pelo segurança de uma boate que a considera fútil e desnecessária, Bettina vai acabar se surpreendendo sentindo saudades dos maravilhosos meses de desemprego, quando ainda tinha chances de impedir a melhor amiga de se casar com o cara totalmente errado para ela.

Em “Todo mundo que vale a pena conhecer”, além de se empolgar com a vida cada vez mais glamourosa da personagem principal, os leitores são levados a perceber que nem sempre se divertir para trabalhar é a melhor saída, ainda mais quando Bettina se vê afastada de todos aqueles que sempre a apoiaram. Afinal, um banco de dados com os 35 mil nomes das pessoas que decididamente se vale a pena conhecer em NY nem sempre é a melhor saída. E agora, como ela vai conseguir estipular as suas prioridades? Trabalho, amigos família? Dividida entre mundos que não se completam, Bettina só é capaz de enxergar uma saída. Mas como vai conseguir dar um jeito em tudo sem acabar ferindo alguém?

Resenhado por Débora Rezende

496 páginas, Editora Record, 2007.
*Título original: Everyone Worth Knowing. Publicado originalmente em 2005.

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