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Harry e Gina – Amados e Odiados

Nosso nova colunista, Isadora Cecatto, continua nossa área de Colunas, tratando agora a respeito de um tema que gera muita polêmica entre os aficcionados por Harry Potter: O Shipper Harry & Gina.

Uma forma objetiva, com ressalvas inclusive da autora J.K Rowling, sobre o casal central da trama. Aos H/Hr (Harry e Hermione), pedimos a gentileza de ponderarem a opinião da autora, e caso desejem, façam seus comentários educadamente.

Você pode conferir a coluna completa aqui.

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Harry e Gina – Amados e Odiados
Por Isadora Cecatto

Aventura, perigos, mistério. A vida de Harry Potter é repleta de casos sem soluções, de dores, de mortes. Mas, por trás de uma trama eletrizante e cheia de pormenores inesperados, J.K. Rowling ainda teve a capacidade de dar ao nosso herói algumas alegrias. Uma delas, talvez a mais especial, se chama Ginevra Molly Weasley.

A enorme quantidade de shippers disponíveis na Floreios e Borrões, é a prova de que J.K. nem sempre é capaz de agradar a todos os fãs da saga. Desde o início, como sabemos, Gina foi apaixonada por Harry e sofreu muito com esse amor. Em O Enigma do Príncipe, porém, os fãs incansáveis do Shipper H/G tiveram certamente uma das maiores satisfações proporcionadas pela série, até o presente momento. Gina, finalmente, teve a oportunidade que vinha esperando há cinco livros: Seu grande amor fora correspondido.

Apesar de J.K. Rowling afirmar categoricamente em algumas entrevistas que os casais principais são nada mais nada menos que Harry e Gina, Rony e Hermione, muitos ainda espumam de raiva ao ouvir essa informação. Por toda parte vemos discussões de H/G contra H/Hr – que em minha opinião são os shippers que mais geram especulações -, e isso provavelmente só irá parar quando o sétimo livro chegar. Eu, que apoio completamente Harry e Gina e considero esse o casal mais adequado, seguido de Rony e Hermione, vou apresentar alguns bons motivos para apóia-los.

– Em primeiro lugar, acho importante dar ênfase ao fato de Hermione ser frequentemente citada como o par perfeito para Harry. A questão é que, independente de Gina existir ou não, isso é uma conclusão um tanto quanto precipitada de se tirar. Se formos analisar com cuidado o relacionamento dos dois, fica mais do que claro que ela é, para ele, uma espécie de mãe. Harry não teve nunca alguém que lhe dissesse a hora de fazer um dever de casa, que o lembrasse de suas responsabilidades diárias… E, principalmente, que conversasse sobre seus problemas de forma inteligente e útil. Hermione, portanto, faz um papel materno para o herói, que a tem como uma grande amiga, junto de Rony. Este, porém, não é suficiente para a resolução de questões muito importantes: Atrapalhado como ele só, fica um pouco complicado confiar no bom senso de Ronald Weasley. Portanto, independente do preconceito existente contra H/Hr, considero esse um shipper inadequado aos personagens, além de não conter nenhum fundo de verdade possível.

– Em segundo, vamos fazer uma breve análise da personalidade de Harry e Gina, pra vocês entenderem exatamente o que quero dizer com “par perfeito”.

Quem é Harry James Potter?

Para quem não foi capaz de ler os seis livros da saga, Harry não passa de um bruxo perseguido por um Lord incrivelmente mau, que cometeu atrocidades no mundo bruxo e é temido por todos os cantos. Mas para nós, que conhecemos a fundo a história de Harry Potter, ele é algo além de simplesmente o menino da cicatriz em forma de raio.

Harry é órfão de pai e mãe, motivo pelo qual sua vida é movida desde que descobriu a verdadeira causa das duas mortes. Cresceu debaixo da escada dos Dursley, ouvindo o tempo todo que não prestava para nada e que sobreviveu a um simples acidente de carro, ficando apenas com a tal cicatriz na testa. Foi enganado por 11 anos, até finalmente se descobrir um bruxo, ir para Hogwarts, ganhar os primeiros amigos de sua vida (fato que certamente o assombrou por anos) e aprender algo muito mais excitante do que as simples matérias da escola.

Um menino com problemas, mas cheio de determinação e coragem para enfrentar o que de pior em sua idade um bruxo poderia. Além de tudo, tem de lidar com os problemas de sua adolescência, conforme os anos passam. Alguém que não costuma reclamar das coisas pelas quais precisa passar, mas que muitas vezes se fecha dentro de si mesmo para não demonstrar o que sente, o que faz dele uma pessoa cheia de pormenores guardados a fundo. Demonstra, ainda, um inconfundível medo de amar. Do que exatamente alguém como Harry precisa? A descrição de Gina Weasley pode dar uma ótima resposta para isso.

Quem é Ginevra Molly Weasley?

No início de tudo, a irmãzinha mais nova dos Weasley, um bando de ruivinhos cheios de características peculiares em suas personalidades. Mas, a partir de certo ponto da história, Gina passa a receber uma atenção especial de Rowling, que deixa bem claro que a garotinha que nutria uma paixão secreta pelo herói Harry Potter, finalmente cresceu, e amadureceu.

Gina cresceu sendo protegida por seus irmãos mais velhos, que não são poucos. Depois da esperada evolução pela qual passou, a personagem se tornou um grande destaque nos dois últimos livros, quando finalmente entrou em uma fase realmente adolescente.

Além dos traços joviais que qualquer pessoa da idade de Gina apresentaria, a garota carrega dentro de si uma personalidade notável: Determinada, desinibida, e visivelmente disposta a tudo a qualquer hora. Não leva desaforo pra casa – principalmente se tratando de Rony, como vimos no 5° livro -, é engraçada e ao mesmo tempo doce. Demonstra uma força incrível, e consegue descontrair qualquer ambiente pesado, quando resolve faze-lo. Alguém que não costuma sentir medo de dizer o que pensa ou sente.

Pela descrição que J.K. Rowling propõe, é a típica garota popular que não liga a mínima para o rótulo que tem. Afetuosa, engraçada, humana. E, por fim, apesar de ter tentado esconder durante algum tempo, em the Half-Blood Prince J.K. Rowling nos dá certeza ainda maior: Ainda é completamente apaixonada por Harry, e estaria disposta a passar por todos os problemas do garoto junto dele, se o mesmo desejasse. O problema, porém, é que o herói parece não se importar com o fato de a ex-namorada não gostar de ser tratada como criança: Insiste em protegê-la.

Quanto aos dois se completarem ou não… Preciso dizer mais alguma coisa?

– Por último, um argumento irrefutável para aqueles que continuam vendo H/G como um casal inadequado: J.K. Rowling quer assim.

Quando alguém escreve seis livros sobre um determinado personagem, e no final dá a ele um par romântico que admite ter planejado desde o início, não é um tanto quanto lógico que o mesmo é o mais correto? Rowling sabe bem quem é que combina com quem e, quando nos diz que “Gina tem o que Harry precisa”, temos no mínimo de concordar. Lembrando que foi ela quem criou qualquer um dos personagens com os quais temos montado shippers, e ninguém melhor do que a autora da saga para dizer o que faz sentido e o que não faz. E, com humildes desculpas aos que discordam disso, afirmo categoricamente: Harry e Gina é fato consumado, queiram vocês ou não.

Pra finalizar com credibilidade, vou deixar para vocês um fragmento de entrevista feita com J.K. Rowling no dia do lançamento do sexto livro, tirada da revista Smack – Especial Magia:

“Você deixou bem claro nos cinco livros que seria Harry e Gina, Rony e Mione…”
JKR: O suspense acabou. É isso. Sabemos agora que é Rony e Hermione. Meu plano era que Harry, como os leitores, descobrisse que Gina era a garota ideal. Ele precisa de alguém que agüente o tranco, porque é um homem marcado. Eu a acho engraçada, afetuosa e humana. Essas são as coisas que Harry procura em uma garota. Eles merecem estar juntos, passaram por uma grande aventura.

Precisa dizer mais alguma coisa? Para os ainda desacreditados, em breve uma coluna sobre todas as sutilezas das aproximações de Harry e Gina no 6º Livro.